Capítulo 92

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-Bom dia – Josh disse baixinho no ouvido de Any, que tinha uma expressão feliz enquanto dormia. – Anda, amor, acorda.

-Eu tô cansada – a garota resmungou escondendo o rosto no travesseiro, sentindo Josh deitar do outro lado da cama e abraçar-lhe por trás. – Você mal saiu daqui e já tá de volta.

-Você está me mandando embora, mocinha? – ele sorriu contra o pescoço da garota, que se arrepiou instantaneamente. Depois de saírem da casa de Lamar, no dia anterior, Josh jantou com a mãe e a namorada e então foi embora. Ambos concordaram que o dia tinha sido longo, e por isso deveriam dormir separados... Para assimilar os últimos acontecimentos.

-Só se você me levar junto – Any riu ao virar de frente para o garoto, porém quando ele fez menção de lhe beijar, ela se afastou tampando a boca com a mão.

-Que foi? Enjôo? – Josh perguntou preocupado. A garota negou com a cabeça e disse com a voz abafada:

-Não escovei os dentes! – ele riu ao ouvir a frase, vendo Any ir até o banheiro.

–Aproveita que já está de pé, e se arruma. Quero te mostrar uma coisa.

-O quê? – a garota saiu do banheiro minutos depois, de rosto lavado com o cabelo preso num coque mal feito e foi até o guarda-roupas, ficando de costas para o namorado.

-Surpresa – Josh estava folgadamente esparramado pela cama de Any, os dois braços atrás da cabeça enquanto observava sua garota o olhar de soslaio. – Antes que você pergunte, não é nada chique... Então pode ir do jeito que quiser.

-Do jeito que eu quiser... Tipo jeans e sapatilha? – analisou uma blusinha listrada de branco e azul claro enquanto falava.

-Tipo calcinha e sutiã – o garoto respondeu normalmente, mas logo soltou uma gargalhada quando foi atingido por um porquinho de pelúcia.

-Tem certeza? – Any permaneceu de costas enquanto tirava a camisola, deixando à mostra suas costas nuas e a calcinha que usava, andou rapidamente até o banheiro e fechou a porta.

-Que... Ah... Any! Muita maldade, cara! – um Josh indignado jogou o bicho de pelúcia contra a porta, ouvindo a garota gargalhar lá dentro. – Vai ter troco!

-Você não seria cruel com uma mulher grávida, seria? – Any abriu uma fresta da porta, suficiente para olhar o garoto e fazer um biquinho para ele.

-Se for a minha mulher... – respondeu com um sorriso malicioso e levantou da cama, andando em direção ao banheiro. – E tudo depende do tipo de crueldade...

-Pode dar o fora, se quiser que eu termine de me arrumar – Any fechou a porta na cara do garoto, que somente riu.

.

-Posso fazer uma pergunta?

-Já fez – Josh sorriu de lado para a garota sentada no banco do passageiro de seu carro. – Brincadeira. Pode fazer.

-Promete não ficar bravo por eu voltar nesse assunto? – Any observava cada movimento que ele fazia ao dirigir pelas ruas movimentadas, cheias de pessoas em roupas curtas e coloridas, o garoto levantou as sobrancelhas e concordou com a cabeça. – O que a Sallie queria com você? Naquele dia... Ela atendeu seu celular...

-Ah, isso – Josh sorriu sem jeito. – Sabia que você não ia esquecer... A resposta é bem simples: eu estava no pub do Paul, lembra dele? – a garota concordou, lembrando-se de um velho amigo de Josh. – E ele é primo da Sallie... Acho que isso você não sabia – Any apenas fez uma careta. – Então... Eu estava lá, tinha bebido um pouco... E a Sallie apareceu e quando você ligou, eu estava longe do celular... Eu sabia que se falasse com você, sairia correndo para te encontrar naquela festa, mas se fizesse isso, todo o meu plano de te dar espaço iria por água abaixo.

-Já comentei que não mereço você? – Any disse simplesmente, decidida a ignorar o passado, fazendo Josh rir. – É sério! Já estava preparada pra ficar na fossa, achando que você tinha tido uma recaída ou sei lá... Mas não você tem que ser todo fofo sempre!

-Esse sou eu... Todo lindo, charmoso, simpático e romântico – o garoto fez pose e piscou para a namorada, sem olhá-la realmente por estar dirigindo. – Fofo é muito gay.

-Fofo, fofo, fofo, fofo – Any cantarolou, desanuviando o clima estranho que a pergunta que ela fez tinha criado.

-Provoca bastante, Gabrielly... Primeiro fica seminua na minha frente e indiretamente me chama de gay... Sua hora vai chegar – Josh sorriu malicioso fazendo Any rir ainda mais. - A surpresa está no seu apartamento? – ela franziu a testa ao sair no estacionamento do prédio onde Josh morava.

-Um terço dela – o garoto disse enigmático ao entrar no elevador de mãos dadas com a namorada. – E deixa de ser curiosa, já vai saber o que é.

-Posso tentar adivinhar?

-Não.

-Não posso nem te convencer a me contar?

-Não, estamos a alguns passos de lá – ele disse ao entrar em sua sala de estar perfeitamente arrumada, com todos os porta-retratos de volta a seus lugares. – Pronto, curiosa, chegamos.

-Hum acho que não tô mais tão curiosa assim – Any disse baixo ao ficar frente a frente com o garoto, passou os braços em torno da cintura dele e apoiou a cabeça em seu peito.

-O que aconteceu, linda? – Josh a apertou contra si, sentindo o agradável cheiro e calor que só ela tinha.

-Nada... Só senti saudade de ficar aqui... Na sua casa, com as suas coisas espalhadas... – ela escondeu o rosto no pescoço do garoto e respirou fundo, o fazendo se arrepiar. – Senti saudade de você.

-Bom saber – Josh falou bem baixinho ao puxar o rosto dela em direção ao seu. – Me sentiria idiota se você não tivesse sentido minha falta tanto quanto eu senti a sua – deu um leve selinho nos lábios da garota e assim que ela os entreabriu Josh fez com que suas línguas se encontrassem. O beijo era lento e romântico, o abraço era apertado e possessivo, o momento era perfeito e inesquecível.

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E vamos de ficar curiosos com a surpresa porque o fogo deles acabou deixando pro próximo capítulo.

Ok deixa eu contar uma coisa pra vocês, eu decidi não postar os três últimos hoje, vou continuar postando um por dia e acabar a fanfic na terça-feira. Agora repitam comigo: eu não vou matar a autora só por causa disso, porque eu amo ela e porque se eu matar, não vou saber o final de AGPV. (Repitam a quantidade de vezes necessária para vocês acreditarem no que estão dizendo)

bj bj🤎✨

A Garota da Porta Vermelha - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora