* Capítulo Cinquenta e Oito *

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Não pude deixar de fechar meus olhos quando senti o cheiro do perfume de Edward invadir minhas narinas.

Umedeci meus lábios com a ponta da língua quando seu rosto se aproximou do meu e automaticamente fechei meus olhos esperando seus lábios tomarem os meus.

Suas mãos tocaram meu rosto delicadamente e pude sentir seu polegar acariciar minhas bochecha quando seus lábios tocaram os meus.

Diferente dos outros beijos, esse era lento e nossas línguas quase não se tocavam, era um beijo calmo e cheio de desejo como se fosse a primeira vez que estivéssemos fazendo aquilo.

Edward mordiscou o lábio inferior arrancando um leve gemido de meus lábios.

O beijo aconteceu lento e profundo entre gemidos abafados, nossas línguas entrelaçavam urgentes, quentes, e molhadas.

O gosto doce de sua boca era um deleite de sensações e prazeres guardados onde apenas um beijo parecia pouco para saciar meus desejos secretos e impuros.

Ele intensificou o beijo mudando de ângulo, contornando com a língua o interior de minha boca em uma sutil provocação.

Não pude controlar minhas próprias mãos quando desenhei suas costas com movimentos delicados colando ainda mais nossos corpos.

Interrompemos o beijo por falta de ar enquanto buscávamos o oxigênio perdido.

- Nada mal pra uma nerd! - provocou ofegante me fazendo sorrir que nem uma idiota, por um minuto eu tinha até esquecido que estávamos na escola.

Ele se aproximou de mim se colocando a minha frente.

Fiquei encarando o mesmo até o momento que ele me pegou no colo e me colocou em cima de uma das mesas da sala.

- O que rola com o Oliver? - perguntou ao sustentar meu olhar

- Nada! - respondi ao erguer uma de minhas sobrancelhas sem entender sua pergunta repentina

- Não devia andar tanto com ele Katherine, as pessoas criam boatos! - alertou ao colocar um fio solto de meu cabelo atrás de minha orelha

- O quer dizer com isso? - questionei ao franzir a testa

- As pessoas ficam dizendo que vocês transam! - respondeu me fazendo encara - lo com os olhos arregalados

- Com "pessoas" você quer dizer seu amiguinho patético que tentou me violentar não é? - perguntei incrédula por ele ligar para o que uma pessoa como Dylan pensa ao meu respeito.

- Ele não é meu amigo Katherine, não mais! - me corrigiu com um olhar sério - mas as pessoas também pensam o mesmo, o novato chegou ontem e vocês já estão grudados! - explicou

- Eu não ligo pro que as pessoas pensam! - retruquei

- Mas eu sim! - disparou soltando um suspiro longo

- Porque?

- Por que, eu gosto de...

- Estou atrapalhando algo? - Oliver apareceu na porta da sala me fazendo sobre saltar com o susto

- Bem, Edward ia me dizer uma coisa, não é? - perguntei para o garoto a minha frente que negou com um aceno de cabeça.

- Outro dia, eu te digo! - disse por fim ao se afastar de mim saindo pela porta logo após.

- Ele é estranho! - Oliver disse e e eu tive que concordar, as vezes Edward fazia coisas que me deixavam completamente confusa

- E você, porque voltou? - perguntei ao sustentar seu olhar

- Eu também esqueci minha mochila aqui! - apontou para sua carteira onde sua mochila estava

Eu nem havia percebido que a mochila dele estava lá e olha que estava ao lado da minha carteira ainda.

- Ok, a gente se vê amanhã Oli! - me despedi do mesmo com um meio sorriso ao passar por ele.

《 》

Por todo caminho só consegui pensar em uma só coisa.

Edward ia se declarar para mim?

Essa pergunta ficou atormentando meus pensamentos desde o momento que eu sai da escola até o momento que cheguei em casa.

Como sempre minha mãe não estava em casa e Josi também não, provavelmente foi fazer as compras do mês.

O que era ruim pra mim já que não teria ninguém pra conversar e contar como foi meu dia de merda como uma adolescente normal.

Foi por isso que eu resolvi tirar meu celular do bolso buscando pensar em outra coisa que não fosse Edward.

Abri minha conta no Instagram, a qual eu usava apenas para ver a vida "perfeita" das pessoas.

Como sempre encontrei sorrisos falsos e pessoas fingindo ter uma vida perfeita quando na verdade elas só tentavam com toda força esconder suas vidas medíocres.

Joguei meu celular em cima da mesa da sala e me esparramei no sofá fitando o teto branco com linhas cinzas acima de mim.

Como se o destino me pregasse peças eu sempre terminava fitando o teto, seja ele o do meu quarto, o da sala ou de qualquer outro cômodo qualquer.

Quando não se tinha amigos para conversar, ficar de castigo ou não, não fazia diferença.

Aproveitei a ausência de minha mãe para pedir uma pizza, a qual ela odiava e muitas vezes me proibia de comer por ser tão calórico.

Agradeci aos céus pelo motoboy não ter demorado para encontrar meu endereço.

Eu já estava na metade da segunda fatia quando liguei a TV colocando na Netflix em seguida.

Como sempre escolhi um filme de romance chamado, para todos garotos que já amei.

E pela milésima vez consegui me apaixonar pelo Peter, personagem interpretado por Noah Centineo, um de meus atores preferidos.

Horas se passaram e eu já tinha visto vários outros filmes do mesmo gênero.

O tão doce romance.

Acabei pegando no sono ali mesmo, no sofá da sala de estar.

O Diário De Uma Nerd Esquisitona [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora