* Capítulo Setenta (continuação) *

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Edward narrando....

- Como você foi capaz de me trair com aquela vagabunda? - Lauren berrou assim que voltei para sala de estar.

- Primeiramente eu não te trai porque nós nunca tivemos nada! - eu disse observando o olhar incrédulo no rosto da mesma.

- Segundamente, a única vagabunda que eu tô vendo aqui é você, uma vagabunda histérica, o que é pior ainda!

- Ela nem é bonita! - berrou descontrolada

- Olha pra mim e olha pra ela Edward, todos meninos da escola me querem, eu só gostosa pra caralho! - berrou novamente e eu a ignorei.

- O que ela tem que eu não tenho? Me fala! - perguntou vindo em minha direção

- Responde! - gritou

- Você é fácil, Katherine não, sabe quanto tempo eu conheço ela? Cinco anos e sabe quando que a gente foi transar?  Só hoje! - disparei observando o olhar de ódio da ruiva repousando em seu rosto.

- Foi o melhor sexo da minha vida, e saber que eu fui o primeiro dela aaah Lauren, você não sabe como isso é bom! - sorri malicioso ao me lembrar de Katherine debaixo de mim gemendo meu nome.

Nem tive tempo de aproveitar minhas lembranças quando a mão de Lauren voou em minha cara.

- Eu juro pra você que vou me vingar!

- Com tanto que você suma da minha frente, eu não ligo! - respondi abrindo um sorriso falso para mesma.

- A porta da rua é serventia da casa! - falei enquanto apontava para a porta.

Lauren bufou fortemente antes de sair marchando em direção a porta.

- Mano, você não acha que pegou muito pesado com ela? - Andrew perguntou sustendo meu olhar

- Eu já estava de saco cheio dela no meu pé, espero que ela esqueça que eu existo!

                      《    》

Katherine narrando:

Eu estava decidida a ir na maldita farmácia.

Com todas essas coisas acontecendo eu não tive tempo de pensar na possibilidade de engravidar.

O diretor é um mala, homofóbico, e um cuzão mas ele tinha razão pelo menos na parte das pílulas.

De uma coisa eu sabia, depois que eu tomasse aquela pílula minha vida nunca mais será a mesma.

Eu não volto praquele colégio nunca mais, e quero ver minha mãe me obrigar, ela pode até tentar mas não vai conseguir.

Eu já aguentei muita coisa por ela naquele colégio e também pela memória de meu pai, mas agora que ele está morto e ela mal liga pra mim porque eu deveria me importar?

Eu estava andando pelas ruas de minha cidade a procura da farmácia mais próxima quando meu celular tocou.

Eu não queria atender mas atendi porque era o nome de Josi que apareceu na tela.

- Alô?

- Miinha menina, você tem que vir para casa agora mesmo, sua mãe está fora de si! - sua voz estava ofegante e eu podia ouvir as batidas de seu coração

- Como assim Josi, o que aconteceu? - questionei preocupada

- Ela recebeu uma ligação do seu colégio e começou a quebrar tudo feito uma louca, ela disse que se eu não fizesse você aparecer aqui em menos de cinco minutos eu seria despedida! - respondeu desesperada entre soluços

- Fique tranquila Josi, eu estou indo pra casa, tente não deixa - machucar a si própria enquanto isso por favor! - pedi antes de desligar o telefone.

Comecei a correr pelas ruas da cidade e acabei deixando a idéia da pílula para lá, Josi era mais importante para mim.

Afinal o dia só tava começando e eu ainda teria tempo de sobra para comprar essa maldita pílula.

Cheguei em casa ofegante ao me curvar até meu joelho respirando fundo a procura de ar.

Ouvi os gritos de minha mãe e rapidamente abri a porta e fiquei completamente assustada com a situação que me deparei.

A casa estava completamente batucada e minha mãe estava descabelada e parecia uma louca com um olhar completamente sombrio em seu rosto.

- Mãe...- minha voz saiu falha

- O que está acontecendo? - perguntei preocupada chamando sua atenção para mim

- Filha! - ela chamou meu nome vindo em minha direção

- Minha filhota! - ela dizia enquanto me tomava em seus braços.

- Eu estou aqui mãe, o que ouve? - retribui seu abraço tentando não sentir medo de minha própria mãe

- Eu sei de tudo! - ela disse passando a mão em meu cabelo delicadamente

- O diretor me contou tudo! - disse por fim ao se afastar de mim sem quebrar nosso contato visual

- Mãe....

- Você não tomou a pílula não é? - perguntou me fazendo encara - la com as sobrancelhas erguidas.

- Eu não tive tempo, Josi me ligou e...

- Ainda bem! - ela me interrompeu me abraçando novamente e eu fiquei completamente confusa

Não era pra ela surtar?

- Como assim mãe, não estou te entendendo! - disparei ao me afastar da mesma

- Você está com um diamante em sua barriga, ele é a chave pro nosso tesouro! - ela dizia com os olhos esbugalhados

Se eu não a conhecesse bem diria que ela era uma das pessoas internadas do hospício.

- Mãe eu posso não estar grávida, e mesmo se eu estiver eu vou comprar a pílula e...

- Não, você não vai! - berrou me fazendo olha - la assustada.

- Você não decide isso mãe, quem decide sou eu!

- Não, você não decide porque é uma criança ainda mas a mamãe sabe o que está fazendo e eu vou garantir que você tenha esse bebê! - ela dizia enquanto passava a mão em minha barriga.

- Você está louca se acha que pode me obrigar a isso! - berrei sentindo lágrimas em meus olhos

- Você está enganada querida, eu posso sim! - ela disse antes de começar a me puxar para meu quarto brutalmente

- Me solta, socorro Josi, não deixa ela me prender! - eu gritava desesperadamente pedindo por ajuda mas Josi só conseguia chorar assim como eu.

Minha mãe era mais forte que eu e Josi juntas, ainda mais por Josi ser uma senhora de idade, as cosias eram mais difíceis ainda para ela.

Chegamos ao andar de cima e eu continuei tentando me livrar dos braços de minha mãe que me seguraram com firmeza ao me jogar dentro do quarto.

- Me tira daqui! - gritei ouvindo a porta ser trancada

Rapidamente me levantei do chão indo em sua direção.

- Eu estou fazendo isso para seu bem querida, só tem que ficar aí até anoitecer até depois da hora que a pílula não fará mais efeito! - ela dizia enquanto eu batia na porta desesperamente

- Você não pode fazer isso comigo mãe, por favor! - implorei caindo no choro

- Vai dar tudo certo depois de hoje querida, vou orar muito para ter um Edward Junior em sua barriga! - ela disse por fim se afastando da porta.

- MÃE!






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