Valentina

477 37 23
                                    

Quero deixar claro que mesmo faltando alguns minutos para terminar o dia, consegui cumprir minha promessa de entregar o capítulo até o fim de semana. Sei que tem muitas fic muuuito melhores que a minha, e essa historia é apenas um passa tempo delicioso pra mim, mas em respeito aos meus minguados e não menos importante leitores não vou abandonar essa historia. Perdoem os erros e a demora.

---------------------------------------------------------

Era uma daquelas noites que tinha tudo pra dar certo, mas a terra realizou todas as rotações necessárias para que o fim fosse trágico. Todas as realidades possível se tornou uma única jogada de cartas da vida. Óbvio que era  a realidade que eu me daria muito mau. O meu único pensamento naquela noite era que eu reencontraria a dona dos lábios mais lascivos que eu já beijei. A verdade era que desde daquela festa ela nunca deixou meus pensamentos, tudo me lembrava ela, os olhos, a forma de enrrolar a pontinha dos cabelos, a risada desinibida. Era como se eu estivesse reencontrado alguém a muito tempo perdido, eu estava sentindo saudades de alguém que eu acabara de conhecer. Não fazia ideia de que isso fosse possível.

Depois da festa, encurralei Mariá, precisava saber mais. E a cada descoberta sobre sua história,  mais eu me interessava pela menina dos olhos de lua. Nossas história eram bem parecidas, a diferença era que Juliana Valdez era muito mais corajosa que eu ja fui na vida. E eu precisava saber mais.
Na semana que decorreu a festa, não tive coragem para fazer a temida ligação, não sabia como Juliana entenderia e não fazia ideia do que  dizer.

Então covardemente passei a semana a seguindo pelo Campus da faculdade.
Discretamente seguia teus passos, me inebriava com o rastro do seu cheiro. Analisei todos os seus gestos, o sorriso leve que sempre estampava no rosto, a forma desastrada de tropeçar a cada 10 passos, e a risada desinibida e altamente viciante. Eu estava enlouquecendo, queria estar com ela,fazer parte das risadas, das conversas animadas que tinha com as amigas, dar apoio para que não tropecasse, queria que ela estivesse pensando em mim com a mesma urgência.

Ao fim da semana a segui a até a biblioteca, era gracioso a forma como Juliana com seus poucos metros tentava equilibrar uma pilha enorme de livros. Me sentei há algumas mesas atrás dela, percebi que estava muito concentrada e vez ou outra franzia o nariz com algo que lera. Próximo a minha mesa escuto dois meninos que aparentavam a minha idade, talvez um pouco menos, estavam falando da Juliana, para ser mais exata, da bunda. Tanta coisa maravilhosa naquela mulher e eles estavam dissertando sobre a protuberância empinada, firme e perfeitamente arredondada que Juliana carregava. Eu tinha que concordar, era perfeito. E tinha que fazer algo rápido também, pois um deles se levantou e seguia a passos vacilantes até sua mesa, tinha sido desfiado pelo amigo a conseguir o telefone da "gostosa". Em um rompante nada discreto me levantei para ganhar aquela disputa e cheguei antes que o babaca em Juliana "bumbum perfeito".

- Ainda prefere ficar quietinha?

- Oi menina. Como vai? Quando aqueles olhos encontraram os meus eu me entreguei ao mar de borbetas alvorossadas.

- Bem. Tô bem.

Juliana parecia desconcertada com a surpresa.

- Estudando muito?

- Fui mau em uma prova,preciso compensar na próxima.

- Sabe que depois da festa pedi seu celular para Mariá várias vezes, e nunca acertei o número, ou você nunca me respondeu.

Mentira. A primeira de várias que eu contaria. Juliana colocou uma mecha solta do cabelo atrás da orelha e não pude mais negar, ela mexia demais comigo.

Um Amor De Outras VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora