Capítulo 57

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-Sabe, ela morreu há quase três anos. Mas pareceu que foi ontem, falam que o tempo cura tudo... Então por que toda a raiva que eu tenho de mim mesma ainda tá aqui dentro? E essa dor? Nunca vai embora! Durante um ano, eu só saía de casa pra ir à escola e visitar os pais da Sophie; e a mãe dela me dizendo que eu era a melhor amiga que qualquer garota poderia ter. Mas se eu fosse tão boa assim, eu não teria deixado que ela entrasse naquele carro... Ela estaria viva!

-Any, não foi sua culpa...

-Todo mundo me dizia isso! Tudo o que eu quis durante um ano foi morrer, de um jeito muito ruim pra pagar minha dívida com o mundo. Mas então, um dia a mãe da Sophie foi até a minha casa me entregar um papel que ela tinha achado nas coisas dela; eu levei dias até ter coragem de abrir...

-O que tinha escrito lá? – Josh falou baixinho segurando levemente o rosto de Any com as mãos.

-Coisas bobas que a Sophie e eu escrevíamos... E tinha uma parte do papel que era só com a letra dela, falando que se a vida dela viesse a ser uma merda e tudo desse errado, mas ela soubesse que eu tinha conseguido tudo com o que sonhamos, ela estaria feliz onde quer que estivesse, porque eu estaria feliz – Any fechou os olhos respirando fundo, e Josh passou o nariz por sua bochecha sussurrando "e aí?" – E aí, naquele mesmo dia eu resolvi que iria pra Londres; no dia do meu embarque, os pais da Sophie foram até o aeroporto e me pediram pra fazer uma espécie de diário da minha vida na Inglaterra, já que era isso que a filha deles sempre disse que faria. E a partir daí, você conhece a história – a garota disse baixinho ao abraçar Josh sentindo seu coração bater forte e aliviado contra o peito. – Obrigada.

-Pelo quê? – a voz de Josh saiu abafada, devido ao seu rosto estar contra o pescoço de Any.

-Por me fazer sentir segura em contar pra alguém – ela disse baixinho, sentindo o perfume do garoto.

-Eu que agradeço por você confiar em mim, linda. Você pode confiar e contar comigo sempre – ele beija o pescoço de Any, e sente que a garota se arrepiou com tal ato.

-Você também – ela se afasta passando as mãos no rosto, e respirando fundo. – Acho que você ainda pode me fazer mais uma pergunta né?

-Eu tinha até esquecido do jogo – Josh diz sorrindo fraco, ao perceber que a garota ainda estava em seu colo. – Deixe-me ver... Minha última pergunta...

-Caraca, eu to no seu colo – Any disse de repente, a voz ainda rouca pelo choro, tomando impulso pra sentar direito no sofá; porém Josh a impede, segurando sua cintura com uma mão, e o rosto com a outra. – Josh o que...

-Quem quebrou seu coração? – ele diz rápido e Any arregala os olhos (inchados e ainda vermelhos) ao ouvir a pergunta.

-Quê? Ah... – seu coração ainda batia rápido devido as emoções anteriores, e o rosto de Josh tão perto do seu não estava ajudando.

-Responde – ele sussurrou fazendo a garota fechar os olhos.

-Você. Você quebrou meu coração – Any fala da mesma maneira, abrindo os olhos para encarar Josh.

-Eu nunca quis fazer isso, nunca. Eu meio que já imaginava essa resposta... – o garoto disse baixinho, passando o rosto pelo pescoço de Any – me perdoa? Se existe uma pessoa no mundo que não merece ter o coração partido, esse alguém é você. Diz que me perdoa...

-Não tem o que perdoar. Depois dessa brincadeira, eu até posso sentir meu coração bater normalmente depois de três anos, graças a você – Josh levantou a cabeça e a olhou nos olhos. – Mesmo que a brincadeira tenha acabado eu posso perguntar mais uma coisa?

-Pode.

-Alguém já quebrou o seu coração?

-Não – Josh trouxe a garota pra mais perto, posicionando uma mão entre seus cabelos e a outra firmemente na cintura. – Você cuida muito bem dele – sussurrou contra os lábios de Any, e sorriu ao vê-la fechar os olhos, e finalmente selou seus lábios aos dela. A garota suspirou ao sentir Josh tão perto, tão doce; manteve as mãos espalmadas no peito do garoto, inclinou a cabeça quando sentiu a língua dele desenhar o contorno de seus lábios, abrindo a boca lentamente, gravando cada detalhe do momento. Josh tinha total controle, seus dedos entrelaçados aos cabelos da garota, a trazendo sempre pra mais perto, sentindo cada centímetro de seu corpo contra o dela.

   Nem todo o calor do Hawaii, poderia superar o calor que os dois sentiam no momento. Após vários minutos se beijando, Josh finda o contato com vários selinhos, encostando sua testa na de Any.

-Oi - ela diz sorrindo, quando Josh segura seu rosto com as duas mãos.

-Oi - ele sorri convencido - Finalmente.

-Finalmente o quê, seu metido? - Any faz carinho no garoto com o nariz, tendo um selinho roubado por ele.

-Finalmente eu posso falar que você, dona Any Gabrielly, é a minha garota da porta vermelha.

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   Ai Gabi, só quem viveu sabe o quanto vocês esperaram por isso né? Esse momento é de vocês, podem deixar o "FINALMENTE" bem aqui.

   O capítulo ficou pequeno porque se eu prolongasse esse final perfeito iria estragar, e vocês não podem discordar.

   Se encontrarem qualquer erro no capítulo me avisem por favor❤️

          Bjs bjs😘

A Garota da Porta Vermelha - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora