O Diário De Uma Nerd Esquisitona [Em Revisão]

* Capítulo Setenta e Seis (continuação) *

Edward narrando...

O caralho que eu ia deixar Katherine mandar em mim, eu nunca deixaria ela sair com outro cara sem antes ter certeza absoluta que ela ficaria bem.

Esse novato nunca me desceu pela garganta, ele chegou do nada na escola, e já foi logo em cima de Katherine como se ela fosse uma meta para ele.

O jeito que ele a olhava, era diferente da maioria dos caras, e com isso eu com certeza não quero dizer que seja uma coisa boa.

Eu dei um soco na cara daquele fodido e não me arrependi nenhum minuto, caras do tipo dele eu conhecia bem.

Foi por isso que eu segui Katherine e ele enquanto eles iam para suposta "sorveteria" e ainda bem que eu fiz isso porque como eu imaginei, não tinha porra de sorveteria nenhuma, oque só me deixou mais puto ainda.

Se Katherine fosse menos inocente com certeza as coisas teriam sido diferente mas ela era ingênua e só conseguia enxergar o lado bom das pessoas, e isso com certeza não é um elogio dadas as circunstâncias.

Observei o filho da puta parar em frente a um terreno abandonado na parte mais sombria e esquecida da cidade.

Poucos minutos depois ele carregava Katherine no colo desacordada a levando para dentro do maldito terreno.

Esperei que ele entrasse para depois segui - lo com cautela, eu queria pegar aquele desgraçado desprevenido só pras porradas que eu ia dar nele doerem mais.

Bati a porta do meu carro fortemente antes de segui - lo para dentro do local até então desconhecido para mim.

Assim que adentrei o lugar mal iluminado e com uma aparência nada agradável, me escondi atrás de uns dos moveis velhos que ali tinha e observei até o momento exato de agir.

Eu poderia ter agido logo de cara mas Katherine ainda estava desacordada e ele não explicou porque tava fazendo aquela merda toda.

Esperei até o momento da mesma acordar e observei o diálogo entre eles.

Ele estava falando um monte de merda por ela ter escolhido a mim e não ele e depois disso ele soltou a boca dela dando espaço para que ela falasse.

- Vai se foder seu psicopata de merda! - berrou ao cuspir em sua cara.

E eu só conseguia pensar em uma única frase para isso:

Essa é a minha garota!

O filho da puta ficou todo ofendido ao secar seu rosto imundo e eu adorei ver a cara de cu que brotou em seu rosto.

Eu estava quase aplaudindo a atitude de Katherine quando o filho da pitada deu um soco em seu rosto a fazendo cair sobre o chão.

Senti meu sangue ferver e minhas veias saltarem e com muito esforço me livrei da vontade de sair de onde eu estava para quebrar a cara daquele merda.

Calma Edward, ele vai receber tudo isso em dobro! - Meu consciente me alertava.

Ele falou mais algumas merdas e quando eu menos percebi suas mãos imundas já estavam puxando a roupa de Katherine.

Ela tentava se debater feito louca enquanto eu sobre saltei sentindo meu sangue ferver com nunca antes.

- FICA LONGE DELA FILHO DA PUTA! - berrei sentindo o ódio tomar conta de todo meu ser.

O desgraçado parou de toca - la, desesperado, procurando por minha voz e eu aproveitei para correr em sua direção.

Quando ele menos percebeu pulei em cima dele e não me segurei quando comecei a socar sua cara, depositando todo ódio que estava sentindo em meus punhos.

Katherine tentava gritar com o pano em sua boca o qual eu logo tiraria, mas eu não parei de socar o infeliz por isso.

- Você gosta de estuprar mulheres seu desgraçado? - gritei enquanto socava seu rosto.

- Pois você mexeu com a mulher errada filho da puta! - berrei sem poder controlar meus próprios punhos.

O sangue já tomava conta de seu rosto e minhas mãos já estavam doendo de tanto bater no desgraçado quando o mesmo desmaiou ensanguentado no chão.

Não perdi mais tempo com ele e corri para onde Katherine estava.

Soltei suas mãos primeiro e depois o pano que prendia sua boca.

Lágrimas caiam de seus olhos e sua respiração estava ofegante quando a envolvi com meus braços.

- Tá tudo bem anjo, eu tô aqui...tô aqui! - eu repetia a apertando em meus braços.

Fiquei esperando ela retribuir meu gesto mas por algum motivo ela não retribuiu, com certeza ela ainda estava em choque com toda essa situação.

- Edward....- ela sussurrou meu nome me fazendo encara - la.

- O que foi? Fala comigo! - pedi passando a mão pelo seu rosto machucado.

- Você...você matou...ele? - perguntou com sua voz que saiu falha enquanto ela encarava o corpo do covarde no chão com um olhar aterrorizado.

- Não não anjo, eu não sou assassino, ele só desmaiou! - eu disse colando minha testa na dela.

- Então foi por isso que você parou de soca -lo? Porque ele desmaiou? - perguntou se afastando de mim

- Não...claro que não...

- E se ele não tivesse desmaiado? Você ia socar ele até a morte? - perguntou sustendo meu olhar.

Seus ohar estava confuso e o medo ainda estava presente em suas pupilas dilatadas enquanto seus olhos ainda fitavam os meus.

Ela estava sentindo medo de mim?

- Anjo, independente do que tenha acontecido, ele ainda está vivo e você está salva agora eu....

- A questão não é essa Edward! - interrompeu me fazendo erguer as sobrancelhas.

- Então qual é a questão? - questionei

- A questão é que você não sabe controlar sua raiva! - disparou enquanto algumas lágrimas caiam em sua bochecha.

- Porque você está tão incomodada com minha raiva Katherine? - perguntei incrédulo - ESSE CARA TENTOU DE ESTUPRAR! - berrei

- Ele é um ser humano Edward, um ser humano! - berrou de volta - e eu sei que ele agiu errado, muito errado mas nada justifica você quase matar ele com suas próprias mãos! - gritou limpando as lágrimas que brotavam em seu rosto.

-Eu só queria te proteger!

- Isso é tudo, menos proteção! - ela disse enquanto se levantava

- O que quer dizer, eu não...eu não entendo...- eu disse completamente confuso, por algum motivo eu queria chorar pela primeira vez depois de tanto tempo.

- Eu quero dizer que você me faz mal, Oliver tentou me estuprar porque eu escolhi você, Dylan tentou me estuprar por causa de sua aposta idiota, eu estou farta! - berrou em prantos.

Levantei do chão e fui em sua direção sentindo lágrimas quentes em meus olhos.

- Não diga isso, eu te amo! - implorei limpando a lágrima em sua bochecha.

Senti suas mãos quentes em cima das minhas afastando - as lentamente de seu rosto quando ela disse:

- Isso não é suficiente para mim!