Síndrome de Marfan

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Ainda o observando na espera de que o mesmo fale comigo o que tinha para falar e a única coisa que consegui foi um sorriso um pouco torto. 

- Olha, me desculpa, eu não estou no seu serviço hoje e acabei de ficar 6h de pé em uma sala de cirurgia, estou realmente cansada então se puder me dizer... 

- Eu iria te chamar para realizarmos a cirurgia de sua paciente do síndrome de Marfan mas vejo que está cansada e não aguentará mais algumas horas em uma sala cirúrgica, nesse caso, vou providenciar outro interno. - ele me interrompe.

- Não, Dr. Evans. Minha paciente, minha cirurgia. E ainda não tive tempo de sentir o gostinho de cardio ainda. - dou um sorriso esperançoso.

- Você tem 2 horas. - ele fala em tom sério e ao mesmo tempo amigável, me dando tempo de sobra para descansar um pouco e me alimentar antes mesmo de começar tudo novamente. 

Observo Dr. Evans sair e rapidamente compro um sanduíche da maquina, e então, sigo até o quarto dos plantonistas para dormir um pouco. Pretendia descansar por 40 min para então lavar meu rosto e ir preparar a Sra Felmann para, finalmente, sua cirurgia e a minha primeira cirurgia de cardiologia com a minha primeira paciente do programa de internos do hospital Grey Sloan Memorial. 

                                                                                            XX 

Enquanto preparo a paciente para a sua tão esperada cirurgia Dr. Evans entra na sala, com aqueles lindos olhos verdes fixados em mim, para conversar com Sra Felmann antes que prosseguíssemos para a sala de cirurgiã. Ele a explica como funcionará, o que iremos fazer apenas para acalmá-la. 

- Até que ele é amável com os pacientes - penso enquanto sorrio para ele na expectativa de que ele entendesse que já estava na hora de subirmos. 

Dr. Evans entende meu sinal, e então, me ajuda a carregá-la a caminho da sala de cirurgia. Ao chegarmos na sala, todos os assistentes de cirurgiões estavam em posição assim como o anestesista e enquanto eles estavam preparando a Sra Felmann, eu e o Dr. Evans fomos nos preparar. Percebia que enquanto eu lavava minhas mães e braços,  ele me encarava. 

- O que foi? - perguntei.

- Você é muito parecida com o seu pai. - ele afirmou.

- Você conheceu o meu pai? - perguntei.

- Eu era interno no hospital quando ele... - ele fez uma pausa.

- Faleceu? - interrompi e ele apenas concordou com a cabeça e com um sorriso reconfortante. - Obrigada... por dizer que me pareço com ele. - Dr. Evans concordou e então prosseguimos para a realização da cirurgia. 

XX

- Bisturi. - Dr. Evans afirma logo ao chegar perto da paciente. 

A enfermeira logo o entrega o bisturi e ele, rapidamente, estica o braço em minha direção. 

- Vai em frente. - ele afirma. 

- Tem certeza? - pergunto.

- Eu confio em você. - o olho em desentendimento, até porque nunca tinha feito nenhuma cirurgia com ele até então. - Tenho certeza que você tem um pouco de cada um de sua familia. 

Eu pego o bisturi e então realizo um corte perfeito. Dr. Evans da continuidade na cirurgia enquanto eu o auxilio ao mesmo tempo que aprendo cada procedimento por ele realizado.

XX

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