Capítulo 4 "Friends dinner" parte 2

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~Tyler~

Já tinhamos chegado ao nosso destino. Uma senhora simpática abriu-nos a porta e cumprimentou a minha mãe. Quando me cheguei perto da porta, a senhora cumprimentou-me e pediu-me para entrar.

- Sra. Crown, este é o meu filho Ehren.- disse a Sra. Braveheart guiando a minha mãe até ele.

Ele estava bem vestido. Usava uma T-shirt branca fina com um casaco de algodão preto e umas calças de ganga um pouco escuras. Os Merrel acentavam-lhe que nem uma luva. Aproximei-me dele para o cumprimentar, mas ele recuou um pouco para trás.

- Tyler Crown, prazer.- disse eu, esticando o braço.

Ele envergonhado esticou o braço e apertou a minha mão muito levemente. Subitamente um homem desceu e ele recuou um pouco mais, largando-me.

- Agora que está tudo reunido, vamos iniciar o jantar!

Pelos vistos não era só a minha mãe que tinha mão para cozinhar. O jantar estava divinal! O Sr e a Sra. Braveheart eram muito simpáticos, uma jóia de pessoas até. Já o Ehren era tímido e cheio de mistérios. Subiu mais cedo para o quarto, porque acabou o jantar mais depressa e decidiu deixar os adultos falarem sobre os seus assuntos na sala. Eu tinha algo a entregar-lhe, algo que não era meu e que pelos vistos ele ia necessitar... Subi as escadas e procurei pelos quartos todos. Foi então que vi um quarto com a porta encostada. Fui até lá e bati à porta.

- Sim, quem é?- disse ele tirando os fones que tinha nos ouvidos.

Ele olhou para a porta e quando reparou que era eu, revirou os olhos e corou.

- Hoje quando saiste da casa de banho naquele estado, deixas-te cair isto.- disse eu tirando o diário dele da minha mochila e entregando-lho.

As nossas mãos tocaram-se por um breve momento. Ele tirou o diário rapidamente da minha mão e guardou-o novamente na mala. Um breve momento de silêncio instalou-se no quarto e eu não sabia o que dizer. Decidi quebrar o gelo.

- O que era aquele sangue todo Ehren?

Ele olhou para mim, furioso.

- Não te interessa!

- Diz-me, há quanto tempo tens essa doença?

- Tu leste o diário?

- Não era minha intenção mas...

Ele levantou-se da cama e fechou a porta, para ninguém ouvir a conversa.

- Desde que nasci, mas só começou a manifestar-se aos meus 14 anos.

Eu fiquei ali parado a olhar para ele, engolindo a seco.

- Nem tu nem ninguém percebe o que é ter este tipo de doença. Se eu for ao médico, eles vão estudar-me como um rato de laboratório e nunca me vão deixar em paz!

- Mas assim tu vais...

- CALA-TE! Tu não compreendes!- disse ele empurrando-me com a mão de tanta raiva ter.

Eu agarrei a mão dele. Ele fez tanta força para a tirar, que acabou por me derrubar e cair em cima de mim. Estávamos ali só nós os dois, frente a frente.

- Acho melhor ficarmos por aqui...-disse ele levantando-se e sentando-se na cama olhando para os pés, envergonhado e corado.

Levantei-me, peguei na minha mochila e fui direito à porta. Quando desci do quarto já eram horas de ir embora e eu estava ansioso para me deitar na minha cama.

Dear diary (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora