~Ehren~
Aos poucos eu sentia o meu coração bater. A minha respiração começava a ficar controlada, mas os meus olhos continuavam fechados. Tentava mexer o meu corpo, para demonstrar sinais de vida, mas foi em vão. Apercebi-me que estava alguém ali, a falar. Tentei concentrar-me, mas os meus ouvidos faziam com a voz dessa mesma pessoa parece distante. Sentia um toque na mão, quente e delicado. Aos poucos começava a tomar conta do meu corpo. Os meus ouvidos aproximavam a voz aos poucos, até que esta se tornou "clara".
- Ehren Michael Detroit Braveheart, aceitas fazer de mim o rapaz mais feliz do mundo e namorares comigo?
Deixei de sentir o toque e senti algo frio escorrer-me pela mão. Ele estava a chorar...
Os meus olhos abriram. Ele caminhava até à porta e por impulso a minha voz tomou lugar, fazendo-me quase gritar.
- Sim, eu aceito...
O seu corpo parou e tomou uma forna estática. Este, virou-se e acelerou o passo, abraçando-me fortemente.
- Tive saudades tuas...- disse-lhe limpando-lhe as lágrimas.
Ele sorria e abraçava-me fortemente. Ele é a única pessoa que me consegue reconfortar.
- O que aconteceu?- perguntei eu ao ouvido, tentando não estragar o clima.
- Eu disse aos médicos que tu tinhas a doença...
Já me lembro... Aquela vaca louca ia-me tirando a vida.
- Eu não podia deixar-te morrer Ehren, descul...
Eu calei-o, pondo o meu dedo nos seus lábios.
- Shiu... Eu agradeço por me teres salvo.- disse eu, sorrindo.- Esqueci-me de te dar algo no sábado.
Ele olhou para mim um pouco confuso.
- O quê?
Lentamente eu fazia-o aproximar-se mim (eu nem acreditava que estava a fazer aquilo!). Aos poucos a nossas bocas encaixaram, fazendo do beijo, um beijo quente e desejado. As minhas mãos permaneciam carinhosamente na sua cara, que aos poucos me faziam levar pelo beijo. Ambos estavamos a ficar sem respiração e delicadamente encostamos as nossas testas uma à outra. Ele sorria e abraçava-me. Ele era perfeito.
O tempo passou. Ele ficou lá o tempo todo, até quando os meus país e a minha irmã souberam que eu acordei do coma. Iam-me quase matando. Enfim...
Pouco tempo depois tive alta e finalmente pude ir para casa.
- Bem-vindo de volta coração...- disse a minha irmã, abraçando-me.
- Obrigado mana...- disse abraçando-a também.
- Bem, tenho de ir andando... Sei que ficas em boas mãos, por isso, fico descansada...
Ela estava a referir-se ao Tyler.
- Juizo!
Nós sorrimos e ela fechou a porta. Bem, os meus pais estavam de volta ao trabalho a minha irmã tinha-se ido embora. Sim, eu e ele estávamos sozinhos! Isso significa que...
- Bem, vamos ver um filme?
- Claro, porque não?- disse ele, esfregando-me o cabelo.
Um filme romântico para um casal romântico.
Encontravamos-nos no meu sofá, onde eu tinha a cabeça nas pernas dele. O clima estava a ficar realmente muito quente e eu não aguentei mais. Desliguei a televisão e comecei a beija-lo. Os nossos beijos trocavam uma dose de desejo profundo, o que os fez ficar mais intensivos. Ele pegou-me ao colo e subimos para o quarto. Ele pousou-me levemente e fechou a porta. Quando o fez, olhou para mim e mordeu o lábio. Ele estava a provocar... Mas meu Deus, como ele é perfeito!
Aos poucos fomos-nos aproximando e novamente as nossas bocas colidiram. Todo o desejo era mais forte, o que me fez atira-lo para cima da cama. Coloquei-me por cima dele e tirei-lhe a camisola, fazendo-me ele o mesmo. Aos poucos foi-me beijando pelo pescoço, passando para o peito e descendo a minha barriga, acabando do meu "membro".
- Humm...- disse eu, descuidadamente.
- Não estás pronto? Se quiseres podemos...
- Não tonto, continua! Senti um arrepio, só isso...
Eu não sei se estava pronto ou não, mas eu confiava nele e tinha a certeza de que ia correr tudo bem.
Pois bem, vou deixar que imaginem a nossa primeira noite de amor.
"Querido diário,
O Tyler foi talvez a melhor coisa que me aconteceu... Por tanto pensei que fosse ficar sozinho e morrer sem qualquer propósito na vida, mas foi graças a ti que tudo isso mudou e estou-te realmente muito grato. Talvez isto não seja uma despedida, uma vez que eu tenciono continuar a escrever, porque tu és realmente um bom confidente, aliás, o meu bom confidente de confiança!
Com amor,
Ehren Braveheart".
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Dear diary (Romance gay)
RomansaEhren é um rapaz de 16 anos que sofre de uma doença desconhecida no quadro médico mundial. No seu dia de anos, Ehren recebe um diário que faz entrar Tyler na sua vida e apartir daí tudo mudará.