Por Alexandra;
O amor pode machucar e ao mesmo tempo ele tem a capacidade de cicatrizar. Ele é o único que nos mantém vivo. Do que adianta poder, fama e se não há amor? Se a infelicidade reina. Tem um bom tempo que eu saí dessa estatística de pessoas infelizes por amor.Do avião avistei a cidade abaixo de mim. Londres parece tão pequena daqui.
— Curiosa! — digo para a garotinha á minha frente. Henry segura nossa filha que está com as mãos na janela e admirada pela paisagem. Nossa pequena Beatrice.
Acabamos de retornar de uma tour pelos países onde eu sou a monarca, foram exaustivos dois meses de viagem de compromisso oficial.
— Vamos viajar mais, mama? — ela me pergunta.
— Não, terminamos e agora vamos ficar em casa por um bom tempo.
— Um tempão! — ela faz um gesto com a mão. Beatrice está com três anos de idade. Assim que o Henry apareceu para mim naquele dia, nós resolvemos assumir o nosso romance e seis meses depois nos casamos. De início não queríamos uma cerimônia pomposa, mas graças aos pedidos dos meus súditos, fizemos uma grande cerimônia. Isso já tem quase seis anos. Seis longos anos de felicidade.
Aprendi muito com ele e creio que ele aprende comigo; não somos um casal tipicamente de contos de fadas, em alguns casos brigamos, entramos em desacordos e principalmente sobre a criação da menina. Seu sobrenome é Miller e segundo meu marido, ela tem que aprender como viver na vida real e assim a ensinamos.
— Enfim em casa. — falo.
— Sim. — no começo foi tão complicado para ele, mas aos poucos ele foi aprendendo sobre tudo ao meu redor e quais seriam as responsabilidades dele. Ela tenta seguir todas as regras, porém em alguns casos se rebela. — Confesso que estava até com saudades da voz da Michelle às sete da manhã. — ele sorri. Henry descobriu que a monarquia não é apenas imagem e sim ações, aos poucos ele vai aprendendo e usando sua imagem em prol dos mais necessitados. Aliás, sua imagem...tenho sempre que me acostumar com as minha súditas animadas, quando vamos em alguns eventos, ele rouba a cena entre as mulheres.
Um verdadeiro príncipe encantado.
— Eu queria o cangulu de lá.
— Canguru filha. — o último país que visitamos foi a Austrália. Beatrice amou brincar com os filhotes de canguru.
— Isso mama, eu queria. — diz ela fazendo uma careta. — Vou dizer a vovó que você não me deu o canguru. — não deixo de sorrir, a família do Henry a mima e sem falar do tio. — Papa, vai me levar para ver o dinossauro? Já que não tenho o canguru?
— Quando chegarmos iremos sim.
— Eba! — ela exclama feliz, o dinossauro que ela tanta fala é de um mascote de um time de futebol que o Henry torce e sempre leva ela ao estádio e por lá ela brinca com o mascote, quebrando qualquer protocolo possível, aliás...meu marido quebra quase todos, no entanto agora está se adequando às regras, enfim compreendeu o valor da monarquia.
É do feitio do príncipe Henry.
Chegamos no aeroporto de Heathrow, e há jornalistas e pessoas nos esperando. Seguro minha filha nos braços e aceno do início da escada, Beatrice faz o mesmo, — do jeito dela. Henry como sempre faz um discreto aceno.
Suas medalhas chegam a reluzir devido a luz do sol. Ele está com o seu uniforme militar vermelho de gala e com suas devidas honrarias. Hoje é general, cargo que custou a aceitar, mas como é tradição.
Descemos as escadas e há um carro nos esperando.
**
— A mídia aprovou sua viagem, falaram que foi excepcional. — diz Michelle, ela ainda não está totalmente recuperada do acidente, ainda anda de muleta. — Eles amam a menina. A princesinha.
Diana retirou o meu vestido. Eu bocejo um pouco.
— Temos que preparar as festividades de Natal. Quer que eu mande o convite para a família do seu marido?
— Não, eu mesma falarei com eles. Como sempre.
— Outra tradição indo embora... — ela diz com certa decepção.
Se por um lado eu perdi quase uma família, minha vó eu não a vi mais, minha tia com o George, passaram um bom tempo na prisão e ano passado saíram. Praticamente perdi uma família, mas ganhei outra, os Millers.
Sou tão grata por eles terem me aceitado e me acolhido quando precisava. Mesmo que a vida deles tenha virado do avesso.
— Boa noite vossa majestade. — diz Diana, essa se casou com o Sam e eles tem um filho, o Lucas vive brincando com a Beatrice pelos corredores do palácio.
— Boa noite!
A Michelle também vai embora e o Henry sai do banho. — O mordomo deixou suas roupas, vossa alteza. — digo o provocando, até hoje ele não se acostumou. — Está bem?
— É bom estar em casa e espero que por um bom tempo.
— Não se preocupe. — ele se deita ao meu lado. Eu encosto minha cabeça no tórax dele. — Não está com frio?
— Não muito, a água estava quente. O ministro da Defesa me chamou para uma conversa. Uma outra conversa.
— Ele falou que se você não fosse príncipe, seria um ótimo ministro de Defesa.
— É bom poder falar de algo que entendo. — ele me puxa para o seus braços. — Não estou afim de falar de políticas por enquanto.
— O que quer falar? — ele beija o meu pescoço. — Hm.
— Não quero falar muito e sim fazer algo. As camas de hotéis não são tão boas quanto a nossa. — ele retira a alça de minha camisola. — Minha. — me encaixo no quadril dele. — É bom tê-la só para mim, minha rainha.
— Digo o mesmo, meu príncipe.
Fim.
Quero agradecer a todos que leram atè aqui!
Penso que essa è a historia mais romantica que jàa escrevi ( o que não è muito comum pra mim)
Essa è uma historia antiga que eu tinha e fico feliz de poder ter postado aqui. Obrigada a todas e se vemos em uma pròxima por ai!
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Vossa Majestade (Concluída)
RomanceO que fazer quando você já nasce com um destino traçado e sua vida toda planejada? A princesa abriu mão de seu conto de fadas e se tornou rainha, mas escrava de sua própria soberania. É assim que Alexandra Stewart Mountbatt, regente da Grã-Bretanh...