Relatos de um viajante PG 01

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Relatos de um viajante

Que horas são? Não Sei... Olho para o meu bolso esquerdo, tento pegar meu relógio de bolso que está no mesmo, tenho dificuldades pois estou, de certo modo, alcoolizado. Por quê estou bêbado? Foram só dez canecas de cerveja, ô merda! Com certo grau de dificuldade consigo retirar meu relógio do bolso. Essa meia armadura
gelada está me dando um ataque de hipotermia, céus, como esta frio.

— Merda de tempestade e merda de taberna! — Falo em voz alta. Por quê eu fui me abrigar logo aqui? Agora estou bêbado e liso sem nem dez tostões no bolso. Insisto no relógio de bolso, logo o removi, de meu bolso esquerdo meio obstruído pela espada, maldito pedaço de ferro. Levo meu relógio de bolso até próximo do meu rosto em seguida solto o balcão do taberneiro, no qual me segurava com minha mão direita, direciono a mesma até o relógio. Tento abri-lo, quando não consigo, perco o
equilíbrio pois o maldito álcool havia roubado minha lucidez, por fim, acabo caindo de costas do banco de madeira envernizada no qual estava sentado. O maldito chão gelado de pedra umedece meus cabelos ruivos, talvez com o meu sangue, já que minha cabeça dói, ou talvez só esteja lamacento pelo fato da taberna estar lotada de malditos saldados bêbados, desse infeliz reino gelado.

   Algo bate na porta da taberna com certo grau de brutalidade. O taberneiro diz:
— Já estou indo! acalme-se — O pequeno taberneiro, (acho que ele é um anão, ou espécie de gnomo, não sei. Aquela pequena criatura está meio embaçada, ao meu ver) sai de trás do grande balcão de verniz envelhecido e surrado no qual eu não deveria ter me soltado, e se direciona há porta com passadas apressadas.

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