Capítulo 3

791 137 59
                                    

Assim que a porta se abriu, aquele que provavelmente seria um novato pela falta de maturidade no emprego, falou: "Um omega?" 

Forçando um sorriso ladino, cruzei os braços sobre o peitoral antes de rebater com sarcasmo. "Um novato? Sério?"

Não se passou muito tempo desde que entraram, e logo Rogue chegou, tendo conseguido se arrumar em tempo recorde.

"Algum problema aqui?" questionou de forma monótona, agindo como um segurança.

Sabendo o que poderia acontecer caso Rogue entendesse toda a situação errada, suspirei antes de me levantar, pondo as mãos dentro dos bolsos do meu jaleco. "Nenhum, amor." dito isso, voltei minha atenção para os convidados.  "Bem, como eu ia dizendo... Novos projéteis estão finalizados com mais tecnologia e alto nível de destruição." 

Enquanto eu falava, explicando cada mínimo detalhe para que não houvesse dúvidas, Rogue veio até o meu lado com uma feição entediada, já preparado para começar a exposição de tudo.

"Irei começar pelas pulseiras." disse, um pouco mais animado do que o planejado. Mas quem iria me criticar? Aquelas belezinhas eram meus mais novos xodós. "Eu implantei a mais alta tecnologia em cada uma delas para que a mudança de roupas e armamento seja rápida." 

Com a finalização da primeira explicação, Rogue tomou a frente e tocou no botão de sua pulseira, não demonstrando nenhuma surpresa quando a mesma falou de forma robótica:"Roupa de combate: Ativada." 

Após isso, uma luz saiu da pulseira e cobriu todo o seu corpo, uma vez que desapareceu, ele estava com uma roupa de combate e um fuzil em mão.

"Como o senhor pode ver, Presidente, é um ótimo negócio. Irá facilitar bastante a vida de seus subordinados no exército." dito isso, não consegui evitar de sorrir ao tocar no ombro do Rogue, lhe passando confiança.

Ele retira o capacete e me encara com relutância, como se pedisse para eu ter mais cuidado, já que eu meio que tinha começado tudo sem ele. E ele odiava isso. Principalmente quando tinha agentes do presidente envolvidos, ele ficava ainda mais protetor do que normalmente era.

"Seu preço?" perguntou, bastante interessado no produto. Seu olhar o entregava, era um livro aberto e Rivai não podia deixar a chance passar.

"Se comprar todas, faço por quinhentos milhões. E nem me olhe com essa cara, essas belezinhas me fizeram trabalhar duro." disse, dessa vez em um tom mais profissional e direto.

Ainda encarando-me por alguns segundos, ele desviou o seu olhar para o outro homem, um senhor de idade. "Senhor Presidente?" 

O mesmo ao ter toda a atenção voltada para si, apenas suspirou enquanto coçava a barba rala. Ele tinha seus olhos fechados, pensando com bastante cautela embora aquele armamento fosse perfeito. Assentindo depois de alguns segundos em silêncio, falou: "Feito. E quais são suas outras armas?" 

"Isso é algo muito bom de se ouvir..." brinquei, já dando espaço para que Rogou começasse seu serviço na montagem.

"Não sou idiota de não comprar as suas armas. Sua inteligência é capaz de romper barreiras, jovem." falou educadamente, me pegando um tanto quanto de surpresa por causa da nossa relação turbulenta. Embora fôssemos produtor e comprador, havia muitos aspectos que não batia e isso por si só gerou muitas desavenças.

Sem esperar pelo meu pedido, Rogue, que já havia voltado para suas roupas normais, foi até a mesa que nos separava e pegou a primeira arma que viu.

"Essa é uma pistola semi automática nove milímetros. Bonita, não é?" falei ao apertar no botão de minha pulseira.

Eles olham na direção esquerda, onde um alvo havia saído do chão e junto dele uma mesinha com fones ocultador de som. "Sejam rápidos, por favor." os peço, já colocando meu próprio fone assim como Rogue.

Prestes a mudarOnde histórias criam vida. Descubra agora