Capítulo 18

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Estava vazio

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Estava vazio. Ninguém habitava a sala que agora havia passado por mudanças, uma cama de solteiro estava instalada em um dos cantos do laboratório junto com um pequeno guarda-roupa, Joker estava dormindo lá agora, por isso não cruzava com ele nos corredores.

Aproximei-me da mesa de granito branco, frascos com um liquido azul violeta claro estava ocupando o local junto a uma faca banhada de um pouco de sangue, não era sangue humano pela cor vermelha profundamente escura, seringas com e sem agulhas estavam espalhadas pela mesa e o mesmo liquido azul estava dentro de algumas.

"Jasmin." Joker meio perguntou meio gritou meu nome, seu rosto franzido estava a me observar, vestia uma blusa incrivelmente branca com uma calça preta, um lenço xadrez escuro envolvia seu pescoço encobrindo um pouco da área abaixo de seus lábios. Leves olheiras apareciam por trás do óculos fazendo Joker aparentar ter perdido um ou dois quilos.

"Oque está fazendo aqui?" ele perguntou secamente reprimindo seus movimentos enquanto se aproximava, estava como um animal corseado, se me concentrasse o bastante conseguia sentir que ele estava com... medo?

"Joker, estou preocupada com você, não lhe vejo faz dias. Você está bem?" perguntei encostando em seu braço, ele rapidamente saiu de perto se esquivando entre os poucos moveis do lugar.

"Eu estou bem. Obrigado." Sua frase saiu como se tivesse sido gravada, não se dava para acreditar em nenhuma de suas palavras.

"Que sangue é esse? É o seu?" perguntei retirando a faca da mesa e a entregando, ele riu fraco assim que pegou a faca.

"Está ficando boa nisso Jasmin, sabe até o que é sangue de demônio." Ele brincava com a faca na mão, pressionando o dedo tão forte na ponta que sangue escuro brotou "A criança amaldiçoada."

"Porque retirou sangue de si mesmo?" perguntei me aproximando dele, alisei seu rosto com a palma de minhas mãos, passei pelos seus lábios com a ponta de meus dedos e senti vontade de arrancar aquele lenço "Oque há atrás deste lenço?"

"Nada que importe." Ele falou segurando minhas mãos, puxou-me para mais perto e selou nossos lábios, tudo continuava como sempre, seus lábios macios e doces, a sensação de voar e o barulho dos fogos de artificio em minha mente.

"Conseguiu oque desejava?" questionei o fazendo ficar confuso "Sobre as armas contra os Baalihans."

"Você é minha namorada e Angeli já sabe de tudo então posso lhe contar. Há uma planta chamada Sinusfernus, sinos do inferno, ela é fatal para demônios, logo conseguiria aniquilar uma raça como a dos Baalihans." Ele falou alisando meu rosto, seu semblante era vitorioso mas a culpa e tristeza estava a se esconder por trás de tudo aquilo.

"Joker, você está testando em si mesmo? Joker, você é louco ou o quê?" Gritei enfurecida, eu sabia a resposta mas precisava ouvi-la de seus lábios.

"Todos nós precisamos nos sacrificar pelo o que acreditamos e outra, são pequenas quantidades, não fazem tanto efeito em mim mas foi capaz de matar um Baalihan preso na guerra." Ele respondeu como se não importasse, impulsivamente puxei o lenço de seu pescoço.

Campum FlorumOnde histórias criam vida. Descubra agora