Capítulo 3

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Notas: Hey, espero que estejam gostando! É a partir desse capítulo que a estória melhora, ou piora depende do ponto de vista hahaha eu adoro esse capítulo, espero que gostem tanto quanto eu, se estiver gostando por favor votem e comentem, quero saber a opinião de vocês, beijos, e boa leitura :)

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Os dias, e a semana seguinte passaram rapidamente, eu já estava me acostumando com a rotina, as aulas começavam quase sempre na mesma hora, e os professores eram ótimos. Com toda a certeza eu já tinha me acostumado com a presença de Liam e Niall, pela primeira vez eu tinha amigos, e isso me deixava muito feliz. Também havia feito amizade com meu colega Ed, gostávamos das mesmas coisas, e depois de falar com ele no final da primeira aula pratica, continuamos a nos falar durante as aulas.

A única coisa com qual eu não conseguia me acostumar era com a presença de Louis. Eu tentei com todas as minhas forças a ver ele apenas como um amigo, mas eu simplesmente não conseguia, existia essa tensão no ar quando estávamos perto um do outro, e eu tenho certeza que não era apenas gerada por mim.

Na sexta-feira da minha segunda semana na faculdade eu já estava exausto, acordei de mau humor, coisa que acontecia raramente e fui direto tomar um banho, para tentar aliviar meu estresse. Vesti uma calça jeans e uma camisa xadrez vermelha, calcei uma bota qualquer e coloquei uma touca, meu cabelo estava tão de mau humor quanto eu, então peguei minhas coisas e fui para a primeira aula do dia, que seria prática. Teria que ver Louis lá, isso não me deixava mais nervoso, mas eu sentia algo que não conseguia explicar direito, como um nó na garganta. Cheguei um pouco cedo e sentei em frente a um dos pianos, tocando notas aleatórias, esperei até o resto dos alunos e o professor chegarem. Logo depois da sala estar cheia o professor chegou, e explicou a todos que hoje a aula seria livre para composições, porque ele teria uma reunião, então deixaria apenas Louis de responsável caso alguém precisasse de ajuda. Merda.

Eu tentaria ao máximo não precisar de nenhuma ajuda, não só por causa de Louis, mas pelo fato de achar que eu não preciso de ajuda, sempre fui assim. Comecei a tocar uma melodia que eu já havia começado a compor, mas não havia conseguido terminar, continuei aos poucos tocando, ajustando cada parte, e anotando na partitura.

Quase uma hora depois eu já estava quase finalizando, mas não conseguia de jeito nenhum acertar o tempo do arranjo final. O professor não estava e Ed não tinha vindo à aula, eu não tinha outra escolha. Eu odiava ter que pedir ajuda, o orgulho me dominava, ainda mais ter que pedir ajuda para Louis. Chamei sua atenção levantando a mão, ele sorriu e veio até mim.

— Precisa de ajuda? — Ele perguntou se apoiando no piano.

— Sim, não estou conseguindo acertar o tempo de um arranjo. — Falei sem jeito, não queria admitir que não conseguia fazer sozinho. — Pode me ajudar?

— Claro, me mostre o que quer fazer. — Louis disse sentando do meu lado.

Coloquei os dedos sobre as teclas e deslizei-os, errando o tempo e a marcação da nota.

— Sim, você tem que fazer mais rápido, e o usar o dedo médio na troca, assim — ele então colocou os dedos sobre as teclas e fez o arranjo com perfeição. — Agora tente você.

Tentei novamente, posicionei meus dedos da forma correta, mas errei o tempo, talvez por que estivesse tremendo.

— Calma — Louis falou com uma voz suave. Então, em um movimento súbito, ele colocou sua mão sobre a minha, e segurou-a. — Tente comigo.

Movimentei minha mão lentamente junto com a sua e finalmente consegui acertar o arranjo por completo. Olhei para o seu rosto e ele sorria satisfeito. Sua mão ainda segurando a minha. A pele quase queimando onde ele tocava. Não sei dizer por quanto tempo esse momento durou, mas para mim foi uma eternidade, pude observar seu rosto, seus olhos, hoje de um azul mais claro, estavam mais brilhantes do que nunca, seu cabelo estava penteado para cima, o que clareava o seu rosto, o deixando mais lindo do que o normal. A tensão podia ser sentida no ar, ela só foi cortada quando outro aluno chamou por Louis, que tirou a mão da minha, se levantou e foi em direção ao garoto que o havia chamado. Eu continuei ali, sem me mover, olhando para o lugar onde ele estivera sentado segundos atrás; tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

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