-É um menino ou uma menina? Melhor não me dizer, deixe me vê de perto.
O Rei Luiz tomou a criança da ama em suas mãos, e desenrolou o bebê deixando seu pequeno corpo despido oque influenciou para um choro estridente causado pelo frio que vinha da grande janela aberta. Aliana se encontrava desacordada e infelizmente não teve a oportunidade de concretizar seu sonho materno, os tricôs que passara a semana inteira costurando com tamanha delicadeza e cuidado, nem ao menos seria vestido por sua filha, já que a ela não teria a oportunidade de pega-los escondidos estrategicamente em uma das gavetas de sua penteadeira, que anos depois seria encontrada pela pequena Aurora na procura de afagar a saudade de sua falecida mãe.
-Que os deuses me castiguem, que mal fiz ao senhor do Sol para receber tamanha punição?!
Era uma linda menina de cabelos ruivos como a relva e olhos negros herdado das cores da noite e dos pais de Aliana , Reis que já também haviam partido para as províncias celestes. Luiz trazia consigo um rancor enraizado pela linhagem feminina, não admitiria que ele um homem nobre de sangue real, manchasse sua reputação e sucessão com a chegada inesperada de uma menina, desde bem novo foi criado para ser um dominador pelo seu tio que de nobreza só tinha um posto caído de conde, oque de longe não lhe foi impedimento para as mentiras, traições e roubalheiras que os colocarão no centro da vida de Aliana e sua bela e bondosa família, que foram de forma simplória lubridiados, dando ao Luiz uma posição mais tarde de Rei e agora de pai. Ele não tinha nem ao menos coragem de olhar novamente para o pacotinho em suas mãos que berrava sem parar, não lhe representava graça e muito menos traços másculos e impotentes que poderia ter vindo do feto que Aliana expeliu no lavado em meio aos vomitos e prantos. Se sua estúpida esposa não tivesse ido a inúmeros chás da tarde durante a gestação isso não teria acontecido, poderia ser tão difícil assim ser ao menos presenteado com um menino ao invés dessa coisa que estava em seu colo.
- Levem-na e corte a garganta dela, não me é útil.
A ama estremeceu da cabeça aos pés junto com seu braço direito Henrique Del'avev.
- Meu senhor, vossa majestade, se me permite lhe a humilde opinião desse plebeu que lhe serve com tanto temor e lealdade a tantos anos, posso lhe falar com clareza oque trará mais benefícios para Gonora do que vossa senhoria imagina...
- Conte me mais lacaio, acabou de ganhar um pouco da minha atenção.
- Transforme ela em uma pessoa capaz de suportar as mais duras servis que o homem poderia aguentar, alguém que poderá decidi pelo reino de forma magistrada e politica, que tenha cunho para está a frente da guerra como comandante. Oque me diz, treine a para ser uma peça que o senhor poderá manipular da melhor forma.
- sabias palavras, pensei que teria que mandar cortar sua cabeça também, no entanto é um bom plano, farei conforme disse, apenas alterarei algumas partes, essa criatura asquerosa irá aprender a viver em meio ao meu escalão, e quando tiver a idade certa para casar e também os dotes necessário para isso será obrigada a procriar e me entregar um menino para reinar, afinal estou já de idade e não permitirei uma mulher no trono.
Tais palavras atingiram em cheio o pai de Catan que tentava em seu discurso preservar a vida da linda menininha, ela o lembrava seu filho que era cuidado com muito amor por sua esposa, um ser tão inocente não merece um fim trágico antes mesmo da oportunidade da sua defesa. Já Henrique se encontrava indefeso e não sabia o quanto aguentaria ou quais barbares ainda se permitiria ver ali em seu posto de trabalho, seu coração se contorcia num ínfimo da sua alma mortal, jurou a sua família que esse trabalho seria por pouco tempo até terem valor suficiente para se mudar da província rumo a uma região mais distante, com tristeza já havia se passado quinze anos e estava amarrado ao rei e seus caprichos sórdidos e obscuros, as cordas invisíveis que o sufocava se tornou mais tarde real e tangível dando cabo a sua vida com nó apertado.
- Muito bem meu rei, faça conforme a sua vontade. Se o senhor outra vez me permite, quero entregar a menina a ama para os devidos cuidados.
Ali Aurora passaria de mão em mão, primeiro para sua ama que lhe auxiliaria até a chegada de uma dama de companhia nada agradável e logo após os seus tutores brutos e cheios de ordem, devo confessar que era um tormento sem medidas, dias regrados a tarefas ligadas ao Reino e a noite aulas de literatura e combate técnico, e para que entendam tamanha loucura que era sua rotina e absurdo os assuntos que eram conferidos a ela para aprender, a lembrança mais traumatizante que ela tinha fora de uma aula sobre como se relacionar com homens e conceber filhos, oque para uma garota de dez anos era assustadoramente assustador. As coisas que lhe traziam um pequeno frescor de liberdade e uma pequena luz cintilante em meio as trevas que viviam e o afastamento sem explicação de seu pai, tinha dois nomes em um: Mathias Natanael, a estrela brilhante e calorosa em sua vida frívola e regrada a regras.
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Trayce,A Procura Da Espada De Gonora
Short StoryEm uma certa noite,onde caçadores matavam o lobo mal e sereias levavam mais uma vez inúmeros navegantes e pescadores para o fundo do mar,nasce uma pequena menina debaixo de uma forte tempestade.Reza a lenda que toda criança que vem ao mundo no perío...