Pausado/Em Chamas - Série Fenix

Capítulo 9

"Parece que há oceanos
Entre mim e você mais uma vez

Nós escondemos nossas emoções
Sob a superfície e tentamos fingir
Mas parece que há oceanos
Entre você e eu"

-Oceans_ Seafret

Abro meus olhos e tudo começa a clarear, sinto uma dor horrível em minha boca e um gosto amargo de sangue. De repente tudo volta a minha mente, fui sequestrada e ainda apanhei daquele brutamontes covarde.

Começo a enfim observa ao meu redor e fico totalmente confusa. Estou no que parece ser uma sala de um apartamento, mas não qualquer apartamento e sim o apartamento. De tons de cinza tanto na parede quanto no chão, vejo que o lugar é lindo e caro, mas vazio. Tanto de trazer um sentimento de vazio como de literalmente de estar vazio, não há móveis.

E depois dessa pequena inspeção minha pelo lugar, percebo que estou amarrada a uma cadeira e que a minha frente a uma mesa posta para um jantar eu suponho, arrumada com um jogo de prato visivelmente muito caro.

A mesa está exatamente no centro da sala e a única iluminação é das enormes janelas que vão do chão ao teto.

Uma parede inteira só delas, se eu não tivesse presa a essa cadeira poderia apreciar a vista em minha frente. E então percebi que a vista dessa cidade não se parece nem um pouco com a minha cidade onde moro, Onde estou meu Deus?!

- Olha só meu pequeno cervo despertou de seu sono.- Sinto mãos fortes em meus ombros, e essa voz não me é estranha. - Prazer Helena, sou Dominic Monteiro e seja bem vinda a seu maior pesadelo - O homem atrás de mim se mostra todo galante e determinado, com ódio na voz e um rosto um tanto cínico.

- O que você quer comigo? Oque fiz para você? Isso foi porque não liguei para você para jantarmos? Agora vai me obrigar. Jantar com você? - digo totalmente afrontosa e morrendo de medo de levar outro tapa. Posso ter medo dele, mas não posso demonstrar, ou ele ganharia esse jogo.

- Ah.. minha bela Helena, você não me conhece mesmo. Então vou te explica, você irá sim jantar comigo, - diz sentando na cadeira a minha frente na mesa que está posta para um jantar a dois. Lentamente ele coloca o guardanapo em seu colo - E além disso irá ficar sentada aí enquanto lhe dou sua sentença por ter tirado tudo de mais importante da minha vida - Olha pra mim e vejo uma tristeza profunda em seus olhos.- mas antes ...- ele faz um sinal com a mão para alguém atrás de mim- Solte a moça, ela não pode comer estando presa.- diz e olha pra mim me intimidando e um homem muito, mais muito alto mesmo se aproxima e começa a me desamarrar.
Começo então a olha para os lados e assim que ele me solta me vem a ideia de correr desesperadamente daqui. Esse homem está me levando a um ataque de pânico. Ele transmite um ódio muito grande sob mim.

- Nem pense em sair correndo, você nunca conseguiram fugir de mim. E o tapa que levou de meu segurança pode não ser o último - Diz e olha pra mim zombeteiro. Ele parece estar adorando tudo isso, me ver tão vunerálvel e fraca. Oque eu fiz para esse ser?! -Agora, comece a comer! - diz autoriatario.

- Não vou comer com você, deve ter veneno aqui. Quero que diga logo oque faço aqui, oque fiz para você?! - digo gritando impaciente, prefiro que ele me mate a me manter como uma prisioneira.

- Coma agora ou eu corto a sua língua agora mesmo - diz e arregalo os olhos, não duvido nada que faria isso. - Você acha mesmo que jogaria fora o prazer de matar você com as minhas próprias mãos? - diz e um lágrima escapa de meus olhos, estou muito assustada e me sentindo fraca. Começo a comer a comida em minha frente, comer não empurrar pela guela a baixo não que a comida esteja ruim, mas quem consegue comer sofrendo terro psicológico?

Depois de alguns minutos, os talheres são o único som que ecoa pelos apartamento vazio, isso e minhas lágrimas que já não consigo mais segurar. É horrível ser forçada a fazer algo, principalmente com esse doente olhando pra mim como se fosse pular nessa mesa e me matar com essas faca de passar manteiga mesmo. Quase rio pensando nisso, seria um morte Ilária. E nesse exato momento percebo que estou ficando louca.

- Sabe Helena, vou lhe contar uma história. A muito tempo atrás havia uma linda família, um pai dedicado a sua família, uma mãe amorosa e completamente felizes pelo filho mais novo. Até que em um dia qualquer aquele pequeno garoto ver sua mãe morrer pelas mãos de seu pai.- Diz e fico horrorizada pela história macabra que me conta - Então aquele garoto é levado para longe junto com o monstro que matou sua mãe e dali em diante ele vê o monstro ser feliz com outra família , ele é deixado de lado.- Diz e sua voz já está carregada de ódio - E todo amor que havia nele se transformou em ódio, porque sua família se desfez e agora aquele pai dedicado a família estava fazendo um garotinha sorrir, enquanto seu filho era tratado como um bastardo infeliz. Fim, esse é o fim da história Helena, agora quero que me diga oque faria com uma pessoa que roubasse tudo de você?- diz já em pé, ao lado da minha cadeira me olhando intensamente. A tensão no ar se tornou palpável de repente.

- Eu.. não sei .. por favor.. me deixe ir embora. - Digo totalmente em pânico. Tudo bem que essas turmas semanas não tinha vontade de viver, mas não quero morrer pelas mãos desse homem.

Ele limpa as lágrimas que estão correndo meu rosto, chega bem perto de mim e afasta meu cabelo para traz do ombro e diz próximo ao meu ouvido, meu causando um choque pelo corpo inteiro.
- Um lobo nunca deixa sua presa escapar de suas patas. Ah pequena Helena agora você é completamente minha. Você ainda não entendeu isso. - diz e me viro para olhar em seus olhos e percebo então que estamos muito próximos posso sentir seu hálito em rosto. Vejo em seus olhos um escuridão sem fim que me causa um sentimento de pena. Não medo, mas sim pena desse homem que parece carregar apenas a solidão consigo..

Obrigada por ler !!