Capítulo XVIII

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Taki no Kuni (País da Cachoeira), dias atuais

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Taki no Kuni (País da Cachoeira), dias atuais.

— Mas que merda é essa, Sasuke?!

Suigetsu perguntou-me com um exaspero crescente, certamente enquanto contemplava o mesmo que eu: a tempestade ascendente, as nuvens escuras e densas que, tendo vindo do nada, cobriram todo o céu.

As rajadas de vento varriam as árvores ao nosso redor, vergastando os topos dos pinheiros e agitando as águas do rio Kitakamu, soprando em sentido centrífugo; explosões de luz alastravam-se acima da massa crescente de nuvens, a estática no ar tornava-se mais pesada e tangível a cada segundo.

Ainda cativo no punho de meu Susano'o, Ichiro deu-nos a resposta óbvia:

— Esse é o poder oculto de Raiden — comentou e o temor não passou despercebido em sua voz. — Com seu chakra, ele é capaz de moldar as condições climáticas a seu favor para criar uma tempestade elétrica. Ele domina o elemento Ranton tão perfeitamente quanto o Raiton.

Franzi o cenho, intrigado. Um usuário do elemento Tempestade? Jamais havia batalhado com um antes, mas a grandiosidade do poder de Raiden me inquietava. Somente usando seu chakra ele fora capaz de alterar as condições climáticas do campo de batalha e usá-lo para atrair nuvens cúmulo-nimbos. O mais perto que já cheguei disso foi quando utilizei meus jutsus com elemento Fogo para obter um resultado parecido. Foi durante a minha batalha contra Itachi.

Num estalo, percebi o que precisaria ser feito. Mirei, de olhos esbugalhados, o céu negro, a nuvem imensa que pairava sobre as nossas cabeças: o seu formato de bigorna no topo, a base estreita em forma de redemoinho, os relâmpagos que a cruzavam de ponta a ponta como flashes deslumbrantes. Um convite, de fato, a um usuário de Raiton como eu.

Expirei o ar lentamente e liberei o chakra que mantinha a técnica do meu Susano'o. Tanto eu quanto Suigetsu e Jūgo pousamos em meio aos destroços rochosos, pedregulhos irregulares, que se tornou o desfiladeiro, devido ao último jutsu de Ichiro.

— Sasuke? — Jūgo abordou-me com cautela, confuso por minha atitude; não o culpo, liberei o meu Susano'o no momento em que mais precisaríamos de proteção.

Sem olhá-los, ordenei-lhes calmamente:

— Encontrem Karin. E depois, afastem-se daqui... O mais distante que puderem chegar. Não parem por nada e não voltem aqui por minha causa.

— O que você está planejando, Sasuke?

Mirei Suigetsu de soslaio, um olhar incisivo que o emudeceu e o fez entender que eu não seria questionado. Ichiro, que despencara de costas do punho do meu Susano'o, recuperava-se logo adiante e limpava um filete de sangue que escorria do seu lábio.

— Não há como deter a técnica oculta de Raiden; estamos todos mortos.

— Façam o que eu disse! — vociferei para os dois, ignorando deliberadamente as palavras agourentas do Terumi.

O PeregrinoOnde histórias criam vida. Descubra agora