Guardiões: Eclipse De Sangue [PAUSADO]

Capítulo 8: O Sangue do Inocente

Sirius

A situação, nada boa, em que nos encontrávamos foi explicada a Sophia por Lisandro. A loira fez muitas perguntas, e debatemos sobre o assunto por alguns minutos.

Mestre Alvorada tinha Emissários bastante curiosos, Aksel era muito participativo, Amyanara e Sarin ficaram em silêncio a maior parte do tempo, e Charmy bebeu uma garrafa inteira de vinho e já estava na segunda.

--- A menos que eu esteja muito enganado, esse Eclipse e a aparição dessa mulher, aconteceram mais ou menos ao mesmo tempo que eu tive minhas visões. --- Jonathan disse, apertando os lábios --- Sabem se ela tem um trono de ossos?

--- Trono de ossos? --- Lisandro repetiu devagar --- Não, não sei. Pelas informações que conseguimos, ela, que ainda não se manifestou sobre suas intenções, está na Base Militar e não em alguma Vila, não me lembro de tronos por lá. --- Explicou rapidamente --- O quê viu nessas visões, exatamente?

Jonathan contou com detalhes o que viu em suas duas visões, e as reações depois delas, no caso o desmaio e a quebra das canecas. Sophia me parecia muito abatida e embora Rafael tenha insistido muito, ela mal comeu o lanche que o ruivo fez.

--- Talvez essa mulher que agora domina Abizes seja a mesma que Jonathan viu em sua visão, a probabilidade é grande, o trono, pode ser um enigma...ou uma charada de quem mandou as visões. --- Lisandro sugeriu, pensativo --- E também...

--- Vocês tem uísque aqui? --- Charmy interrompeu o Emissário, pondo a segunda garrafa de vinho vazia sobre a mesa.

Lisandro olhou de canto para ela, como se repreendesse uma criança só pelo olhar, vi Amyanara revirar os olhos ainda perto da janela, que Emissária mais alcoólatra.

Jasper franziu as sobrancelhas e a respondeu, sério.

--- No final do corredor, mesmo armário em que você encontrou essas garrafas de vinho. --- Ele me precia bem irritado.

--- Obrigada! --- A morena saltou da mesa e em seguida saiu pelo corredor, ela andava levemente alterada, e sua postura não ajudava. Resumindo: estava bêbada.

Jasper acompanhou ela com os olhos semicerrados até que sumisse pela porta. Lisandro respirou fundo e pediu desculpas pela colega antes de voltar a falar.

--- Como eu ia dizendo...

--- Será que não tem nada mais forte não? --- Charmy voltou a sala com uma garrafa nas mãos, se apoiando no batente da porta --- Isso nem tem cheiro de bebida...

--- Que tal você não tomar nada? --- Aksel sugeriu tirando a garrafa das mãos dela, que protestou imediatamente --- Estamos trabalhando!

--- Por isso mesmo preciso beber! --- Charmy protestou, tentando pegar a garrafa das mãos de Aksel, que desviou muito habilmente da tentativas dela --- Pelas Flores! Será que vão me proibir, mesmo, de beber? --- Ela cruzou os braços.

--- Enquanto estivermos trabalhando, sim, vamos. --- Aksel respondeu --- Vou guardar isso. E trancar aquele armário.

--- Malditos. --- Charmy estreitou os olhos brancos e se sentou no braço da poltrona, onde Lisandro estava --- Muito bem, o que estamos esperando? Temos que voltar a Orbis Caelesti.

--- Nossas férias acabaram de começar, mas dia 1° de Julho as aulas voltam, não podemos ficar fora por tanto tempo... --- Herik comentou, Aksel havia acabado de sair para guardar a garrafa --- E esse problema não parece do tipo que será resolvido em pouco tempo.

--- Acredito que teremos que enfeitiçar vossos pais. Assim como da última vez, pode ser de grande ajuda que eles não interfiram. --- Lisandro respondeu --- Mas quanto a escola de vocês, não sei se seria apropriado enfeitiçar a direção de lá...