Capítulo 3

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Fanfic: Ménage
#cap019

PVD – May
" — Eu quero provar você de novo, Brad. — ela empurrou o cinto aberto, soltou, então puxou botão de metal de seu jeans. — Eu quero você na minha boca, contra a minha língua. Eu quero chupar você, sentir seu sabor..... "
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– Dane-se May! Como você pretende ir para seu primeiro dia de trabalho assim agora? – ralhei comigo mesma, mais uma vez jogando outro livro ao chão. Eu era péssima para castigar a mim mesma. Escondia um livro com a intenção de me livrar dele, mas era só o sono sumir durante a madrugada, que meus dedos sabiam onde encontrar outro. Olhei para o relógio, cinco e quarenta da madrugada, pulando da cama logo em seguida, resmungando e chutando os cobertores
– Maldito Wiliam Levy! – amaldiçoei o nome da minha insônia.
Desde que ele havia saído do apartamento na manhã de sábado, deixando-me completamente excitada e surpresa, o maldito homem não saia de minha cabeça. Perdendo a conta dos inúmeros pensamentos eróticos que me fizeram tomar banho nesta cidade fria, mais do que o necessário. Eu não conseguia dormir, bastava fechar os meus olhos e os sonhos começavam. Alguns deles somente com Wiliam, outros com ele e dois rostos sem face. Somente as recordações desses sonhos me faziam ficar excitada.
– Argghhhh!! Vamos Maite se mexa! Levante, fique linda! E quando chegar ao trabalho, aponte o dedo na cara de Wiliam Levy e peça que não a visite sem marcar horário! Onde já se viu uma coisa dessas? - eu me dava uma conversa de vitalidade á frente do espelho, tentando muito em vão, esquecer o olhar de fome de Wiliam em meu corpo quando estava de pijamas. Maldito!!
Entrando no closet, fui atrás de uma roupa clássica, mas elegante. Torci o nariz diante de tão poucas opções. Meu guarda-roupa não era lá essas coisas. Eu tinha bom gosto, mas me faltava dinheiro.
Sem muitas opções, escolhi um tubinho listrado jogando meu blazer preto por cima e meus saltos, decidindo que após o trabalho teria que fazer algumas compras. Poderia quem sabe, pedir ajuda a alguma colega de trabalho.
Com tudo em mãos, saí do armário jogando a roupa em cima da cama e fui para o banho. E as imagens de Wiliam voltaram a invadir minha mente, fazendo com que meus dedinhos mágicos me dessem algum alívio. Com raiva mais uma vez, decidi que na sexta após o trabalho, iria algum Pub na pura intenção de acabar com minha virgindade!
– Cala a boca May! – dizia-me minha imagem refletida no espelho. Era bastante óbvio que não teria coragem para isso.
Quarenta minutos depois, eu estava pronta, dando os últimos retoques em minha maquiagem, quando a campainha do apartamento soou. – Tomara que não seja o meu chefe gostoso! – pensei mais uma vez, colocando o batom na bolsa.
Suspirando, abri a porta para encontrar do outro lado o rosto sorridente de Joaquim com sua limusine.
– Joaquim!...Oi... – sorri o cumprimentando – O que faz aqui?
– Olá Srta. Maite. Bom dia! Vim leva-la para o trabalho – respondeu franzindo á testa – A senhorita não sabia?
– Hummm... Não!... Eu acho que dessa vez pode realmente ter acontecido algum engano.. – falei sem entender.
– Não senhorita...
– May! Joaquim por favor! – o cortei sorrindo
– May – repetiu sorrindo também. Joaquim era muito bonito – Dr. Wiliam deu-me ordens expressas para leva-la ao trabalho, pensei que ele havia lhe informado.
– Parece que nosso patrão gosta de fazer as coisas sem avisar – resmunguei, passando as mãos no meu cabelo. – Eu realmente não sabia, acabei de ficar pronta e nem tomei café ainda! – devo ter choramingado porque Joaquim riu, mas o que eu podia fazer. Eu simplesmente não funcionava pela manhã sem um gole do meu único vicio.
– Eu levo a senhorita no Starbucks, temos um no caminho, eu mesmo adoraria um café novamente – ofereceu gentilmente.
– Ahh... Eu já te adoro Joaquim ! Poderia te dar um beijo – vibrei de alegria – Vou buscar minha bolsa! – virei-me para entrar, mas não antes, de ouvi-lo resmungar qualquer coisa como "o patrão vai me matar", ou " vou perder meu emprego".
A loja de café estava lotada, então Joaquim ofereceu-se a comprar, e após muita insistência de sua parte em pagar, ele voltou com café e donuts, e sorriu quando observou eu devorá-los imediatamente no banco ao seu lado. Já que eu havia recusado a andar no enorme espaço atrás como se fosse alguma atriz de cinema.
– Esse carro é ostentoso demais Joaquim– comentei dando uma mordida no meu bolinho – As pessoas ficam tentando olhar dentro para ver se tem alguém famoso – ri – Quem anda numa coisa dessas o tempo todo?
– Dr. Wiliam. O chefe utiliza algumas vezes, principalmente em eventos ou quando... – ficou sem graça
– Ou quando está com suas namoradas? – terminei o encarando, esperando uma resposta. O café a centímetros da minha boca. Por via de fato, essa resposta me interessava, e o que veio me incomodou um pouco.
– O chefe não tem namorada fixa. Digamos algumas acompanhantes para os eventos que sua presença é necessária – respondeu cauteloso.
– Sim, sei! – falei com deboche, mas extremamente curiosa. – Ele é casado? Já foi?
– Não! Nunca se casou. – sorriu de lado – É o solteiro mais cobiçado de Londres. Isso é o que as revistas dizem pelo menos – completou quando viu meus olhos se arregalarem.
– Uau! – foi minha resposta inteligente.
– Mas acredito que essa condição de solteiro está prestes á mudar – sorriu malicioso, olhando-me de canto. Como seu soubesse um grande segredo. E o frio percorrendo na minha espinha, me dizia que eu não iria querer saber o porquê de sua afirmação.
Eu definitivamente precisava dormir. Mas por hora muito mais café!
Vinte minutos depois, Joaquim estacionava no lindo e imponente prédio da Levys Advertising, o meu novo lar profissional.
E para meu espanto e também de Joaquim, assim que o veículo estava estacionando á porta foi aberta, por ninguém menos que Wiliam Levy. E o olhar feroz que estava dando entre mim e o motorista indicava, que não estava nada satisfeito.
– Joaquim! Que diabos você está pensando em andar com ela no banco da frente? – rosnou
– Senhor... ela.... – tentava se justificar, suas mãos estavam brancas no volante.
Mas quem Wiliam pensava que era?
– Eu me recusei a sentar-me no banco de trás, Sr. Wiliam– respondi por ele, saindo do veículo, fazendo o corpo de Wiliam dar um passo para trás. E quando o fez, novamente seu olhar me devorava, quando seu olhar voltou a encontrar os meus eles queimavam.
– Por quê? – perguntou sua voz rouca.
– Por que... isso.. – apontei para o carro. Eu não conseguia nem falar direito, quase gaguejava tamanho era a energia de poder e mais alguma coisa que Wiliam exalava em mim - É grande demais, chamativo demais. Não sou nenhuma pessoa famosa. O senhor pode se sentir desobrigado a mandar essa nave espacial ir me buscar. Eu virei de metrô. – respondi empinando o queixo.
Wiliam olhou nos fundos dos meus olhos. Passou a mão pelo cabelo e apertou a ponta do nariz, tomando algumas respirações profundas.
– Joaquim! Ligue o carro vamos sair – ordenou, puxando-me pela mão, batendo a porta da frente e entrando comigo pela porta de trás.
– Aonde vamos? – perguntei sem entender, enquanto ele sentava do meu lado.
– Comprar seu carro! – respondeu simplesmente, passando as coordenadas para o motorista. Logo em seguida fechando a janelinha de acesso.
– Mas... como.. como assim? – perguntei perplexa.
– Você acha esse carro uma nave espacial. E não vou permitir que ande com Joaquim ou qualquer outro homem no banco da frente ao seu lado, como se fosse sua mulher – me encarava com raiva, quase gritando. Sua respiração ofegante.
– Mas não sou mulher de ninguém... eu...
– Exatamente! Você não é mulher de ninguém! Você é minha mulher! E está na hora de você saber disso! – rosnou rouco, colando sua mão enorme em torno do meu pescoço, tomando minha boca com fúria!
Eu iria me matar, se esse fosse mais um maldito sonho!

MénageWhere stories live. Discover now