Capítulo 8

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Obrigada, tenham um feliz domingo ♥


Então, não é como se eu fosse a única pessoa com quem Valentina flerta. A loira é a primeira a admitir que ela é descaradamente descarada quando se trata desse tipo de coisa. É como se ela nem sequer tentasse, como se ela fizesse naturalmente como respirar.

As vezes eu não entendo isso, é claro.

Não é como se os flertes de Valentina fossem novos, mas eu senti que era diferente agora. Um novo conjunto de conotações com as quais eu não conheço. E eu não consigo parar de pensar naquele olhar e como eu provavelmente não deveria estar pensando nisso e que realmente gostaria de parar de pensar e voltar para pista de dança. Mas eu não consigo, porque aquela cena não quer ir embora, a forma como os lábios de Valentina se separaram e o olhar sobre minha boca, meu peito parece que se expande e se contrai ao mesmo tempo. E eu engulo aquela sensação, porque talvez seja um sentimento errado.

E eu tento não pensar sobre o modo como Valentina falou comigo, ou com que dificuldade foi sair dali após para não agarrá-la na frente de todo mundo.

Porque eu queria fazer aquilo mais do que eu imaginava. Talvez Mateo tinha razão, eu ainda tinha uma queda por Valentina.

"Juliana você está bem?" Quando escuto a voz de Eva abrindo a porta do banheiro eu dou um salto para trás tamanho o susto que levei.

"Eva, Jesus". Me volto a ela recuperando o folego. "De onde você apareceu?!"

"Você está bem?" Ela se aproxima me observando através do espelho. "Você está pálida".

"Eu estou bem", acalmei-a. "Só precisava tomar um ar".

Sua testa estava vincada, eu conhecia aquele gesto, uma longa conversa vinha pela frente.

"Você, Juliana Valdés precisando de um ar? Corta essa." Ela encosta o corpo no balcão da pia e cruza os braços daquele jeito autoritário que ela sempre carregava. "Anda logo, o que aconteceu?"

"Nada, só me senti...tonta". Isso não deixava de ser mentira, o tanto de informação que meu cérebro tentava processar sobrecarregou meu corpo.

"Por acaso essa tontura tem a ver com o que aconteceu com Valentina?"

"O que?". Me virei para ela rápido demais.

Droga. Eva viu alguma coisa?

"Valdés, não jogue comigo, eu vi você na pista de dança".

"Sim, você também estava lá, dançando." Argumentei tentando não mostrar nenhum sinal precipitado.

"Sabe Juliana, sou muito observadora, você já devia ter captado essa informação."

"O que você quer dizer com isso?"

Droga. Droga. Droga. Ela viu.

"Que dá para ver de longe a sua pequena queda pela minha irmã".

"Você está falando de Valentina?"

Porque ela tinha que colocar "queda" e "irmã" na mesma frase? Ela conseguiu deixar meu corpo travado, minha boca se abriu e fechou algumas vezes e ela mudou sua expressão para um sorriso satisfeito e enquanto eu perdi os sentidos a sobrancelha dela levantou convencida.

"E quem mais poderia ser?" Ela diz como se aquilo fosse uma coisa óbvia.

"Oh Deus Eva!" Como ela podia ser irônica quando meu cérebro estava prestes a explodir? "Mateo te falou alguma coisa? O que ele disse? Eu mato aquele fofoqueiro".

Quisiera Ser - JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora