Capítulo 6

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Festa animada, piscina cheia e música alta retumbando continuamente em meus ouvidos

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Festa animada, piscina cheia e música alta retumbando continuamente em meus ouvidos. Eu provavelmente havia conversado com metade das pessoas que ali se encontravam, porém, estava fodido da vida.

Muito fodido.

A indiferença de Cassie para comigo em muito contribuía com minha irritação, que se intensificava gradualmente ao notá-la ignorar todas as minhas tentativas de tentar resolver aquela briga descabida. Encostado na sacada de vidro e com a atenção fixa em um ponto qualquer do terraço, levei a taça contida com Dom Pérignon à boca, sorvendo o líquido num gole longo e cansado.

Bela noite de merda.

Passei os olhos através das pessoas espalhadas pelo lugar e avistei minha namorada surgir entre as pessoas localizadas ao seu redor, parecendo estranhamente tranquila assim que iniciou uma caminhada convicta até mim.

— Vou embora com a Suzi e dormirei na casa dela. — Avisou despreocupada.

Ri sem humor e a olhei, incrédulo.

— Você não está falando sério.

— Pode apostar que estou. — Retrucou.

Um sorriso petulante despontou de seus lábios, fazendo-me negar com a cabeça e expelir o ar de meus pulmões com força.

— Cass, pare com isso. Já deu, tudo bem? Entendo o seu lado, mas agir dessa forma não vai melhorar as coisas. — Disse, tentando controlar o tom de voz.

Cassie cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha, completamente irredutível.

— Já decidi, Diego. Só vim lhe comunicar que não vou para sua casa.

Respirei fundo e esfreguei as mãos no rosto em um nítido sinal de esgotamento. Assenti vagarosamente e olhei para o lado sorrindo cético, tornando a encará-la logo em seguida.

— Olhe o que você está fazendo, Cassie. Cansei, de verdade. Estou admirado com esse comportamento infantil.

— E eu fiquei admirada com o seu comportamento de hoje à tarde. Estamos quites. — Afirmou ela, nem sequer me dando espaço para uma devolutiva.

Minha namorada deu às costas e retornou às suas amigas, deixando-me a sós com meu estresse e minha descrença perante tal atitude. Transpassei os dedos por entre meus cabelos e segui em direção ao bar. Pedi um Negroni ao barman e olhei para trás.

Cassie já não se encontrava mais em meu campo de visão.

Passava das três horas da manhã

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Passava das três horas da manhã.
Meus pés doíam devido ao salto alto e aquele ambiente estava começando a me deixar desconfortável. O meu mundo destoava do mundo luxuoso onde aquelas pessoas viviam, e isso era tão óbvio quanto o resultado de dois mais dois.

Troquei o peso do meu corpo de uma perna para outra e fitei Milena, que tagarelava animadamente com um cara em um visível clima de flerte. Indiquei minha saída dali por meio de um sinal e lancei-lhe uma piscadela, vendo-a segurar o riso e estender um "joinha" em compreensão.

Andei deslumbrada por dentro do vasto apartamento, contemplando todo o requinte do local e dos móveis que certamente valiam milhões, até fixar meus olhos na extensa parede de vidro responsável por proporcionar uma visão de tirar o fôlego. Parei ali e admirei a encantadora paisagem da cidade, maravilhada com as luzes formando pequenos pontos brilhantes vistos de cima.

Prossegui minha caminhada e desci para o segundo andar, imediatamente me sentindo melhor ao ver que não havia praticamente ninguém naquela parte do flat.

Céus, eu estava me sentindo em um labirinto.
Corri os olhos por cada porta daquele corredor imenso e andei até a maior delas, constatando que ela se encontrava entreaberta. Dei uma breve espiadela entre a fresta e sorri internamente ao descobrir uma espécie de terraço por trás da abertura, não tardando a adentrar o recinto e receber uma deliciosa lufada de ar fresco no ato.

Girei o tronco com o propósito de apreciar o ambiente, contudo, gelei imediatamente ao enxergar uma estrutura corporal familiar demais.

De costas e absorto na extensão panorâmica do horizonte, Diego Fainello jazia acompanhado apenas de uma garrafa pertencente a alguma bebida cara, aparentando estar focado demais nos próprios pensamentos.

Antes mesmo de eu conseguir sair de meu estado paralisado e simplesmente sumir dali sem ser percebida, uma intensa rajada de vento despontou súbita e vigorosa, provocando arrepios em meu corpo.
A porta fechou-se num rompante audível, fazendo Diego virar-se e dar de cara comigo ali, estática, olhando-o tal qual uma tonta.

Ele cerrou os olhos e os cravou em mim, como se distinguir e assimilar minha figura fosse uma tarefa difícil a ser executada.
Prendi a respiração e sustentei sua análise com o coração a mil.
A brisa responsável por bagunçar seus cabelos contornou meu torso, enviando sensações gélidas por toda minha pele eriçada.

Diego ergueu uma sobrancelha e, com o esforço de quem certamente havia ingerido mais álcool do que o aconselhável, virou totalmente o corpo e o encostou na sacada, cruzando os braços de modo que seus bíceps ficassem ainda mais em evidência.

— Alyssa?

— Alyssa?

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