Capítulo 19 - Primeiras impressões

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Olá pessoas! Mais um capítulo por aqui, espero que gostem, que comentem e deixem sua estrelinha (Podem me dizer o que estão achando, ninguém vai virar zumbi por isso.)


- Beth - 


O dia finalmente amanhece, ainda bem, pensei que essa noite seria eterna. Ninguém dormiu, estamos todos preocupados com a recuperação de Carl, felizmente o pequeno parece estar melhorando cada vez mais. Acordar com as galinhas não é uma novidade para mim, então quando os primeiros raios solares iluminam meu quarto eu me levanto da cama e vou ao banheiro. Minha aparência não é das melhores, olheiras arroxeadas estão debaixo dos meus olhos, eu estou mais pálida do que sempre fui, mas não me importo com isso, não é tempo de se preocupar com coisas tão fúteis. Termino minha higiene e vou para a cozinha preparar café para todos, quando chego lá vejo Patricia de pé tirando o leite da geladeira. Ela levanta o olhar para mim e vejo seus olhos vermelhos, seu queixo treme e eu a abraço forte. Minha mãe sempre disse que um abraço sincero consegue colar os cacos do nosso coração. Ela chora e se agarra a mim como se pudesse tirar toda a dor de seu peito. Eu realmente gostaria de poder fazer isso. 

- Não sei como vou conseguir sem ele, querida. - ela fala trêmula

- A dor não vai embora, mas ela vai se acomodar dentro de você, vai achar uma maneira de viver com ela. E vai chegar o momento em que não sentirá mais dor quando lembrar dele, os momentos de felicidade vão fazer isso dentro de você. - eu digo no mesmo tom 

- Depois que sua mãe faleceu, foi assim que você lidou com a perda e saudade? - ela pergunta 

- Sim, esse foi a maneira que eu achei. Se não tivesse feito isso acho que eu teria feito uma besteira. - confesso em voz baixa 

- Você pensou em se matar?! - ela fala alto, felizmente ninguém está próximo para ouvir 

- Naquela época eu pensei, hoje não mais. Minha mãe iria querer que eu vivesse. - eu digo dando um leve sorriso - Otis também quer que viva. - termino de falar e os outros entram na cozinha 

T-dog parece melhor, todos comemos e conversamos um pouco. Logo estamos todos envolvidos nas atividades da fazenda. Há muito o que ser feito. Maggie vai tirar o leite, Glenn pegar os ovos, T-dog e Shane começam a fazer um turno de vigia e eu vou atrás de lenha, infelizmente Jimmy vem comigo, e não cansa de forçar uma intimidade que nunca foi lhe dada. Enquanto trabalho eu o ignoro, é o melhor para todos. Estamos trabalhando quando ouço o som de carros, vejo um trailer e uma caminhonete. Deve ser o restante do grupo de Rick. Os veículos chegam mais perto, param e vejo descer do trailer uma mulher loira, uma senhora de cabelo curto que abraça a si mesma, deve ser a mãe da menininha que sumiu, um senhor é o último a descer desse carro. Me aproximo mais para recebê-los e vejo um homem alto descer do caminhonete, com uma besta nas costas, não vejo muito de seu rosto, só os cabelos castanhos, ele dá a volta e abre a porta, pegando no colo uma menina pequena e  loirinha. Pela descrição de Glenn são Andrea, Carol, Dale, Daryl e Melissa. 

- Sejam bem vindos. - Maggie diz, e eu nem havia reparado que ela estava por perto, deixo que tome a frente com eles. - Meu nome é Maggie, sou filha do Hershel. 

Eles vão se apresentando, Jimmy tenta pôr o braço em meu ombro e eu o fuzilo com o olhar. 

- Não encosta em mim! - eu digo com raiva - Não te dei permissão pra isso. 

Ele se cala e me olha bravo, foda-se, não me importo com mais nada que venha dele. Ele virou um grande nada em minha vida. T-dog entre e vai avisar a Rick e Lori que o grupo chegou, e eles saem em seguida junto com meu pai. 

A era dos Mortos | Daryl Dixon  Onde histórias criam vida. Descubra agora