Capítulo 13 - conversa com Ana

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Christian

- Ana! – subo as escadas chamando seu nome. – Ana onde você está? – pergunto indo em direção ao seu quarto. A porta está aberta e entro procurando ela por todos os lados, no entanto, ela não está lá.

- Ana!!! – grito andando em direção às escadas.

- estou aqui Christian. você vai acordar os meninos gritando desse jeito. – ela fala aparecendo na porta da biblioteca.

Não consigo me controlar e a abraço o mais forte que posso, como se desse abraço dependesse a minha existência. Seguro seu corpo contra o meu não sei por quanto tempo e só então me dou conta de suas lágrimas caindo sobre mim.

- Ana porque você está chorando? – pergunto nervoso. – me perdoa pelo que eu falei ainda há pouco, eu disse aquilo brincando com o apelido que você mesma deu ao local. – digo e ela apenas chora mais.

- fala comigo, por favor? – peço gentilmente.

- o Jack tem razão Christian. Eu vivi uma mentira com ele durante esses meses e acabei magoando quem não merecia. – ela diz e descubro o motivo do seu choro.

- Ana o Jack conversou comigo. Ele sabe que você não o ama e que a relação de vocês não tinha futuro. Ele me disse que quer ser seu amigo daqui pra frente. – digo para tranquiliza-la.

- você não consegue ver que isso é errado Christian? o Jack é seu melhor amigo. – ela diz tentando explicar o inexplicável.

- Ana o Jack sempre será meu melhor amigo. Nada vai mudar isso. – falo.

- pra vocês pode ser que não, mas e quanto a mim? eu não poderia ter me apaixonado por você, isso não é certo. Você não é o homem com o qual eu sonhei a vida toda. – ela diz chorando e sei que foram minhas atitudes que provocaram isso.

- Ana eu preciso falar com você. Vamos sentar lá na sala? – peço e seguro sua mão para guia-la ao andar debaixo.

Segurar a mão dela assim, seus dedos entrelaçados aos meus... é uma sensação única e maravilhosa, nesse momento ela é tão minha que não consigo disfarçar a felicidade que estou sentindo. Chegamos na sala e antes de sentarmos fico de frente pra ela e olho atentamente em seu rosto. O nariz e a face vermelhos pelo choro, seus olhos azuis mais claros e brilhantes pelas lágrimas contidas, sua boca macia e seus lábios rosados, só consigo sentir vontade de beija-la. Mas, sei que a Ana não é assim e isso acabaria com qualquer chance de termos algo um com o outro.

Sentamos e continuo segurando sua mão.

- Ana olha pra mim. – digo e vejo ela erguer os olhos em minha direção. – Eu me apaixonei por você no momento em que ouvi sua voz pela primeira vez naquela noite em que te liguei pra contrata-la. Naquele momento senti uma eletricidade percorrer meu corpo e no outro dia quando te vi pessoalmente e nos cumprimentamos eu senti a corrente elétrica novamente e você também sentiu que eu percebi.

- eu lembro bem desse dia. Passei a noite em claro tentando decifrar o que aconteceu naquele telefonema. – ela diz corando e passo a mão em seu rosto.

- você sabia que fico hipnotizado cada vez que você cora assim? – pergunto sentindo sua pele esquentar sob meus dedos.

- acho que é o efeito Christian Grey. – ela responde. – nunca havia ficado assim antes e só fico assim com você.

- fico feliz que sou o único em sua vida nesse quesito. Espero ser o único em muitos mais. – digo quase num sussurro.

- eu quero tentar mudar por você Ana e com você. Eu reconheço o babaca que fui e sei que nada justifica isso, contudo, minhas ações eram puro medo de me envolver. Eu achei que agindo como um ogro poderia te tirar de dentro de mim. Ledo engano o meu. Quanto mais eu te afastava, mais próximo meu coração ficava de você. – digo sendo o mais sincero que posso.

Depois Das Aparências - Tudo Pode MudarOnde histórias criam vida. Descubra agora