Sete minutos no inferno

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°•○Uma AU catradora. Nesse universo, as meninas são adolescentes, vivendo em um orfanato ○•°

°•○Os acontecimentos dessa história são de nível cômico. Por favor, não me ataquem com ancinhos e lanças. É um projeto arriscado, então deem uma chance. °•○

Se eu fosse adicionar todas as notas necessárias nessa one, ficaríamos aqui eternamente. Então devidos esclarecimentos, lá embaixo, ok?

Boa leitura 💗

—Eu queria ter acertado você com aquela tesoura maldita—grito pra idiota que está sentada ao meu lado

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—Eu queria ter acertado você com aquela tesoura maldita—grito pra idiota que está sentada ao meu lado. Ela sequer me olha, continua com os olhos fixos no tênis vermelho que balança de um lado para o outro, os braços cruzados sob o peito.

Eu nunca odiei tanto alguém quanto eu a odeio agora. Queria ter acabado com ela quando teve a audácia de entrar por aquela porta às 10h, como se não tivesse me abandonado durante todo o dia anterior. Se aquela psicóloga remendadora de criancinhas alternativa perguntar se eu me arrependo de ter a ameaçado com uma tesoura de metal e realmente a arremessado contra Adora, a resposta vai ser um lindo sorriso e um não.

—Eu passei dezesseis anos da minha vida sendo alguém bom o suficiente pra nunca ver essa mulher cara a cara pra você estragar tudo—volto a resmungar, enquanto a loira idiota faz a primeira coisa desde que voltou daquela enfermaria. Ela riu.—Eu odeio você...

Um rangido incomodo ecoa pela sala, fazendo a porta branca e grande se abrir e meu sangue congelar. Posso sentir toda a raiva descomunal ir embora ao notar a silhueta da mulher se esgueirar pela fresta da porta, revelando pela primeira vez, seu rosto. Ela não era tão assustadora quanto a gente imaginava ao cochichar pelos corredores sobre a tal psicóloga com meios alternativos que sempre levava crianças inocentes para o seu covil macabro, de onde nunca mais sairiam os mesmos. Mas mesmo assim, algo no seu cabelo curto e no seu rosto magro me fez tremer.

Adora foi a primeira a levantar, mal parecendo temer pela própria vida, ou o rabo de cavalo ridículo dela estava tão apertado que tinha danificado o seu cérebro. Bufei alto e corri atrás dela, entrando na sala e sentando na cadeira ao seu lado. Ela continuava sem olhar para mim, fazendo com que a raiva voltasse a me consumir.

—Isso é tudo culpa sua—exclamei, mal me importando se a mulher estava nos observando.

Adora suspirou profundamente, parecendo finalmente sair da grande compostura a qual fazia questão de mostrar para as pessoas.

"Vejam, eu sou incrível e nunca perco a paciência". Se nós sairmos daqui vivas, eu a acerto e a mato sem pensar duas vezes.

—Quem jogou uma tesoura na minha cabeça foi você!—gritou, enquanto eu arqueava as sobrancelhas e dava um sorrisinho. Estava com a resposta na ponta da língua.

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