Delicate

Capítulo 7

Notas: Hey peps! Desculpem pelo Harry idiota no último capítulo mas foi necessário! Não vou falar muito nessa nota, vou deixar o capítulo falar por si mesmo! Só pra avisar o próximo eu só vou poder postar na quinta ou na sexta por causa da faculdade, só com pouco tempo pra escrever, é isso, espero que gostem, se gostarem comentem bastante e votem! Beijos e uma boa leitura.

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Harry's POV

As semanas que se seguiram foram lentas e cansativas, eu estava me esforçando o máximo que podia nas aulas, tentando manter o foco, tentando me distrair. Na primeira avaliação teórica eu tirei uma nota acima da média, o que me deixou um pouco mais aliviado e relaxado. Logo depois de tudo o que acontecera, eu fiquei um pouco obcecado por qualquer tipo de distração, qualquer tipo de coisa que tirasse Louis da minha cabeça. Mas mesmo com todas as distrações possíveis, no momento em que meus pensamentos se esvaziavam e minha mente descansava tudo que eu via e pensava era Louis, na forma como apareciam ruguinhas no canto de seus olhos que ficavam pequenininhos quando ele sorria, no jeito que ele falava, no seu sorriso que iluminava a tudo e a todos. Sempre que eu tinha esse tipo de pensamento eu me repreendia, dizendo a mim mesmo que não era certo, que não era justo com a namorada dele, ela o tem, não eu. Mas eu aposto que ele não a beija da forma que me beijou.

Pior do que todos esses pensamentos só a realidade. Louis continuava me procurando, tentando falar comigo de todas as formas possíveis, principalmente na sala de aula. Eu apenas o respondia com frases curtas quando era necessário e fugia dele o máximo que podia quando era possível. Mas ele ainda me olhava daquela forma quase irresistível — eu ainda tentava resistir com todas as minhas forças — me olhava como se eu tivesse alguma coisa que pertencesse a ele. Além do mais ele ainda andava pelos corredores com sua namorada, como se nunca a tivesse traído. Talvez ele não considerasse beijos como traições, mas creio que beijos comuns não devem ser considerados, já o que aconteceu entre nós havia sido algo bem diferente, algo muito mais importante, muito mais considerável; pelo menos para mim.

Com o passar do tempo às distrações me ajudaram, mas não de forma completa. Minha amizade com Ed aumentou significantemente depois de ele ter me ouvido desabafar, de me ver totalmente exposto. Inclusive em uma conversa que tivemos ele disse que aquilo serviu para quebrar barreiras entre nós em questão de composição, agora podíamos nos comunicar através da música de uma forma extraordinária, letras ainda eram difíceis de serem compostas, porque as ideias, pensamentos e sentimentos ainda não estavam formados, mas as melodias eram criadas da forma mais espontânea possível. Ficávamos horas na sala de música após as aulas, criando arranjos e melodias incríveis; nunca pensei que teria um amigo assim que me entendesse tão bem através da música, que era a única coisa que transparecia minha alma verdadeiramente.

Essas semanas também ajudaram a fortalecer minha amizade com Liam e Niall. Depois de ter contado os acontecimentos a Liam, eu pedi a ele para não contar para Niall, porque o irlandês ficava animado demais com qualquer coisa, acho que se ele soubesse morreria. Foi melhor assim, porque podíamos nos divertir sem ter esse assunto aparecendo em meio às conversas, Liam foi um ótimo amigo deixando para lá e apenas me perguntando como eu estava em relação a isso de vez em quando.

Eu nunca havia pensado que ter amigos seria uma coisa assim tão boa, por muitos anos vivi apenas isolado no meu mundo, apenas tendo minha irmã como companhia. Mas agora tendo os garotos comigo eu vi o quanto era bom, como era bom ter alguém para contar como foi seu dia, ou simplesmente para contar coisas idiotas, do tipo “hoje eu vi uma nuvem em forma de dragão”, frases desse tipo que eu ouvia de Niall o tempo todo. Ter pessoas para compartilhar a vida e os momentos bons dela. Minha vida estava quase completa, só faltava uma coisa, ou melhor, dizendo, alguém.