This Is Love? - CONCLUÍDA

Capítulo 38 - O baile pt 3.

Anteriormente em This Is Love...

— Maia consegue farejar? Jordan?

Eles ficaram em posição de ataque, e logo em seguida veio em nossa direção um bicho totalmente estranho que minha mãe Maryse fez questão de matar tão rapidamente que eu quase não tive tempo de raciocinar.

— Que merda era aquela?!

POV CLARY

Maryse limpava o sangue do bicho na manga de sua jaqueta, e eu a olhava como se fosse uma completa desconhecida. Eu sempre a vi como uma doce e gentil mãe, mas agora era um forte e destemida guerreira, que matava sem pensar duas vezes.

— Mãe, pelo Anjo... O que era aquilo? É com esse tipo de coisa que nós vamos lutar?

— Aquilo minha filha, era um demônio, venenoso, e sim. Lamento dizer que vamos lutar com um monte desses hoje. Queria poder não envolver vocês em nada disso mas Dura lex, sed lex.

— A Lei é dura, mas é a Lei. Onde eu já ouvi isso antes? Sinto que lembro dessa frase em um livro que li quando era criança.

Vi um olhar de esperança passando, mas tão rápido chegou, e tão rápido se foi.

— Magnus!

Magnus se virou para nós e veio correndo.

— O que houve?

— Está na hora.

— Mas agora? Tem certeza?

— Sim, temo que chegou a hora de eles saberem a sua história completa.

— Me perdoem - Eu interrompi a conversa dos dois - Mas posso saber do que estão falando?

Maryse olhou em volta e rapidamente, Robert, Luke e minha mãe estavam do lado dela, assim como Jace, Izzy e Alec estavam do meu.

— É agora. Maryse... Não quer repensar? - Jocelyn disse com certo tom de preocupação.

— Não, Jocelyn! Eles tem de saber de onde vieram, de como é a vida no país deles, dos treinamentos que fizeram até as memórias serem retiradas deles... Eles tem de saber como lutavam bem, lembra dessas duas pequenas aqui? Derrotavam Alec e Jace sempre! Eu preciso que elas se lembrem disso.

— Maryse, eu também quero que se lembrem, mas tiramos a memória deles para protegê-los. Não temos permissão da Clave para fazer esse ato tão grande. - Luke disse parecendo desesperado - Eu não estou pronto para ver minhas meninas como Caçadoras de Sombras.

— Ah qual é Lucian! Seja menos dramático, sabia que esse dia chegaria desde que vieram para cá. - Robert como sempre grosso e seco. - Elas estão praticamente formadas e são mulheres agora. Aceite, todos cresceram.

Luke olhou com desprezo para Robert, o mesmo devolveu o olhar e se virou para Magnus.

— Faça agora, Feiticeiro. E sem erros.

— Eu não recebo ordens de você, seu caçadorzinho de quinta categoria.

— Eu sou o Inquisidor! Tenha mais respeito comigo, submundano. - Ele soltou a última palavra com tanto peso e desprezo que me senti enojada por todos, principalmente por Magnus e Luke. Até Maia e Jordan, eles eram lobisomens afinal de contas.

— Se falar com ele assim de novo, eu corto a sua garganta - Jocelyn disse, nunca tinha visto aquele olhar dela, estava com uma fúria, que nem mesmo os anjos controlariam - Sabe que nunca tive medo de você. Mesmo sendo o Inquisidor, ainda derroto você facilmente. Por favor, Magnus, você é capaz de devolver a memória dos meninos. Eu sei que é.

Magnus deu um suspiro, fez um movimento como se puxasse do ar e levasse até nós.

— Quem está pronto, ótimo, quem não está... Boa sorte.

Fechei os olhos quando senti uma dor aguda na minha cabeça, parecia que meu cérebro estava sendo puxando, sendo tirado de mim.

— Pensem em coisas de quando eram pequenos, preciso acessar essa gaveta do cérebro de vocês, quando eu contar 3!

Senti uma mão pegando na minha, era Izzy, e Jace segurando a minha mão esquerda com força.

— 1...2...3! Agora, pensem!

Pensei, em tudo que podia lembrar no momento, de quando caí da árvore em cima do Simon, do meu aniversário de 10 anos, meu primeiro patins, quando quebrei a perna e Simon assinou meu gesso.. De repente uma imagem veio, eram 4 crianças, uma ruiva, uma loira e duas de cabelos pretos como a noite. Quando foquei melhor, pude ver que para minha surpresa, éramos nós, Izzy e eu contra Jace e Alec. Essa imagem foi embora e outra apareceu, Izzy e eu pulando e rindo da cara dos meninos por estarem no chão... Nós ganhamos deles! Na próxima imagem, estava eu sentada, conversando com o Jace numa estufa, eu deveria ter uns 8, eu ri e ele também e ele me deu um beijo na bochecha. Senti uma sensação estranha, como se aquilo tivesse sido agora, depois vieram outras imagens muito rápidas para que eu conseguisse ver, até que chegou em uma curiosa, eu estava em cima de um galho, e eu simplesmente saltei, parecia ter no mínimo 5 metros de altura e eu saltei. E aterrissei perfeitamente! Como...

— Clary! Clary! Acorda!

Eu abri meus olhos e tudo estava laranja. Fogo.

Outra lembrança veio, eu e Jace em um lugar escuro, estávamos em uma cela, via Jace pegar fogo, enquanto eu mesma pegava fogo, ele estava bem, parecia completamente bem e eu não estava gritando. Como aquilo era possível?

— Jace! Jace! Acorde!

Eu ouvia tudo mas meu corpo não se mexia, não conseguia falar nada, só ver tudo laranja e ouvir os gritos.

Clarissa Fairchild, você precisa acordar, levante-se agora. Isso é somente um sonho, pense em se levantar e você vai levantar. Pense em cessar fogo, e seu fogo cessará.

Eu não sabia de quem era essa voz, não era de Luke, muito menos de Alec e Robert não me ajudaria nessa situação, eu resolvi pensar em água, muita água e de repente senti meu corpo esfriar. Depois pensei em corridas, andar na praça e dançar, e consegui sentir meu corpo se mexer por inteiro. Abri meus olhos e eu estava de pé, com todos olhando para mim.

— O que foi gente? Por que estão olhando para mim desse jeito?

— Clary! Você está viva!

Minha mãe Jocelyn veio me abraçar correndo.

— Sim eu estou né.

Eu olhei para os lados e vi Jace. Meu Jace. Pegando fogo!

— Jace! Oh meu Deus! Não, não, não. Acorda, você precisa acordar agora entendeu não faça isso comigo por favor!

Ele nem se mexia, eu resolvi por impulso entrar no fogo, e para a minha surpresa não doeu, eu nem senti mudança nenhuma, e lá dentro parecia uma bolha, eu não escutava ninguém de fora.

— Jace, meu amor... Você precisa pensar em tudo apagando, vamos, pense comigo, água, muita água, uma cachoeira!

Tudo se apagou.

— Ótimo, isso assim mesmo! Agora pense em correr, pular, se mexer, de todas a formas possíveis! Por favor!

Nada. Nenhuma reação.

— Jace, sou eu a Clary, por favor, deixe seu fogo de dentro apagar, mergulhe em uma cachoeira, pense em algo que acalma você por inteiro.

De novo, nenhuma reação.

— Jace por favor! Levanta! Acorda! Eu não sei o quê dizer mais! Por favor! Eu preciso de você... - Eu estava quase chorando quando senti a mão dele se mexendo na minha.

— Jace?

Ele abriu os olhos. E eu vi aquele dourado que me derretia por completo.