3- Londres

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Dia seguinte

Peter e eu estávamos vagando pela cidade juntos, a caminho do cemitério, percebíamos alguns olhares estranhos sobre nós mas apenas ignoramos pois já sabíamos o motivo.

- Sabe o que eu gosto nessa cidade? A bebida! - Peter disse enquanto andava com sua amada Whisky Johnnie Walker The John Walker nas mãos, seu whisky favorito.- É como se os whisky's daqui fossem mais antigos, mas me impressiona muito que aqui tenha um frasco desse aqui! A última vez que bebi o Johnnie Walker foi quando fomos para Londres!

- Londres... Lembra de quando fomos para lá? -Sorrio de lado com as lembranças de Londres, todos os lugares onde vamos juntos guardamos algo para nos lembrar para sempre daquela viagem, mesmo que tenham se passado mil anos.- Compramos um globo de neve com o  London Eye! Era tão lindo!

- Pena que eu acabei quebrando... -Peter disse rindo fraco, guardando seu frasco em minha bolsa.- eu adoraria continuar falando de Londres, mas eu teria que incluir nossas noites de amor e não é nada confortável falar sobre isso quando outras pessoas estão ouvindo!

Peter e eu temos códigos, sempre que falamos de Londres e o London Eye significa que estamos sendo perseguidos. Bom, pode ser paranóia criar esses códigos mas quando se estar a 2 mil ou mais anos na terra, você aprende a sobreviver das melhores formas possíveis, seja com códigos, lutando ou com feitiços.

- Eu queria um globo do Big Ben, mas ele trouxe um London Eye! - Me virei em direção a mulher que nos seguia, ela era loira, com olhos claros e alta, já havia a visto antes na cidade mas tinha um pressentimento de que a conhecia antes disso.- Entendeu? O Big Ben e o London Eye são completamente diferentes! Um relógio e uma roda gigante com um museu e rio!  - Digo rindo olhando para a loira a minha frente, não me segurando em perguntar.- Eu te conheço?

- Me desculpe, eu pretendia fazer a mesma pergunta... Sei o que fizeram com Marcel e os homens dele, mas confesso que parte da culpa foi minha por o mandar atrás de vocês, apesar de terem matado dois adolescentes... Mas bom, eu passei muito tempo com meus irmãos viajando o mundo e  provavelmente nos conhecemos... Além de que costumamos ter muitos inimigos, então se está aqui para tentar fazer algo contra minha família ou coisa do tipo é melhor --

- Ah, querida! Pode parar! Não se sinta ameaçada ou coisa do tipo! Além de amar meu marido, nós já cuidamos dos nossos inimigos todos de uma vez só a uns meses, por isso estamos de férias na Cidade Que Nunca Dorme. - Enquanto respondia a mulher a minha frente, olhei em volta e percebi  algumas pessoas nos olhando, vigiando mais especificamente.

- Eu vou dar uma volta, conversem vocês duas. -Peter disse me olhando, ele já havia percebido o mesmo que eu e estava indo cuidar daqueles 'paparazzis'

- Agora que meu marido foi cuidar dos seus guardas costas, podemos conversar... Mas não nos apresentamos ainda! Eu sou Sofia Coppola, aquele é meu marido, Peter Coppola... E você?

- Rebekah Mikaelson

Bom, foi naquele momento em que eu percebi de onde a conhecia, eu fiquei em choque. Rebekah, minha irmã, Rebekah Mikaelson bem a minha frente! Eu não podia acreditar, eu não sabia como reagir.

- Oi? Está tudo bem? - Rebekah disse passando a mão em frente aos meus olhos.

- Rebekah Mikaelson? Filha de Ster e Mikael? Irmã de Niklaus, Kol, Finn e Elijah?- Minha voz estava trêmula, assim como minha mão e boca que tremiam, meus olhos quase lacrimejaram e meu corpo quase não aguentou de tanta vontade de ir até ela e a abraçar.

- E Freya... Mas você pode me explicar o que está acontecendo? - Rebekah franziu a testa, não entendendo nada. Por sorte ou azar, Peter chegou no exato momento.

- O que está acontecendo? - Peter perguntou, passando a mão em meus braços, percebendo que estava trêmula.

- Ela é... Rebekah Mikaelson... - Assim que terminei minha fala, segurei na mão dele e o levei rapidamente para longe dali, deixando Rebekah parada sozinha sem entender.

Peter e eu paramos perto do cemitério, nós sentamos na calçada e eu comecei a chorar, ele sabia da minha história e de tudo que aconteceu e era a melhor pessoa para me ouvir falar sobre aquilo, ele sempre me apoiou e durante um tempo insistiu que eu fosse atrás da minha família e até tentamos ir, mas descobrimos que Mikael estava atrás de meus irmãos e desistimos. A verdade é que eu sempre cuidei dos meus irmãos, eles têm muitos inimigos mas deveriam ter mais, eu desviei muitos inimigos do caminho da minha família, cuidei deles mas não o suficiente pois nunca estive por perto. Eu sou a mais velha, eu deveria estar presente e cuidar deles.

Talvez agora seja a hora de voltar para a minha família, de uma vez por todas.

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