le garçon aux yeux blancs

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le garçon aux yeux blancs

Tony implorou e pediu para a garotinha de cinco anos, que estava gritando, para que ficasse quieta: "Morgan, bebê," ele balbuciou, fechando seus olhos. Ele estava à beira das lágrimas por dois motivos: um, sua pequena princesa estava dando-lhe dor de cabeça às duas horas da manhã, e dois, aquela era a quinta noite naquela semana. "Pelo menos, me diga o que está errado."

Seus braços pálidos seguravam a criança próxima ao seu peito, pulando na ponta dos pés. A pequena menina morena segurou-se no colarinho do suéter dele, que já estava um pouco largo. O corpo inteiro dela estava tremendo, e Tony não sabia o que fazer porque ela não pararia tão cedo.

O rapaz de vinte e seis anos continuou balançando sua filha para frente e para trás, acendendo as luzes em seu apartamento de dois quartos enquanto ele caminhava até a cozinha. "Você está com fome?" Ele perguntou, com esperanças de que ela parasse de chorar por, pelo menos, três segundos.

Morgan balançou a cabeça, ainda chorando e respirando profundamente.

"Com sede?" Tony tentou de novo, colocando-a sobre os balcões ambíguos. Ele tirou as contas e documentos de cima do balcão do caminho, tendo certeza de que ela ficou confortável.

E ela balançou a cabeça, mais uma vez.

Ela fungou, olhando para seu pai com os olhos castanhos vidrados, "Sinto falta da Mamãe," Morgan disse entre respirações tremidas. Sua pele clara estava vermelha e parecendo irritada.

Tony suspirou, colocando seu polegar abaixo dos olhos dela para secar as lágrimas, "você vai vê-la semana que vem. Eu estou aqui por você, do que você precisa?" Ele perguntou, seus dedos passavam pelo emaranhado de cabelos dela.

"Eu quero ela agora!" Ela gritou, voltando a chorar novamente. Tony franziu o cenho, não entendendo como uma garotinha de dezoito quilos poderia gritar tão alto.

Ele pegou-a de novo, segurando-a em seu colo e saindo pela porta. Talvez se ele desse uma pequena volta por seu complexo seria algo bom. Tony trancou a porta de madeira atrás dos dois, seus pés descalços fazendo rangidos contra o tapete duro do corredor.

Morgan continuou gritando enquanto ele andava o longo caminho até chegar ao elevador (ele ficava quinze metros longe, no máximo). Ele ouviu uma porta atrás dele se fechar, seguida por passos pesados e duas vozes.

Tony continuou balançando sua filha, enquanto o elevador chegava até o oitavo andar. Ele olhou para as pinturas baratas na parede, e a maioria tinha buracos e manchas que ele não conseguia entender – ou era isso, ou aquilo era arte moderna.

"Sua filha está bem?" Uma voz perguntou atrás dele. Ele se virou e olhou para dois garotos um pouco mais novos do que ele.

Aquele que havia perguntado era meio cabeludo, com algumas tatuagens em seu braço e olhos azuis. Ele tinha um rosto que fazia Tony se lembrar de um bad boy . Ele vestia uma camisa azul clara, com buracos próximos à sua clavícula, revelando mais tatuagens. Os shorts largos estavam baixos em sua cintura.

O garoto silencioso ao lado dele era alto e forte. Seu cabelo loiro estava solto no topo de sua cabeça. Óculos escuros cobriam seus olhos. Tony não conseguia dizer se ele era vaidoso ou se estava bêbado. Ele estava coberto de roupas pretas dos pés à cabeça.

Os dois garotos estavam carregando mochilas pesadas, desconfortavelmente mudando o peso de um ombro para o outro.

"Ela faz isso frequentemente, me desculpem," ele se desculpou com os garotos, dando um leve sorriso.

"Tudo bem, cara, eu e o Steve não queríamos estudar mesmo," o cabeludo falou novamente.

Morgan ainda estava se segurando fortemente no suéter de Tony, soluços saindo de sua boca a cada vez que ela respirava, mas seus olhos estavam fixados no garoto loiro, cujo nome Tony agora sabe que é Steve.

"Eu quero descer!" Ela gritou, suas mãos pequenas segurando próximo à sua clavícula.

"Você vai correr de novo," Tony disse calmamente, "e você vai deixar o papai com problemas."

A bebê Stark começou a se espernear nos braços de seu pai. Ele rezava para que o elevador abrisse logo.

Bucky se sentiu mal pelo jovem pai, notando as olheiras roxas embaixo de seus olhos. Ele olhou para Tony, desejando que alguém o ajudasse.

As luzes do elevador ainda estavam paradas no sétimo andar, as garotas bêbadas estavam provavelmente chegando à sua casa somente àquela hora, tendo problemas para sair do elevador.

Tony passou uma mão por seu cabelo antes de colocar a menina no chão, e seus pequenos pés foram correndo direto para Steve, segurando-se em suas pernas, "você seria uma linda princesa," ela informou para ele.

"A criança do vizinho está grudada na sua perna," Bucky disse para Steve.

Tony inclinou sua cabeça para a esquerda, não entendendo a situação inteira. "É muito cedo pra essa merda," ele disse, "Morgan, vamos. Solte o Steve."

"Uma princesa, huh?" Steve perguntou, esticando o braço até que ele sentisse a maciez do cabelo da menina.

"Você deveria vir para o nosso chá, Papai usa uma tiara," a garota se agarrou ainda mais fortemente às pernas do garoto musculoso.

Bucky começou a rir, olhando para Tony e depois novamente para Morgan. Qualquer sinal da menina que estava chorando havia ido embora, e ela estava de volta ao seu ''eu'' normal.

"Como é o seu pai?" Steve perguntou, curvando-se, e assim seus joelhos estavam um de cada lado do corpo da pequena menina.

"Ele está bem ali!" Ela deu um pequeno riso, envolvendo suas mãos em cada lado do rosto do garoto. Morgan gostava da textura da pele de Steve, havia pequenas saliências em volta das maçãs de seu rosto, ela passou seus dedos pela pele pálida.

"Eu não consigo enxergar muito bem," ele disse em uma voz mais aguda do que o normal.

Tony entendeu que, não, ele não estava bêbado ou drogado. Ele era cego.

Ele sorriu um pouco com a imagem de sua filha extrovertida virando amiga de um estudante universitário cego. Os pijamas rosa claro dela entravam em confronto com as roupas pretas dele.

"Papai tem cabelo e olhos castanhos igual eu. Ele disse que eu posso pintar o meu cabelo assim que a .amãe disser que eu posso. Ele tem uma barba toda ajeitadinha. A sua é bagunçada, eu gosto disso." a garota disse ao menino alto.

Steve riu. Ele colocou a mão sobre o ombro da menina, sentindo o tecido térmico dos pijamas dela. Ela tinha cheiro de fast food e algo a mais que ele não conseguia saber. O cabelo dela parecia seco assim que ele passou seus dedos por ele. Seus longos dedos envolveram a curva do rosto dela, "Eu posso dizer que você é uma princesa muito linda," ele sorriu, "vou deixar essa parte com você."

Bucky olhou para Tony, "quantos anos ela tem?"

"Só cinco," ele sorriu, "Eu peço desculpas se os gritos dela acordarem vocês, garotos, ela tem pesadelos frequentemente," Tony admitiu com um suspiro.

O barulho do elevador finalmente havia chegado assim que o mais velho ergueu sua filha em seu colo novamente. Com um aceno de cabeça, ele se despediu. Morgan começou a chorar novamente, dessa vez pelo 'garoto com os olhos brancos'.

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preparem seus corações para essa história.

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até a próxima! :-)

the boy with the white eyes ♡ stonyOnde histórias criam vida. Descubra agora