Capítulo 14

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- Rivai -

Meu nome é Rivaille Ackerman, sou um ex-neurocirurgião e bastante conhecido por criar algumas das armas mais mortais da minha geração. Mas acima de tudo isso, eu sou visto como um dos maiores gênios da história. Meu ato mais marcante? Eu criei a teoria que mudaria tudo o que já sabíamos. Eu criei a teoria da viagem do tempo. E graças a isso, sinto que meus dias estão contados.
Meu marido, Eren Jaeger, mais conhecido como Rogue, permanece desacordado depois de sofrer um grave acidente por um erro meu. E enquanto ele dorme, eu estou ao seu lado, escrevendo essa mísera carta enquanto tento buscar alguma solução para me salvar. Mas eu sei que isso será em vão, então ai é que entra minha verdadeira motivação para estar escrevendo isso. E é daí que começarei a explicar tudo.

- Flashback (Dezessete anos atrás) -

Desde muito pequeno demonstrei ter um alto QI, e isso resultou em eu virando o xodó da família inteira. A pessoa qual todos se orgulhavam de dizer que era de sua família, e eu até gostava um pouco de toda a atenção que recebia. Principalmente dos mimos extravagantes que recebia do meu pai e avós. Eu era o motivo de orgulho deles... Eu sempre fui.

Por ter um QI acima da média, eu havia terminado a escola com a idade de dezesseis anos. E para que não ficasse sem fazer nada, meu pai me matriculou em cursos de física e engenharia elétrica, numa tentativa fútil de testar onde iria meus limites. E mais uma vez, surpreendi a todos quando consegui estudar em um bimestre inteiro tudo o que cairia ao longo de um ano, tendo a maior nota da universidade em que estive, então desisti. Abandonando a universidade no terceiro mês.

Aos meus dezessete, meu pai concordou de bom grado em me colocar em Harvard para que eu fizesse o que eu queria. E por incrível que pareça, eu havia me interessado na área de medicina neurocirúrgica. E tão fácil quanto entrei, mais fácil concluí meus ensino e entrei na área como um neurocirurgião, que com dois anos de trabalho, havia feito mais de quarenta cirurgias de alto nível de complexidade. Infelizmente, eu enjoei pouco tempo depois.

Aos vinte e sete, eu queria trabalhar no governo assim como meu pai, mas nenhuma área em específico realmente havia me interessado. Então, decidi que voltaria a estudar mais a fundo física e engenharia elétrica, dessa vez aumentando um pouco mais minha lista ao adicionar também um pouco de Astrofísica por hobbie.

Depois de dois anos de estudo, deixando astrofísica de lado por enjôo, fui contratado pelo presidente Elrick para ser um dos colaboradores para as forças armadas do país. E dessa vez, eu sentia que havia encontrado meu lar em meio a todos aqueles cálculos, então aceitei sem questionar a oferta. Afinal, minha mente tão jovem só queria desenvolver tudo o que eu sabia, sem interesse algum no dinheiro que receberia em troca.

E quando cheguei aos trinta, completamente desacreditado que encontraria meu companheiro, o destino finalmente resolveu dar as caras. E na hora exata que eu sairia pro meu horário de almoço, ele estava lá. Tão sério, tão indiferente com todos ao seu arredor... Mas seu olhar fixo em mim me incomodou. Era óbvio que ele estaria desacreditado por eu estar trabalhando ali!

"Vai continuar me olhando?!" questionei irritado, ganhando em troca um baixo "ops".

Franzindo o cenho, o encarei com desconfiança. "Quem é você mesmo? Nunca te vi por aqui."

"Vai ser melhor se continuar não sabendo." piscou para mim, fazendo meu coração bater acelerado. Quem era aquele homem?

E depois de um grande silêncio no elevador, percebi que ele usava meu primeiro protótipo da pulseira que criei.

Prestes a mudarOnde histórias criam vida. Descubra agora