Cap 4: Fazendo as pases?

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Acordei cedo como de costume, decidi que deixaria o café da manhã pronto para quando mamãe chegasse e já tivesse algo pronto para ela comer. Depois de comer, lavei a louça e me preparei para ir embora, porém me lembrei que tinha deixado minha mochila na casa do Kacchan.

- Eu não queria ter que ir lá - Suspiro fechando os punhos, engolindo o meu ego.

Caminhei determinada até os meus vizinhos. Tomará que eu não o encontre lá. Toquei a campainha e aguardei.

- Mas, que merda! - Escuto Bakugou descer as escadas.

Merda digo eu.

Ele abriu a porta e me olhou sem saber o que fazer. Fiz uma reverência.

- Gomenasai te incomodar, mas eu deixei a minha bolsa aqui - Ele assenti.

- Espere, eu já vou pegar - Ele anda até o sofá e pega a minha mochila junto da dele.

- Arigato - Quando eu ia pegando a minha mochila, ele me impede, Bakugou fecha a porta e começa a caminhar - Bakugou.

- A partir de hoje, vamos juntos pra escola e vamos voltar juntos - Avisa e eu suspiro indo atrás dele.

- Por que isso? - Pergunto sussurrando.

- Porque eu não sei, apenas fique quieta - Começamos a caminhar.

Um silêncio se formou entre nós, eu não entendo por que ficamos tão calados um com o outro, por que essa birra toda?

- Gomenasai - Me assusto com a fala de Kacchan.

- Na-nani?! - Pergunto incrédula.

- Você ouviu o que eu disse, não vou repetir - Avisa.

- Hum - Assinto olhando para outro lado.

Depois de um certo tempo, chegando próximo a estação de trem. Nos encontramos com o Midoriya.

- Mori-chan! - Ele vem até mim e então olha para o Kacchan - Ohayo, Kacchan.

- Não temos tempo pra conversar vamos logo - Kacchan segura a minha mão e me puxa para continuarmos o caminho.

- Nós podíamos ir juntos - Falo e viro para trás, onde observo Uraraka ir até Midoriya.

- Ele nem está dando falta da sua presença - Diz debochadamente.

- Pelo menos ele tem amigos, não se isola ou agi de maneira arrogante - Falo.

- Tsc, pouco me importa o que ele pensa - Avisa.

Apenas abaixo o meu olhar e acabo notando uma coisa, nossas mãos estavam juntas, eu me lembro que quando nos conhecemos, nós vivíamos andando de mãos dadas, ele sempre ia na frente, me guiando, sempre olhando pra trás para ver se eu estava bem. Aquela visão me deixou muito feliz, apertei levemente sua mão e surpreendentemente, ele retribuiu o gesto e virou para trás, abaixei a minha cabeça, eu estava muito corada e ele deve ter notado minha vergonha-alheia.

Entramos no trem e infelizmente ele soltou a minha mão, mas me trouxe para perto, praticamente me fazendo enfiar a minha cara em seu peito, talvez ele tivesse feito isso pelo fato do trem estar lotado e ele não querer que eu ficasse perto dos demais, afinal tinha mais homem do que mulher.

Kacchan, você não mudou nada.

Com o braço em torno do meu pescoço, ele mexia em alguma coisa em seu celular. De repente, o meu toca, pego em meu celular e vejo que era uma mensagem da minha mãe.

"Tomou os remédios ontem?"

Bati a mão na testa.

- Você é realmente uma idiota - Afirma e eu levanto minha cabeça para olhá-lo.

Eu Te Odeio Baka!!! | LIVRO 1 | Onde histórias criam vida. Descubra agora