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Gilbert Blythe| E se eu não quiser ser só seu amigo?

[S/N]=Seu nome
[S/S]=Seu sobrenome
[C/C]=Cor do seu cabelo

CONTÉM SPOILERS DA TERCEIRA TEMPORADA!!
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Era mais uma manhã úmida em Avonlea, Gilbert Blythe acordou cedo em uma manhã de sábado como de costume e se pôs em prontidão para fazer seus afazeres na fazendo junto a Bash.
Desceu as escada de sua velha casa e foi a cozinha tomar um rápido da café da manhã enquanto lia um jornal que continha um artigo sobre alguma nova descoberta médica, quando foi interrompido pelo soar de batidas na porta da frente.
Era S/N, certamente, a moça se oferecia de bom grado para cuidar de Delly depois da morte de Mary enquanto os rapazes faziam seus trabalhos.
O moreno se certificou de passar a mão no cabelo antes de abrir a porta para a jovem moça que sem mesmo saber conseguia fazer o jovem coração de Blythe vacilar.

-Bom dia Blythe!-ela disse sorridente como sempre e já foi entrando na casa querendo saber onde se encontrava a pequena Delly.
-Bom dia S/S, devo dizer que está deslumbrante com esse vestido, destaca muito bem a cor do seu cabelo.
-Oh por favor Blythe, não temos espaço para cortejos aqui.- a mesma respondia enquanto amarrava seu avental na cintura e olhava para o moreno tentando esconder que ficou lisonjeada com tal comentário.

A manhã se passou normalmente, S/N cuidou do bebê tranquilamente pois tinha um dom invejável com crianças. Ao decorrer da tarde serviu Bash e Gilbert com café e algumas torradas, que agradeceram muito pois amavam a comida da moça, certamente era muito melhor do que qualquer coisa que um dos dois tentassem cozinhar.
Ao final da tarde Bash subiu para seu quarto junto com Delly para finalmente ter um pouco de descanso. E a jovem S/N arrumou a cozinha e tirou seu avental, pronta para partir para casa, quando um Gilbert apressado aparece na porta dos fundos chamando a menina para ver uma coisa.
Mesmo relutante a C/C foi conferir o que a razão de seus sorrisos bobos estava querendo lhe mostrar.
E se surpreendeu ao ver Blythe sentado em uma toalha de piquenique debaixo de uma macieira a observando calmamente andar ele.

-O que seria tudo isso senhor Blythe?-ela diz se sentando ao lado dele, arrumando sua saia sem deixar de observar como aquela vista estava linda, e principalmente a vista do "garoto" a sua frente.
-Quis te surpreender, você faz tanto por mim, quero te recompensar de alguma forma.-ele diz enquanto botava uma mecha solta do cabelo C/C da moça atrás de sua orelha, observando os lábios vermelhos e atrativos que a menina possuía.
-Sabe que não precisa de tal coisa, ajudo vocês porque são meus amigos.-ela tentava evitar, mas mesmo assim não conseguia deixar de observar a imensidão que aquele olhos castanhos do moreno traziam consigo, pareciam levar um mundo inteiro dentro de orbes tão pequenos. Enquanto ele sentia o perfume doce da moça que o vento fazia questão de espalhar pelo ar, deixando Gilbert quase que anestesiado por puro prazer naquele cheiro quase hipnótico, semelhante a beleza pura dela, sem necessitar de qualquer enfeite ou acessório, o rosto dela era incrivelmente belo como águas cristalinas.
-Mas e se eu não quiser ser só seu amigo?-o moreno diz deixando que seu desejo escapasse por suas palavras, fazendo a jovem paralisar com tamanha audácia do rapaz.
-Ora Gilbert, mas nós só temos dezesseis anos, e eu sou puramente uma trabalhadora de fazenda, nos conhecemos porque minha mãe trabalhava para seu pai? Que futuro eu poderia lhe proporcionar como sua esposa?
-Não importa, só de ser um futuro com você eu já sei que seria perfeito.-ele ia se aproximando do rosto da garota aos poucos sem deixar de anotar mentalmente cada detalhe da face de sua amada.
-O que irão dizer de alguém como você tendo uma esposa como eu? Vão falar coisas horríveis!-a voz da mesma já estava perdendo a intensidade, querendo ou não ela não resistia aos encantos de Gilbert Blythe.
-Deixe que falem.-ele pôs a mão segurando levemente o rosto frágil da garota-Eu só quero você, S/N.- a distância entre eles então foi finalmente finalizada, com um toque de lábios suaves, porém doce, que fazia os dois se deleitarem em seus desejos e amores um pelo o outro, o vento bagunçava os cabelos da jovem que mesmo assim ainda pareciam bater no corpo dele perfeitamente como em uma dança sincronizada aos ventos.
Tudo o que se passava na cabeça do jovem Blythe era que nada mais importava naquele mundo, se estivesse com sua garota sabia que nada poderia estar mais perfeito, sabia que desde o momento que a viu entrar pela porta de sua casa, com apenas cinco anos, não havia no mundo outra mulher para ele.

E observando tudo, olhando pela janela do segundo Bash comemorava com sua filha que finalmente poderia envergonhar Gilbert na frente de S/N, cumprindo o dever no lugar de Mary ou do próprio pai de Gilbert. Queria que pudessem vê-lo, finalmente, o cabeça dura do Blythe havia se entregado ao amor.