* Capítulo Setenta e Dois *

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Eu já estava entrando em desespero quando Edward e eu passamos por três farmácias e todas não tinham a maldita pílula.

Já estava anoitecendo e eu já estava perdendo as esperanças enquanto Edward dirigia em direção a quinta farmácia meu coração batia feito louco.

- Ei! - ele me chamou me fazendo abandonar meus pensamentos

- Fica tranquila, mesmo se a gente não achar essa pílula aí a gente da um jeito de cuidar do pivete! - ele disse tranquilamente me fazendo rir com a palavra "pivete" que saiu de sua boca.

- Ei, não tem graça okay? Eu tô falando sério! - ele sorriu sustentando meu olhar

- Cuidar de uma criança não é tão fácil assim Edward! - eu disse voltando minha atenção para janela observando a escuridão da noite.

- Não deve ser tão difícil! - deu de ombros

- Você acha que ele puxaria meus olhos negros e meu cabelo loiro ou seus cabelos azuis? - ele perguntou me fazendo encara - lo

- Mais provável ele puxar seu cabelo do que o meu, já que eu colori e não nasci com o cabelo azul, ninguém nasce! - abri meio sorriso com sua idéia maluca

- O azul combina tão bem com você que as vezes eu até esqueço que é tingido! - ele disse parando em frente a última farmácia da cidade.

Meu coração acelerou novamente assim que percebi que essa seria minha última chance, se não tivesse a maldita pílula eu estaria perdida.

Respirei fundo antes de entrar na farmácia com Edward ao meu lado.

Diferente da última vez eu não fui procurar sozinha e sim fui direto para o atendente que se matinha no caixa.

Ele observou eu e Edward assim que passamos pela porta de seu estabelecimento.

- Boa noite, como posso ajuda - los? - perguntou com um sorriso no rosto a assim que chegamos até ele.

Diferente dos outros atendentes esse pelo menos foi educado, o que de certo modo já era um avanço se for levar em consideração.

-Bem eu queria saber se aqui tem a pílula do dia seguinte! - eu consegui dizer sem gaguejar e fiquei feliz por isso.

Mas eu só conseguia pensar em uma coisa, por favor diz que sim.

- Sim, nós temos! - ele disse me fazendo suspirar aliviada

- Pra quem seria? - perguntou me fazendo ficar completamente sem graça

- Pra mim...- eu disse timidamente observando o senhor me encarar com a testa franzida

- Quantos anos você tem? - perguntou

- O suficiente pra transar comigo!  - Edward se intrometeu me fazendo encara - lo com os olhos arregalados.

Ele colocou uma nota de cem em cima do caixa e o senhor o observou com as sobrancelhas erguidas antes de pegar o dinheiro em suas mãos.

- Pois bem! - se deu por vencido antes de pegar uma cartela de remédio em suas mãos.

- Você sabe como usa? - perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Toma uma agora e outra nove horas depois! - explicou colocando a cartela dentro de uma sacola transparente.

- Ótimo! - Edward tomou a sacola das mãos do senhor antes de me puxar para seu carro.

Era impressão minha ou ele estava um pouco rude demais?

Assim que entramos em seu carro coloquei o sinto observando Edward fazer o mesmo.

- Porque agiu daquele jeito? - questionei com as sobrancelhas erguidas

- Se eu não agisse daquele jeito aquele senhor não venderia nada para gente, somos de menor! - explicou arrancando com o carro rua a fora.

                        《     》

Ficamos em silêncio durante o caminho inteiro até chegarmos até minha casa.

Edward estacionou em frente a mesma enquanto eu tomava coragem para entrar em minha casa.

- O que foi? - perguntou sustentando meu olhar

- Minha mãe, você acha que ela descobriu que eu fugi pela janela?

- Eu não sei, talvez! - respondeu

- Porque ela te trancou no quatro primeiramente? - questionou com as sobrancelhas erguidas

- Seu pai ligou para ela e contou sobre nós, ela só, surtou! - decidi não dar muitos detalhes

- Eu só não queria ir para casa hoje! - suspirei fundo observando a varanda de minha casa.

- Então não vá, dorme na minha casa, minha mãe te adora! - sugeriu me fazendo encara - lo boquiaberta

- Sua mãe me adora e seu pai me odeia né! - disparei percebendo tarde demais que tinha falado muito como sempre.

- Eu sabia que ele tinha enchido sua cabeça! - ele berrou batendo a mão no volante e e eu estremeci

- Ele não falou nada demais Edward!

- Tô pouco me fodendo para meu pai, a casa é minha e de minha mãe também e você vem comigo! - disse com firmeza antes de começar a dirigir em direção a sua casa.



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