Capítulo 17

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Notas da autora: Primeiro de tudo, eu peço desculpas pela demora. Eu estou com um bloqueio horrível, mas deixei uma surpresinha para vocês, espero que isso sirva como um pedido de desculpas kkkkklkkkk bem, como já devem saber (já que falei tanto), essa fic está em seus últimos caps. Aproveitem, amores. E outra, muito obrigado por tudo, tamo juntos❤ obs: N corrigi o lemon por preguiça, mas depois dou uma olhadinha e corrigirei. Boa leitura❤

Sentimento de impotência? Possivelmente. Ou melhor, era claro que ele sentia isso. Ver Rivai ir se esforçando cada vez mais sem poder ajudá-lo em nada, era algo que Rogue odiava com toda a sua força. E agora, olhando bem para sua mão gélida, ele tinha certeza que não poderia continuar mais desse jeito. Fechando-a em punho, ele levantou seu olhar na direção de onde Rivai estava. Franzindo seu cenho suavemente, ele mordeu seus lábios e ameaçou levantar-se quando de repente Rivai se segurou na mesa para não cair.

"Opa." brincou com sua situação, forçando um sorriso para tentar aliviar a tensão óbvia no ar por meio do Rogue. "Acho que deveria me sentar, não é?"

"Rivai, já chega." pediu ao se levantar de onde estava sentado, indo na direção do outro com calma. "Foram mais de doze horas. Você está nessa há dias. Precisa descansar. Mesmo que seja um pouco."

Desviando seu olhar, Rivai decidiu não falar nada e então voltou sua atenção para o quadro. Havia cálculos em cima de cálculos, teorias em cima da sua antiga que finalmente o fez enxergar o que precisavam. E enquanto o mesmo observava suas anotações, Rogue parou bem atrás de si. Segurando em sua cintura, ele sentiu o menor endurecer com seu toque. "Já chega por hoje. Por favor, Rivaille."

Abaixando sua cabeça, Rivai olhou para seus pés na intenção de não ter que olhar para o Rogue, já que sabia que, caso fizesse, o escutaria. Ele não era idiota, ele sabia que precisava de descanso. Seu corpo gritava e implorava por isso, mas ele simplesmente não o ouvia. Ele só queria terminar com tudo isso e ficar livre e em paz, mas aparentemente, não era isso que aconteceria. Ele estava mentalmente exausto, mais do que na forma física. Mas ele não conseguia parar, sua cabeça parecia ir a mil por segundo.

Com sua vista embaçando, Rivaille tentou se segurar novamente em algo, mas acabou caindo contra o Rogue, que o segurou com todo o cuidado de imediato.

Franzindo o cenho, Rogue observou a forma pálida na qual Rivai se encontrava quando desmaiou em seus braços. Sentindo seu coração apertar com a sensação de inutilidade, Rogue olhou em volta na intenção de procurar algum canto para  colocá-lo, suspirando aliviado pelo fato de ter um pequeno sofá próximo de onde estavam. Com bastante dificuldade, ele segurou no Rivaille pela cintura e o arrastou até onde ficava o móvel. Quando o colocou lá, caiu ao seu lado de joelhos com sua respiração ofegante. Maldição! Ele ainda estava muito fraco.

Voltando sua atenção para a feição do outro, Rogue sorriu de uma maneira exausta. "Vai ficar tudo bem, amor... Eu prometo." murmurou ao fazer um carinho em seu rosto, deitando a cabeça próxima de sua barriga logo depois. "Eu vou te proteger. Não precisa ter medo."

Escondendo seu rosto no seu próprio braço, Rogue lutou contra suas lágrimas em prol de se manter forte nessa situação. Ele já havia chorado, não tinha motivos para chorar novamente. Foi o que ele pensou quando suas lágrimas escorreram pelo seu rosto. "Eu estou com medo." admitiu em voz alta, o que lhe rendeu um grande nó na garganta. Mordendo seus lábios com força, ele tentou abafar um soluço alto quando a verdade dita ecoou por sua mente.  "Eu preciso de você, Rivai... Se eu te perder... Eu estou com muito medo. Não posso te perder."

Rogue sentia-se como se estivesse prestes a entrar em pânico. As memórias de sua vida ao lado do Rivai enchiam sua mente, e por um momento, ele teve que se controlar para não xingar-se alto por não ter dado mais valor naquela época. Agora, que sabia das chances de não vê-lo nunca mais, Rogue sentia falta dos planos que criaram juntos. Rivaille se aposentaria, eles iriam morar numa casa de praia e teriam filhos... Ah, como ele se odiava por nunca realmente ter colocado fé e ter ajudado o Rivai a concretizar ao menos um daqueles planos. Se ao menos tivesse concordado antes... Com certeza muitas coisas não teriam acontecido.

Prestes a mudarOnde histórias criam vida. Descubra agora