Olá meus zumbis, tutupom? Espero que estejam bem...
Mais um capítulo aqui pra vocês, então comentem e deixem sua estrelinha (garanto que isso não vai fazer seus dedos caírem kkkk). Isso me anima a continuar...
- Daryl -
Ela ficou, ficou cuidando da minha filha nesses quase três dias em que eu levei um tiro. Trouxe minha menina para dormir perto de mim só para deixá-la tranquila, jantou conosco e ficou. Ninguém nunca tinha ficado antes, não por vontade própria. A vida tinha me amarrado à Lauren e Jane, afinal Lauren era a mãe da minha sobrinha e Jane era sua mãe postiça, as vezes até minha mãe. Eu me sentia responsável por elas, mas elas não haviam escolhido ficar, Beth ficou, mesmo que não tivesse obrigação nenhuma, ela ficou. Isso me deixa tão confuso...Poderia ter jogado minha filha para o grupo, somos um monte de estranhos que praticamente invadiu a fazenda de seu pai. É o fim do mundo e as pessoas estão correndo de novas responsabilidades, mas ela não. E como se cuidar da minha filha não fosse o bastante ela ainda cuidou de mim, limpou, refez meus curativos e se eu não tivesse tomado o prato de suas mãos tenho certeza que iria me dar comida na boca. Seus dedos delicados em minha pele me arrepia, foi como um choque passando por meu corpo, me deixando consciente dela, de tudo o que ela representa. Parece que estou em uma realidade paralela, nunca fui cuidado antes, ninguém nunca deu qualquer passo em direção a mim para isso, não lembro como era antes de ter idade para me cuidar sozinho. Mas Beth fez isso, parece ser de sua natureza se preocupar e cuidar das pessoas, vejo isso observando seu cuidado em ajudar minha filha a comer. Estamos os três no quarto, minha bebê se dá por satisfeita e se enrola em mim, quer subir em meu colo, eu a abraço e me permito fechar os olhos sentindo seu cheirinho. Logo está dormindo, mas eu ainda a deixo em meu colo. Fiquei com medo de nunca mais fazer isso.
- Ela é tão linda, parece um anjo. - Beth diz com a voz doce
- Dormindo é assim mesmo, mas acordada parece um furacão. - eu digo sorrindo de lado
- Percebi isso, mas ela não perde a doçura mesmo sendo tão agitada. - ela completa
- Verdade. Eu quero agradecer a você por tudo. Não precisava, mas cuidou dela e de mim, então muito obrigada. - eu digo baixo e constrangido
- Não precisa agradecer, eu adorei, cuidar dela tem me ajudado a manter minha mente ocupada. Não tem muita coisa para uma pessoa como eu fazer aqui. Nem posso sair - ela diz tentando esconder a tristeza
- Não pode sair ainda, vou te ensinar a atirar, vai ser meu jeito de agradecer. Talvez eu deva pedir ao seu pai. - eu falo tentando deixá-la animada, nunca fui muito bom nisso
- Por que pediria a autorização do meu pai? - ela pergunta confusa
- Bom, se eu fosse seu pai, gostaria que alguém me pedisse se fosse ensinar minha filha a atirar. - digo
- Só que eu não tenho a idade de Missy, não preciso da autorização de ninguém! Pelo amor de Deus eu sou uma mulher adulta, posso escolher sozinha. - ela fala firme
Adulta? Como assim? Nem parece ter dezoito anos, só pode estar querendo me confundir.
- Adulta? - eu falo chocado
- Tenho 22 anos, então sou adulta. - ela fala não entendendo meu choque - Vai me ensinar ou não?
Ela disse que tem 22, não parece mentir, e parece que um enorme peso sai dos meus ombros. Não preciso me culpar por desejá-la afinal, ela não é uma adolescente, não é como se eu estivesse cometendo um crime. Isso era pra ser um alívio, mas só serviu para me deixar ainda mais viciado nela... Nada nos impediria se eu resolvesse beijá-la agora, não é crime de pedofilia, seriam dois adultos se beijando. Ela tem 22 e eu 30, não é uma grande diferença. Alheia ao meu debate interno ela morde o lábio, faz isso de propósito para me desconcentrar...
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A era dos Mortos | Daryl Dixon
RomantizmJá pararam pra pensar que determinadas coisas de nossas vidas estavam destinadas a acontecer? Como se as linhas de nossas histórias já tivessem sido escritas. Não poderia ser diferente no meio de um apocalipse zumbi, pois o destino sempre dá um jei...