Cap 13: O mal-entendido

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Respirei fundo olhando a rua movimentada.

- Eu já imaginava que ele faria algo assim - Me viro para Kacchan - No final das contas ele é o seu pai, uma coisa você tinha que puxar dele.

- O que? - Pergunta confuso parando do meu lado.

- Você é ciumento e não gosta de dividir, eu sempre o considerei um pai, mas eu nunca imaginei que esse tipo de situação aconteceria e você? - O encaro - Não está irritado com essa situação?

- Não, desde que eu me lembro por gente você sempre esteve do meu lado, na minha casa, na minha sala mexendo nos meus brinquedos, na minha cozinha usando as minhas talheres favoritas, dormindo na minha cama - Ele suspirou e colocou suas mãos em seu casaco - Nós sempre compartilhavámos tudo, no início eu não gostava, achava que você invadia demais o meu território, ficava até com ciúmes dos meus pais gostarem tanto de você. Mas, depois daquele dia eu comecei a entender porque você era tão especial para as pessoas. Depois daquele dia você tinha virado a minha heróina, eu te idolatrava, fazia tudo por você, dava todos os meus doces que eu ganhava nos finais de semana.

- Mas, eu sempre dividia, nunca entendi porque você tinha mudado tanto comigo.

- E depois dizem que eu é que não penso direito. Você tinha salvado a minha vida.

- Seus pais ficariam muito tristes se alguma coisa acontecesse a você e eu acho que não foi por isso que você mudou tanto - Ele abaixa o olhar - Eu devia ter desconfiado, você se sentiu culpado pelo meu esforço, há Kacchan - O abraço - Eu faria qualquer coisa pelo bem da pessoa que eu amo.

Ele retribui o abraço.

- Naquela época não fazíamos idéia do que era amor - Declara.

- Mas, sabíamos dizer quem era importante em nossas vidas, isso já bastava - Suspiro - Não estou com a mínima vontade de voltar pra lá.

- Você pediu rámen, vai esfriar - Avisa com um sorriso divertido.

- Me subornar com comida é muito baixo - Falo emburrada.

- Vamos - Entramos no restaurante e olhamos os nossos pais se encarando, meu pai o fuzilava com o olhar, já o senhor Masaru o olhava com um sorriso desdenhoso.

- Voltamos - Anuncio me sentando em meu lugar.

- Eu estava pensando no pedido de namoro de vocês? Como foi? - A senhorita Mitsuki pergunta e eu me engasgo com o macarrão - Não me diga que... - Ela olhou para Kacchan - Você não pediu ela em namoro!? Eu devia ter desconfiado, eu não poderia esperar tanto de você moleque! - Ela da um soco na cabeça dele.

- Como se eu precisasse, ela sempre foi minha! - Retruca irritado e eu coro e presto atenção em comer o meu rámen.

- Você não é nada romântico, por acaso já deu algum presente pra sua namorada? - Agora é o senhor Masaru que pergunta o olhando.

- Isso não é necessário - Falo.

- Tsc, você ainda age como uma criança - Kacchan pega um guarda-napo e limpa o canto da minha boca.

- Nani!? - Me assusto com o gesto repentino.

- Está sujo aqui - Explica focado em limpar.

Escuto um flash e fico mais vermelha ainda. Viramos nossos rostos e mais flashs.

- Oto-san!? - Exclamo.

- Gomenasai, eu achei essa cena tão bonita que decidi resgistrá-la, me lembrou do meu primeiro encontro com a sua mãe.

Apenas desviei o olhar e me concentrei em comer, por que tanta coisa vergonhosa acontecia comigo, hein?

- A propósito, Mori-chan você está muito bonita, se arrumou toda só para o Bakugou? - A senhorita Mitsuki pergunta e pisca.

Eu Te Odeio Baka!!! | LIVRO 1 | Onde histórias criam vida. Descubra agora