01-La maison de Rostov

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Mesmo depois de anos, os habitantes de
Ruse ainda chamavam a enorme mansão no alto da colina de "A mansão dos Rostov" mesmo depois de vários anos que nenhum Rostov morava ali.

Ainda pairava sobre a mente de todos a lembrança do dia em que a empregada da enorme casa chegou de manhã para trabalhar e encontrou o corpo do Sr. e da Sra. Rostov no chão junto ao de seu filho, Lucien.

Nenhum dos habitantes lamentou já que os Rostov sempre foram demasiado metidos, mas todos do pequeno vilarejo ainda comentavam quando faltava fofoca para ser comentada.

Muitas familias haviam morado ali naquela casa, mas nunca passavam mais que algumas semanas, apenas o velho jardineiro, Nikolai Yordanov, um pobre homem que havia perdido sua perna na guerra. Era velho, tinha entre sessenta a setenta anos e na opinião de todos do pequeno vilarejo era um homem muito esquisito ao ponto de causar calafrios nas pessoas que passavam por ele.

O atual dono da Mansão dos Rostov nunca havia ido até a casa, mandava apenas uma certa quantia para o jardineiro cuidar dos jardins que era a única coisa que parecia se manter em bom estado naquela casa cujo teto estava caindo e havia pedaços de madeira tampando as janelas e impedindo a luz de entrar na casa. O boato que era sussurado no povoado era de que o dono mantinha a casa por causa dos "impostos" embora ninguém entendesse muito bem o que isso queria dizer.

O maior problema de Nikolai, no entanto, não era o mato que crescia nos jardins e muito menos a hera que crescia em torno da casa, mais sim os garotos do vilarejo que passavam pela casa e atiravam pedras nas janelas e portas. Umas duas vezes dois deles haviam arrombado a casa para ganhar uma aposta. Sabiam que o vekho Nikolai era muito dedicado a propriedade e ve-lo mancando com sua bengala para cumprir com seu trabalho fazia eles darem gargalhadas altas.

Foi a perna dura dele que o acordou naquela manhã, o sol ainda não havia nascido quando ele ouviu um ruido na casa dos Rostov. Com a ajuda de sua bengala, Nikolai levantou-se de sua casa velha e ainda com vestes de dormir usando uma vela, ele caminhou até a casa dos Rostov.

Ao abrir se aproximar da porta, notou que não havia qualquer sinal de arrombamento, ele não tinha telefone e por isso não podia ligar para a polícia, além disto, não confiava na polícia desde de que ele havia sido levado e acusado de matar a familia Rostov em "circunstâncias misteriosas", mesmo jurando inocência ele teve de ficar uns cinco meses dentro da prisão enquanto o inquerito era feito.

Ele abriu a porta da cozinha com a chave mestra; ali encontrou um lugar cavernoso que ele não entrava a bastante tempo. Em meio a luz mal iluminada, ele tateou a porta do corredor havia uma porta aberta de onde uma luz não muito forte saia.

Ele agradeceu a poeira presente nas escadas e no piso, pois isto abafava os sons de sua bengala no piso velho. No patamar, Nikolai virou á direita e viu imediatamente onde se encontrava os invasores: no finalzinho do corredor havia uma porta entreaberta de onde a luz fraca saiu, que

projetava uma longa nesga dourada no chão escuro. Nikolai foi se aproximando devagar enquanto segurava firme em sua bengala. A alguns passos da entrada, ele conseguiu entrever uma faixa estreita diante do quarto.

O fogo estava acesso na lareira. O que foi uma enorme surpresa para Nikolai. Parou e escultou com atenção, porque uma voz masculina falava dentro do quarto; ela parecia timida e nervosa.

— sobrou um pouco na garrafa, meu senhor, caso ainda esteja com fome.

Nikolai pois timidamente a orelha na porta tentando ouvir melhor. Ouviu o tinido de algo de vidro, provavelmente era a garrafa, sendo colocado em uma superficie dura, depois ouve o som de uma cadeira pesada sendo arrastada pelo chão. O jardineiro viu de relance um homem alto de cabelos platinados, de costa para a porta, empurrando a cadeira conforme era pedido. Usa roupas pretas e tinha algumas sujeiras atrás da cabeça. Depois o homem desapareceu de vista.

Legacies ~ Vol. IV Onde histórias criam vida. Descubra agora