Capítulo 12

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Depois de uns 20 minutos estavamos em minha casa, Pedro perguntou o próximo passo, eu fui até a cozinha e tomei um copo de água antes de discutimos sobre. A Luzia estava de saída, mas antes de sair resolveu dar mais uma investigada, perguntando onde estive.

- Oi! Jeff, conseguiu achar o jogo?-Perguntou ela ja de saída, ao me ver de mãos vazias.
- Resolvemos jogar la mesmo, eles acharam que seria mais fácil me vencer longe de casa - Inventei.

Luzia soltou um breve riso ao ouvir minha brincadeira, mas sua risada soou mais como um aviso do tipo "Eu sei que você esta mentindo". Ela se despediu em seguida de Pedro, e antes de sair, avisou- me que meu pai estava para chegar, e tinha me ligado, eu tinha deixado o celular em casa.

- Cara eu ainda não entendi, o que o hospital esta tramando, isso esta pior que filme de terror, o que eles querem sequestrando pessoas de tipos de sangue especifico. - Questionou Pedro, intrigado.

- Nao sei, mas não é nada bom! Vamos esperar para ver se o enfermeiro ira acionar a polícia, caso contrario, saberemos que estão em conjunto nessa, eu sempre senti algo estranho no delegado.

- Tem razão Jeff! Se a polícia estiver no meio, estaremos prestes a descobrir uma organização criminosa, que sequestram pessoas, mas ainda não sabemos para que - Respondeu Pedro.

- Logo descobriremos, temos que tomar cuidado, ele viu meu rosto, deve saber quem sou pela sua expressão, ele me conhecia.

- Mas nos papéis não fala nada das pesquisas, como vamos chegar nas informações? Nao podemos invadir o hospital novamente- Quis saber Pedro perturbado.

- Esses papeis são provas Pedro, ele vira atras de nois, se tudo ocorrer como estou pensando, o enfermeiro não deve ter acionando o "Cabeça" do acontecido, ele deve ser apenas um fantoche dessa organização, com medo de retalhação, ele vai querer recuperar a pasta sem alarmes.

Pedro ouviu as palavras que eu disse, e assentiu com a cabeça, concentrado, em sua face apareceu rugas devido ao movimento que ele fez franzindo a testa. Pedro esperou ate que seu pai, viesse para buscar lo, como combinado, não demorou muito e ele chegou junto com meu pai. Cumprimentei pai de Pedro que apos cinco minutos de conversa eles foram embora.

Depois disso me encontrei so com meu pai na sala, ele estava perto do sofa, retirou seu terno, e o jogou em cima do mesmo, se acomodando de modo despojado, como eu não costumava ver geralmente. Ele empunhou um copo com Wisky, ele parecia meio reflexivo, e ficamos ali por um bom tempo um olhando para cara do outro sem dizer uma palavra, apenas balançando cabeça, e ouvindo "Stand By Me".

- Esta pensativo filho? - Perguntou meu pai quebrando o silêncio.

- Pelo que parece, estamos nê! - Respondi. Ele riu.

- É, estamos sim, eu estive pensando... eu deveria ter passado mais tempo com você, parei pra perceber que tenho gastado mais tempo na empresa com o que deveria. - Continuou ele.

- Espero que não seja tarde filho, para dizer que tenho muito orgulho de você, e do homem que vem se tornando.

Eu estava reflexivo, mas meu pai, além disso estava estranho, ele não costumava falar aquelas palavras sempre, talvez os goles de Whisky tivesse agindo meio rápido. Mas apesar de tudo, suas palavras pareciam sinceras. Depois de a música acabar, eu me recolhi ate meu quarto, meu pai ficou pelo sofá mesmo, perguntei se ele queria ajudar pra chegar ao quarto, mas ele disse estar bem.

Cheguei no meu quarto, e me deitei, Pedro havia levado os papeis com ele, era mais seguro já que eu não confiava na Luzia. Antes de dormir um pouco, vi uma notificao de mensagem, mas não era do Pedro era da Paula.

"Jeff? Porque não esta, mas vindo ao colégio? Saudades! Me liga! Preciso falar com você!". Paula.

A Paula não era so uma ex ficante minha, apesar de meio maluca era era gente fina, e eu estava descobrindo que as pessoas se preocupavam comigo, mas do que eu imaginava.

Eu não estava evitando ela, na verdade, depois do sumiço de Eliza, eu não estava indo ao colégio, além dos olhares de lado, eu não tinha cabeça para pensar nisso.

Resolvi ligar pra Paula, talvez ela tivesse algo importante pra falar, e mesmo que não, eu precisava falar com alguém.

- Oi! Paula, eu vi sua mensagem, disse que queria falar comigo! - Falei assim que ela atendeu.

- Ah!. Oi! Jeff! É sim queria mesmo falar com você, mas não na hora do meu sono, te mandei essa mensagem faz umas seis horas - Respondeu ironizando.

- Me desculpa, é.. que... eu tinha saido com o Pedro e deixei o celular em casa, só vi agora a mensagem - Continuei, meio descabriado.

- ha ha! Jeff Ryze! Sabe... Essa foi a mesma desculpa que você usou, da vez que te chamei pra conhecer meus pais, e você resolveu jogar bola! - Alfinetou.

- Nossa! Voce tem memoria de elefante, eu nem lembrava mais disso - Respondi, esquivando me.
- Humm... Ta..., eu vou fingir que creio Jeff! Mas passado é passado, eu so queria saber como você estar, na tem mais ido ao colégio, tem evitado falar com seus colegas, sabe que pode contar comigo não é?

- É, eu estou, so me recuperando das coisas que vem acontecendo nos últimos tempos, não é nada com você, você é uma garota bacana, nem devia estar perdendo seu tempo aqui comigo essas horas, mas obrigado, eu vou ficar bem, mas você ta tudo ok?

- Ora... Ora! um elogio de Jeff Ryze, o mundo realmente da voltas - brincou ela disparando risos - Desculpa, eu não resistir - Justificou.

- Estou bem, mas ficarei melhor quando você estiver também, sei que passou por um momento horrível, mas não pode abandonar tudo por isso.

- Voce tem razão Paula, obrigado pelas palavras, eu vou analisar seus conselhos, boa noite.

- Ta bom! Se cuida, e quanto a boa noite, aqui não parece que vai ser, meu padastro ta na maior discussão com minha mãe la em baixo, parece que ele foi atacado por assaltantes ao sair do hospital, chegou com um baita galo na cabeça, xau Jeff fica bem.

- Espera Paula!

- O que foi?

- Como assim seu padastro foi assaltado? Ele estava internado no hospital?

- Nao maluco, ele é enfermeiro chefe la, algo do tipo! - Respondeu ela.

Ao ouvir aquilo permaneci estático, minha mente viajou ate a imagem do homem com quem eu havia lutado horas antes no hospital, e agora Paula me dissera que o seu padastro tambem era enfermeiro chefe, e tinha sido assaltado ao sair do trabalho. Nao podia ser mera coincidência, devia ser a mesma pessoa, agora eu estava percebendo no que estava metido, não podia confiar em ninguém.

- Jeff? Ta vivo ainda garoto? - Perguntou Paula incomodada com o silêncio que sua reposta havia gerado.

- To, desculpa, eu so to com sono, ai pode me encontrar no Dinner's amanha depois da aula?

- Olha, parece que o capitão caverna vai sair da toca! Claro estarei la.

- Ta bem! Xau.

Se o padastro de Paula fosse mesmo o enfermeiro do hospital, seria uma ótima chance de saber mais sobre o sumiço de Eliza, aquelas fichas era parte de algo criminoso, e ele estava no meio disso, além do mais a polícia não foi acionada em momento algum o que deixava tudo ainda mais sombrio.



Fala pessoal! Espero que voçes estejam gostando da historia, vai descupando os erros, estou sempre dando uma revisada! Comentei o que estao achando, desde ja agradeço a todos que ajudm, cada voto e leitura me motiva a escrever melhor, e apender com voçes.

Jeef Ryze- O EquilibrioOnde histórias criam vida. Descubra agora