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Chris

A manhã seguinte do NOSSO casamento. O primeiro dia que eu, posso oficialmente, chamar a Emma de minha. Minha mulher. Estava sendo tudo perfeito, apesar de que, até agora não havia acontecido nada fora do normal. Me virei para o outro lado da cama, dando de cara com seu rosto perfeito, ela estava linda, a minha mulher é linda. Vê-la dormir tranquilamente fazia meu coração acelerar as batidas. Sua maquiagem não estava intacta, mas ainda sim ela estava perfeita. Seus cabelos se mantinham com leves cachos amassados. Ela estava respirando devagar, e o movimento que ela fazia me deixava hipnotizado. Mesmo dormindo posso ver que ela está feliz, posso ver que deixei-a feliz, então, constatei que poderia ficar aqui horas, apenas olhando-a sem fazer nada. Mas, aquele olhos lindos uma hora se abririam. E eu estaria aqui, pronto para ela. Sorri. É engraçado a forma com que eu me sinto em relação a ela, sinto que tenho obrigação de ser o melhor marido que ela poderia pedir. Apesar de ser impossível, prometi a ela que seria, prometi a ela que seríamos felizes para sempre, e nós seremos. Suspirei. Me levantando devagar - contra a minha vontade - e caminhando até o banheiro para um banho quente. Tomando os mínimos cuidados para não acorda-la. Quando acabei, voltei para o quarto e me deparei com ela dormindo na mesma posição, agradeci em silêncio. Escolhi uma roupa qualquer no armário, sempre me certificando de que ela não acordaria. Antes de sair, recolhi algumas peças de roupas esquecidas da noite anterior. Desci para a cozinha e preparei o melhor café da manhã que ela teria, com direito a panquecas, biscoitos de todos os sabores e tamanhos, geleias, manteigas, pães de sal e doce, sucos de morando,laranja e alguns chocolates. Não sabia da onde havia saído aquilo tudo, mas só pude pensar que tinha o dedo de Luiza.

Me sentei para comer, percebendo que não havia ninguém além de nós dois em casa. Achei estranho, mas não quis investigar, talvez eles quisessem nos deixar sozinhos hoje, e eu agradeço por isso. Comecei a comer distraidamente e olhando para o nada, pensando em cada detalhe do nosso casamento, mas todas as lembranças que eu tinha da noite anterior eram com ela e mais ninguém. Eu só conseguia me lembrar do quanto ela estava maravilhosa, e do quanto foi maravilhoso vê-la caminhando para mim, vestida de noiva, dizendo sim, aceitando ser minha. E de como eu a amava. Coloquei em uma bandeja tudo que consegui, e subi para o quarto, sem raciocinar direito. Sem pensar se a essa altura ela já estaria acordada. Mas para a minha sorte, ela estava se espreguiçando pelo edredon, ainda sonolenta e completamente nua. Por um momento comecei a admirá-la encostado na porta, e fiquei feliz que ela não fez menção em se cobrir quando me viu ali.

—Bom dia.— Ela sussurrou contra o travesseiro, virada com a barriga pra cima, me olhando com aqueles olhos verdes.

—Bom dia. Está com fome, sra. Collins?—Respondi, caminhando até ela, deixando a bandeja na cama e beijando seu rosto.
Ela se escondeu por baixo do edredon, sorrindo baixo, mas foi alto o suficiente para que eu ouvisse e me apaixonasse.

—Estou, e a sua filha também.— Eu não sabia o porque tudo que ela falava fazia com que eu me derretesse, mas ouvi-la se referir a nossa filha desse jeito fez com que eu ficasse ainda mais bobo. Quando Emma se virou de lado, tive uma vontade enorme de agarra-lá e enche-la de beijos, mas me contive depositando um leve beijo em sua enorme barriga.

—Porque ela está tão quieta?— Comecei, pousando a mão ali e, como se fosse uma resposta para a minha pergunta, senti dois minúsculos chutes ao mesmo tempo. Fiquei maravilhado, ainda mais bobo, por saber que um ser tão pequeno é tão inteligente ao ponto de reconhecer meu toque. E chutar com os dois pezinhos de uma vez. De fato, eu não sabia se aquilo era possível, mas eu estava tão feliz que ignorei esse fato.

MINHA VIDA DEPOIS DE VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora