Alegre e atenciosa, Alyssa fora criada de maneira simples. Vivendo nos fundos da mansão pertencente à influente família Fainello, patrões de sua mãe e donos de um império na área jurídica, ela viu de perto o preconceito social lhe circundar. Sem se...
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Encostada no balcão da cozinha, eu distraidamente mexia o macarrão imerso na panela borbulhante, acompanhando um filme qualquer que passava na televisão enquanto finalizava o preparo do jantar e refletia acerca dos acontecimentos do dia. Diego havia me defendido na frente de todos. O mesmo Diego que mal me notava no cotidiano, tomara a frente de uma situação da qual não lhe competia apenas para interceder por mim, fazendo-o inclusive na presença de sua mãe.
A lembrança de seus olhos afáveis conectados aos meus ocasionou um arrepio involuntário em cada parte do meu corpo, que odiava responder a ele de modo tão inevitável.
O toque estridente do meu celular reverberou de súbito, fazendo-me acordar para a vida e pegar o aparelho sobre a bancada em seguida, vendo o nome de Milena piscar chamativo através da tela.
— Olá! — Sua voz animada cantarolou do outro lado da linha.
— Uau, que ânimo é esse?
— Ânimo de alguém que tem uma intimação para você. Não aceito uma resposta negativa, Alyssa Ferrer.
Expirei, já esperando alguma proposta mirabolante da minha amiga
— Aceito qualquer coisa desde que isso não envolva ter que sair de casa. — Avisei, ouvindo um resmungo dela.
— Amorzinho, eu já disse que você não tem escolha. Chega desse marasmo aos finais de semana! O Paolo Herzog organizou uma festa maravilhosa no triplex dele, você vai comigo nem que eu precise te arrastar.
Ela soou firme e eu bufei, vendo a minha noite de descanso indo por água abaixo.
— Milena, eu não tenho estruturas para sediar esse evento. — Ela riu. — O que significa que eu não tenho roupa apropriada. E eu nem conheço esse cara, só você.
— Você é a minha companhia, boba. Ele não vai se importar. E sobre a roupa... Não seja por isso! Passo aí em vinte minutos e você se arruma aqui em casa.
— Você não vai desistir, não é?
— Nunca.
— Tudo bem... — Dei-me por vencida e precisei tirar o celular do ouvido devido a sua comemoração fervorosa.
