Depois Das Aparências - Tudo Pode Mudar

Capítulo 32 - PESADELOS

LEMBRANDO PESSOAL. VOTEM, COMENTEM E DIGAM O QUE ESTÃO ACHANDO. VOCÊS SÃO OS MELHORES DOS MELHORES LEITORES. MINHA OUTRA HISTÓRIA "DEPOIS DO FIM" FOI INDICADA AO WATTYS 2020, CONTO COM O VOTO DE VOCÊS. BEEEIIIIJJJJOOOOSSSS!!!!!!!

Quando acordei tudo estava escuro. Olhei ao meu redor e vi um ambiente austero e frio. Lembrei que estava no hospital. Minha bexiga cheia avisava que eu deveria sair daquela cama, no entanto, eu não conseguia me mover. Foi então que vi meu avô entrar no quarto seguido por minha avó. - Sua mãe pediu que cuidássemos de você Christian. – minha avó diz docemente. – Eles vão ter uma linda segunda lua de mel. – completa.

- vamos ter que sair, mas seu tio cuidará de você. – peça a ele o que precisar. – é a vez do meu avô falar.

- Eu não quero ficar com ele. Me levem com vocês por favor. – digo nervoso.

- ora essa Christian, seu tio te adora. Você ficará bem com ele. – minha avó fala e eles saem.

Minutos depois Patrick entra no quarto e se aproxima da cama. Tento levantar, mas percebo que estou contido por lençóis. Tento gritar, no entanto, minha voz falha terrivelmente. Ele retira o pênis de dentro da calça e sorrir pra mim.

- hora de brincar meu lindo menino. – ele fala e manipula o membro em minha direção.

Acordo num sobressalto. Estou suado e com o coração acelerado. Meu avô Teodoro que dormia numa poltrona vem até mim.

- o que houve Chris? Tá se sentindo mal? – pergunta aflito.

- estou bem vovô. Foi só um pesadelo. – disse.

- vou avisar ao médico que você acordou. – falou e saiu do quarto.

Me desvencilhei dos lençóis que estavam enrolados no meu corpo, retirei alguns fios que estavam ligados em meu corpo e fui ao banheiro.

Fiz uma breve higiene e voltei ao quarto. Uma enfermeira aparentando um pouco idosa trocava os lençóis e me olhou sorrindo.

- graças a deus que o senhor acordou senhor Grey. – disse sorrindo.

- Eu só dormi algumas horas. – repliquei meio sem entender.

- O médico conversará com o senhor. – ela diz e se retira.

Volto pra cama e sento sem entender aquele comentário. Estou morrendo de fome. Penso em ligar pra o Taylor e pedir meu café, mas nem sei que horas são por isso prefiro esperar meu avô voltar.

Meu avô entra seguido pelo médico que logo começa a realizar testes em mim.

- como o senhor se sente senhor Grey? – pergunta.

- Me sinto ótimo e com fome.

- Isso é bom. Vou providenciar para que tragam seu café da manhã. – ele diz e anota algumas coisas numa pasta que trás nas mãos.

- Eu tomei café da manhã antes de sair de casa. – afirmo.

- sim, senhor Grey, eu sei. Isso foi há uma semana. – fala calmamente.

- O senhor está querendo dizer que dormi por uma semana? É isso mesmo?- pergunto em tom de brincadeira.

- Sim. O senhor teve um ataque severo de pânico. Em algumas ocasiões o cérebro entende que o organismo está sofrendo um estresse tão grande e que este é capaz de levar o organismo ao colapso. É raro, mas em alguns casos o cérebro meio que "desliga" e coloca o organismo em repouso até que seus níveis vitais voltem ao normal. Senhor Grey, existem pessoas que dormem por anos. Seus corpos estão funcionando perfeitamente bem, no entanto, algo em seus cérebros não permite que acordem. – conclui.

Reflito por alguns instantes e só então pergunto ao meu avô por minha avó, meus irmãos e Ana. O médico sai e em poucos minutos uma senhora entra com uma farta bandeja de café da manhã.

- sua avó está preocupada com você, mas está bem e seus irmãos estão ótimos, também preocupados é claro, dadas as circunstâncias. Você está dormindo há uma semana mesmo seus exames dizendo que não tem nada errado com você. E Christian, a Ana está no hospital outra vez. Sinto muito filho. – Meu avô diz e me olha tristonho.

- Eu preciso sair daqui e ir cuidar da minha família. – digo e vou pra o banheiro tomar banho.

Depois de um banho e uma bateria de exames sem fim sigo pra casa acompanhado do meu avô e de Taylor.

Assim que chego dou ordens a Taylor para preparar o avião. Ligo pra Ross e aviso que a Grey Interprise Holding está em suas mãos por tempo indeterminado e você tem carta branca pra resolver as aquisições em andamento. Aviso a Andréia que ela deverá continuar com suas atividades porém reportando-se à Ross.

- crianças vocês estão prontos pra ir ficar com a mãe de vocês? – pergunto chegando na porta do quarto deles.

- sim pai. – Mia responde e baixa o olhar. Eliot também faz uma cara triste e fico sem entender.

- O que foi gente? – falo enquanto me aproximo.

- Será que a mamãe ainda quer a gente depois de tudo isso? – Eliot pergunta.

- Claro que sim meus amores. Ela ama vocês eu sei disso. – digo e penso se ir pra lá assim não é um tanto precipitado.

Chegamos a Savana à noite. Taylor e Gail seguem com as crianças para o haras e eu vou direto pra o hospital.

Chego lá e dou de cara com o tal Ismael sentado perto da cama da Ana. Corro pra ela e a beijo. Nosso beijo se mistura as minhas lágrimas.

- Christian amor você tá chorando? – ela diz quando nos soltamos.

- Ana eu sinto tanto por nós, por nosso bebê. – digo e choro mais. Ela chora e me puxa pra perto dela acariciando minha nuca enquanto cheiro seu cabelo. O cheiro dela é o melhor calmante do mundo.

- Christian amor olha pra mim. – ela diz e levanto a cabeça em sua direção.

- Nosso bebê está ótimo. Vim pra o hospital porque fiquei tão preocupada de você não acordar que minha pressão subiu outra vez. graças a Deus não afetou o bebê. – diz e me beija.

- Mas eu pensei que... – Deus obrigada. – falo e beijo Ana mais uma vez.

Depois de trocar mais alguns carinho com Ana, olho em volta e o Ismael ainda está lá sentado no sofá nos observando.

- Christian esse é meu primo Ismael. – ela diz.

- E esse é o Christian meu namorado. – fala olhando pra ele.

- Nós já nos falamos. – digo e ele assente.

- acho bom vocês pararem com a disputa de líder do plantel por que eu não sou uma égua. Christian você é meu namorado, pai dos meus filhos e eu te amo. Ismael você é meu primo por quem tenho um carinho de irmão. Nada vai mudar isso e ponto final. – ela diz nos colocando em nossos lugares.

Esse modo que ela tem de pontuar tudo diretamente me encanta cada vez mais, principalmente quando sou o principal favorecido.