Dear diary (Romance gay)

Capítulo 10 "Tied"

~Ehren~

Os meus olhos lentamente se abriam, julgados pelo local iluminado que me ofuscava.

- Ah, finalmente o menino prodígio acordou...

Eu conhecia aquela voz feminina.

- Não vale a pena tentares soltar-te! Essas cordas são do mais forte que há e os teus braços e pernas não sou assim tão fortes pois não?

- Eras tu que me estavas a seguir no cinema não eras?

- Quem mais poderia ser?- disse ela, tirando um x-ato de uma secretária ali perto.

- O que pensas que consegues com isto Kim?- perguntei, tentando soltar-me.

- O mesmo que consegui com o Soren...

- Foste tu que...?

- Eu avisei-o para ele não se aproximar do Tyler, mas ele não quis ouvir e aí sofreu as consequências! Eu faço tudo para ficar com aquilo que quero...- disse ela interrompendo-me.

- Tu és louca? Tu mataste uma pessoa inocente!

- Eu não o matei! Simplesmente lhe dei uma ajudinha para tal...

Ela tirou a lâmina do x-ato e rasgou a minha camisola.

- E agora vou fazer-te o mesmo que fiz com ele... Vocês até são parecidos, pode ser que tenham o mesmo destino!

- Tu não vales nada Kim... Vê se entendes, o Tyler nunca vai gostar de alguém como tu!

- Cala-te paneleiro!- disse ela, dando-me uma chapada.- Ele ama-me e ele nunca gostou de paneleiros como tu e o outro... Eu tinha-o na mão e bastou tu apareceres para estragares isso... Agora vais sofrer as consequências!

Ela tremia de raiva.

Subitamente sinto um golpe que vai desde o meu peito até à minha barriga, na diagonal. O sangue começou a escorrer.

- E agora para terminar os pulsos!

Ao levantar a minha mão eu consegui soltar-me.

- Kim, tu vais parar à prisão por agressão e tentativa de homicídio a dois menores.- disse eu segurando-lhe o braço e torcendo-o, fazendo com que ela fosse ao chão, soltando o x-ato.

- Larga-me seu paneleiro de merda! Eu vou matar-te!

Sangue começou a ser expelido da minha boca. Eu estava a começar a enfraquecer...

Senti um empurrão e fui parar contra a secretária.

- Morre aqui sozinho!- disse ela, atiçando fogo aquele sítio estranho.

Eu peguei no meu telemóvel e chamei os bombeiros.

Tentei marcar o número do Tyler, mas não conseguia. Era tarde demais... Eu estava a perder demasiado sangue, os meus olhos começavam a desfocar e as mãos a tremer. Eu estava a morrer lentamente...