Capítulo 4

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PVD – May
- Vamos para o trabalho querida. Temos muita coisa para fazer, e Sandra vai ainda nos interrogar – sorriu me beijando.
Devolvi o sorriso aconchegando-me em seus braços. O perfume de Wiliam era inebriante. O perfume do meu namorado.
Puta Merda May! Você tem um namorado? OMG! Você nunca namorou.. Ahhh..Deus! May você é virgem! – minha nerd de pornô gritava comigo. - OMG! Você vai ter que contar para ele.!
Sacudi a cabeça, para calar a voz da vovozinha com sete gatos, lia livro pornô, que morava em minha mente. Minha atitude chamou a atenção de Wiliam, porque ele pegou meu queixo que estava em seu peito com o polegar e encarou meus olhos.
- O que foi pequena? Porque essa carinha?- sorriu gentil, esfregando o polegar na minha bochecha.
Carinha? Carinha?.. Estou apavorada! - Humm nada! – respondi mordendo os lábios.
- Ahh Minha pequena! Quando você cora assim me deixa louco – sussurrou passando o nariz na minha bochecha – Tão quente! Você fica tão convidativa May. Aposto que está pensando em sacanagem – falou rouco mordendo o lóbulo da minha orelha – Vou adorar desvendar sua cabecinha May. Realizar todas as fantasias que eu sei que estão te remoendo por dentro. Uma por uma. – concluiu tomando minha boca em um beijo apaixonado, sugando minha língua com força, gemendo, suas mãos apertando minha cintura.
Eu conto agora que sou virgem? - sussurrei para minha vovozinha.
Pelo Amor de Deus! Não vai estragar o momento! Nunca foi beijada assim! Se parar agora, eu mesma saio daqui e te afogo com um livro!
Balançando a cabeça suavemente mais uma vez, deletei a voz em minha mente, suspirando em sua boca, entrelaçando minhas mãos em seu cabelos, gemendo ainda mais de tão macios e sedosos.
- Foda-se May! Você é uma delícia! – gemia Wiliam beijando-me em todas ás partes. Lábios, bochecha, pescoço – Vamos jantar hoje a noite? Quero te levar para sair. Quero exibir minha namorada. – pediu fazendo faneca.
Oh..Deus! A faneca seria minha perdição.
- Wiliam não é justo! – gemi, bicando seus lábios. Fazendo-o rir, e me puxar ainda mais perto, quase em seu colo.
- Cada um joga com a arma que tem! E com você estou vendo que vou ter que usar todas elas não é? – sorriu torto piscando. – Por favor? - Eu faço um jantar para você! – fiz bico também, tentando escapar do convite.
Não é que eu não queria ser vista com Wiliam. Mas só de imaginar nossas fotos estampadas em jornais e revistas no outro dia, me gelava o estômago.
- Vamos May! Eu quero desfilar com minha namorada por toda Londres. Quer mostrar que eu sou um homem tomado. Comprometido e ... - engasgou olhando profundamente em meus olhos.
- E o que Wiliam? – sussurrei implorando com os olhos que me contasse. Que me desse a deixa de responder á mesma coisa.
- Eu.. eu estou apaixonado por você May. A poucas horas atrás eu mesmo duvidava disso.. Mas.. mas toda a vez que eu te beijo, quando sinto seu corpo próximo ao meu, seu calor me queima. – falava acariciando meu cabelo – Eu sinto um desejo tão intenso, que eu mesmo me pergunto se isso é normal. May! Eu via você em meus sonhos, como se alguma coisa lá fora. Uma pessoa, uma mulher estava destinada a mim. Mesmo em outros relacionamentos eu tive, essa ansiedade me atormentava. Quando seu curriculum veio parar em minhas mãos por engano.. Deus! No momento que vi sua foto, eu sabia. Eu sabia que era você! E desde esse dia, eu não penso em outra coisa a não ser ter você em meus braços.
Eu estava completamente perplexa com sua declaração. Eu sonhava com alguém também. Mas muitas vezes achava que eram os efeitos dos meus malditos livros. Mas lá no fundo do meu coração eu sentia que era Wiliam.
- Olha! – ele me chamou pegando sua carteira no bolso do blazer – Eu carrego comigo, desde o dia que eu te vi. – conclui mostrando minha foto que estava anexada ao curriculum. Peguei-a se sua mão, observando, percebendo que o ato de Wiliam, se não demonstrava que ele me amava ainda, estava a caminho. Assim como eu estava.
O pensamento me trouxe lágrimas aos olhos.
Diante de tal magnitude do que vivíamos dentro desse carro, resolvi pela primeira vez, sem medo, entregar meu coração. Confessando um pequeno segredo, que mantinha minhas fantasias desde a universidade em relação á Ele.
Devolvi a foto, sorrindo – Depois eu te dou outra que estou melhor! – falei brincando. – Mas também preciso confessar uma coisa – pedi me desvencilhando do seu lado, pegando minha bolsa.
- Quando eu estava na faculdade – comecei a narrar – No meu primeiro ano, eu tive que fazer um trabalho. E o tema era sobre a Biografia das melhores empresas de Publicidade do mundo. E para minha alegria, a Levy ́s Advertising, foi justamente cair em meus braços. Eu já conhecia sua empresa. Já havia lido muitos artigos sobre ela. – falava enquanto pegava uma foto bem surrada de revista, onde Wiliam estava com sua família. Era a festa de celebração, onde os filhos assumiam a empresa. – Eu era uma adolescente nessa época – sorri quando ele gemeu, entortando os lábios, deduzindo ser mais velho do que eu – Mas ... eu.. eu me apaixonei por você nesse dia. E todo o incentivo que eu tinha para escolher essa carreira, foi que talvez algum dia eu pudesse te conhecer pessoalmente. – confessei, baixando os meus olhos envergonhada.
Wiliam suspirou profundamente, muito profundamente, como se tentasse manter a calma, ficando calado. Olhei para cima, estranhando seu silêncio, para encontra-lo de olhos fechados.
- Wiliam? – silêncio – Por favor diga alguma coisa! Eu ...eu juro que não sou uma stalker... eu...
- May! Pare por favor! – suplicou, abrindo seus olhos. E quando o fez eu quase me senti tonta, tamanho era a intensidade do seu olhar. O tom dourado de seus olhos deram lugar para um cinza nublado, quase negro. Seus cílios estavam espessos, a mandíbula cerrada. – Estou me controlando ao máximo para não fazer uma besteira!
- Uma besteira? Wiliam não.. eu posso explicar.. eu...
- A besteira de te jogar nesse banco como um animal faminto, e tomar seu corpo como nenhum outro já fez. Quer te marcar como um animal. Te possuir. Você não tem noção do que sua declaração fez para mim? Escutar que você me desejou como eu fiz? Que sente por mim o que sinto por você? Deus! – gemeu passando as mãos pelo cabelo – Estou a ponto de perder todo o cavalheirismo que aprendi com meu pai e me enterrar profundamente dentro de você, até você gritar muito alto, pra toda Londres ouvir que você me pertence! – sussurrou rouco, puxando-me com força em seu colo. Minha pernas em cada lado de sua cintura. Meu vestido acima em minha coxa, suas grandes mãos na minha bunda, pressionando em sua ereção.
Deus Pai! Ele é enorme! Acho melhor contar que é virgem! – sussurrou a velhota em minha mente
- Cala a boca! – soltei sem querer á xingando.
- O que? – perguntou Wiliam sem entender, levantando a cabeça do meu pescoço, onde devorava.
- Cala a boca e me beija Wiliam! – disfarcei, ganhando dele um rosnado e tomando minha boca com fúria animal.
Nossos mundos interligados, definitivamente, sorri em pensamento, esfregando-me em sua ereção.!
Delícia! Vamos gritar para Londres!! PVD – William
Maite Perroni. Minha Namorada!
Minha mente repetia essa frase á cada segundo. O sorriso idiota estampado em meu rosto, não escondia o fato de que eu Wiliam solteiro convicto – Levy estava completamente tomado. Apaixonado. Feliz!
Sandra não conseguia controlar se entusiasmo. Á partir do momento em que Eu e May entramos no escritório de mãos dadas (com muito protesto de sua parte, devo acrescentar) minha amiga e confidente de anos, só faltava chamar a imprensa para um comunicado formal, deixando May completamente em pânico.
As duas se deram bem, desde o primeiro minuto que se conheceram. Maite sorria o tempo todo, e ria quando Sandra contava algumas cenas constrangedoras de minha infância e adolescência, como sobre o fato de Eu e Sebastian, termos roubado todos seus cremes anti-celulite de sua gaveta, quando era secretária do meu pai, para passarmos no rosto, achando que isso tiraria nossas espinhas. Ou quando nós três, Ivan, Eu e Sebastian ficamos de pau duro na frente dela, quando tínhamos em torno de dez anos, porque a vimos retirar uma meia calça furada, sentada em sua cadeira na hora do almoço. Deixando-me totalmente sem graça. - Eu era uma criança – me defendi – Você estava fazendo igual a uma cena de filme pornô!
- Ahh..meu menino – Sandra riu – Naquela época eu tinha acabado de me casar, a sedução corria em minha veias. Não tenho culpa se três rapazinhos que não conseguiam controlar sua linguicinha me pegaram nessa situação – riu, fazendo May acompanhar.
- Há..Ha.. Há... muito engraçado "linguicinha"... – zombei – Só não te falo que vou te mostrar a "linguicinha" porque isso seria incesto! Você e como uma mãe para mim – sorri piscando para May, para que ela visse que era uma brincadeira.
Só minha babydoll agora iria me ver nu – pensei. Meus olhos correndo por seu corpo. Porra! May era gostosa demais.
- Preste bem a atenção nessa cara Maite! – apontou Sandra – Essa cara é de que está pensando besteiras – riu, quando May corou. – Depois vou te ensinando ás outras expressões faciais – piscou sabedora, fazendo-me entrecerrar os olhos.
- E essa é de que ele quer estrangular alguém? – apontou May, fazendo com que eu e Sandra rirmos.
Ela estava completamente certa!
- Adorei ela Wiliam! – exclamou Sandra empolgada – Ela é esperta, já começou a te conhecer. Essa garota vai te colocar nos trilhos. Não vejo a hora de ligar para a Victoria! – bateu palmas empolgada, e riu quando May arregalou os olhos. – Não se preocupe querida, sua sogra é a pessoa mais doce e gentil que conheço. – completou, dando um tapinha em sua mão. – Agora venha comigo, que tenho algumas coisas de trabalho para te ensinar. E quanto á você menino – chamou, quando eu iria protestar – Tem vários documentos importantes em sua mesa que precisam de sua assinatura. O dever chama! – conclui com a autoridade de sempre, saindo da sala. Deixando eu e May sozinhos. - Eu vou terminar rápido aqui, depois me encontro com você, está bem meu amor? – sorri me aproximando do seu corpo, tomando seu rosto pequeno e gracioso em minhas mãos.
- Eu ainda acho que estou sonhando, quando ouço você me chamando assim.. – sussurrou baixinho, pendendo a cabeça de lado em minha palma e fechando os olhos.
- Você não está sonhando! Porque se estivesse eu também estaria, e não quero. Isso é real. Você é real. E Eu realmente amo você! – confessei mais uma vez, roçando meu nariz com o seu.
- Me beija! – pediu com a voz mínima.
- Sempre meu amor – concordei beijando seus lábios com desejo, fazendo com que suas mãos cobrissem as minhas.
- Eu amo você Wiliam! – sussurrou, sua boca encostada a minha – Não me magoe.
- Nunca babydoll. Você é a minha vida agora! – afirmei abraçando-a apertado, beijando o topo de sua cabeça.
- Babydoll? – riu com a cabeça em meu peito.
- Sim! Você é minha boneca – respondi simplesmente, levantando seu queixo para que encontrasse meu olhar – Você é tão linda, branquinha, seus traços são tão perfeitos, que você parece uma boneca de porcelana. Meu Babydoll. – descrevia, passando carinhosamente os dedos por sua pele, sua face. Decorando cada centímetro do seu rosto, e cada nuance da cor de seus olhos. E ela me olhava com a mesma intensidade.
- Hum...Hum... Sinto muito atrapalhar os pombinhos, mas preciso ir até a contabilidade, você vem comigo Maite? – sorriu Sandra sem graça, encostada á porta com algumas pastas na mão.
- Sim claro, me desculpe á demora – respondeu sem graça, saindo dos meus braços. - Sem problemas, eu sei que o nosso chefinho pode ser persuasivo ás vezes! – piscou me provocando – Os documentos garoto! – terminou apontando para minha mesa lotada de papéis, saindo e levado May consigo.
Eu simplesmente não conseguia me concentrar no trabalho. Desde o momento em que Sandra ligou informando que estava fazendo um tour pelo edifício, dizendo-me que May precisava conhecer os departamentos, sem que eu ficasse mijando em sua pena, cada vez que ela fosse apresentada a algum funcionário.
Palavras dela. Não minha!
Se bem que Ela, não estava longe da verdade. Maite despertava em mim, um sentimento de querer desconhecido por mim. Eu queria ela comigo 24hs por dia. Eu queria saber tudo sobre sua vida. Eu queria ela dependente de mim. Isso, essa era a verdade. Eu queria May, completamente dependente de mim. Da mesma forma que eu estava dela.
- Eu preciso que ela fique grudada em mim – sussurrei para mim mesmo olhando para o relógio, e pegando o telefone pela sétima vez.
- Wiliam! Não acredito que está me ligando novamente! – chamou minha atenção.
- Sandra! Faz meia hora que liguei – resmunguei como uma criança, com a mão no pote de doce antes do jantar.
- Sim meia hora, sete ligações em meia hora Wiliam! – ralhou.
- Bem.. que seja! Onde estão? Vão demorar ainda? Maite está com você? – disparei curioso, brincando com o tic-tac da caneta. - Por Deus! Wiliam! Estamos no departamento Jurídico!
- O que estão fazendo aí? – disparei nervoso. Eu conhecia muito bem a fama dos meus advogados, um bando de mulherengos, que provavelmente iriam devorar Maite com os olhos. Minha! – Maite não tem nada que fazer no jurídico!
- Wiliam! Cristo.. que ansiedade é essa garoto! – resmungou, e por trás de sua voz, pude escutar minha menina rindo – Como sua assistente pessoal May terá contato com todos os departamentos, afinal ela irá me substituir certo?
- Vou repensar sobre isso – resmunguei baixinho. Será que May aceitaria ter uma mesa dentro da minha sala, e ficar ali sentadinha, só para que eu pudesse ficar a olhando o dia todo e realizando seus desejos?
Provável que não!
- Como assim repensar? O que está aprontando Wiliam? – perguntou minha assistente um pouco nervosa.
- Depois conversamos Sandra. – cortei, eu precisava arranjar alguma maneira de tirar essa ideia absurda de se aposentar de sua cabeça. Eu tinha certeza que Maite era tão boa, se não mais esperta que ela, mas o pensamento de ela trabalhar pesado como Sandra, e até ter que viajar para as filiais de NY e Paris sozinha muitas vezes, me enviavam um calafrio na espinha. Porra nenhuma que meu babydoll iria viajar sem mim.
- Sim! Depois conversamos! Pode ter certeza disso! Agora deixe nos irmos que David acabou de chegar aqui...
- Maite? – escutei a voz de um homem chamando minha menina - David?
- Eu não acredito que você está aqui! Cara que saudades de você! – futuro demitido falava, fazendo-me pular na cadeira.
- Sandra! Quem está conversando com Maite? – rosnei, já saindo pela porta.
- David Zepeda, e pelo jeito eles se conhecem muito, porque ele está girando com ela redor da sala... isso não é bom... – sussurrou a última parte, como se não quisesse que eu escutasse.
Tarde demais!
- Demita-o – rosnei alto, me dirigindo ao elevador.
Eu iria socar David Zepeda! 😂

MénageWhere stories live. Discover now