Capítulo XXXII

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Ho no Kuni (País do Fogo), dias atuais

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Ho no Kuni (País do Fogo), dias atuais.

Tínhamos acabado de alcançar a fronteira do país do Fogo quando os membros do Taka decidiram que era hora de nos separarmos: eles seguiriam o restante do trajeto até os esconderijos de Orochimaru sozinhos.

As três figuras encapuzadas anuíram para mim ao se despedir:

— Nos vemos por aí, Sasuke! — disse Suigetsu, já virando o corpo para partir e acenando com um entusiasmo dissimulado, que combinava com seu sorriso cínico e sempre afiado.

— Cuide-se, Sasuke — Jūgo murmurou para mim; soou-me o mais sincero dos três.

— Até mais, Sasuke — Karin disse por último, concisa, ajeitando os óculos no rosto antes de se virar, rapidamente igualando suas passadas com as de Suigetsu.

Assisti-os diminuir no imenso descampado conforme se distanciavam num ritmo moderado. Todos os três, caminhando lado a lado, sob o ardor suave do sol que fulgurava no céu límpido daquela manhã.

— Hora de ir para casa! — Naruto exclamou com satisfação e alegria suficientes por nós três.

Voltei-me para ele e o encontrei com o braço direito enfaixado esticado no ar, apontando o caminho para Konoha. Seu sorriso idiota não deixava dúvidas quanto a memorar velhas lembranças do Time 7, quando ainda cumpríamos missões pela vila; três pirralhos que nada sabiam sobre o que verdadeiramente significava ser um Shinobi, mas cada um de nós descobriu, ao seu modo e atravessando percalços e rompendo os próprios limites, como ser um verdadeiro ninja.

Naruto estava a caminho de se tornar o sucessor de Kakashi. Juntos, nós éramos os Shinobis mais poderosos e éramos igualmente respeitados e temidos por todas as nações. Ele sempre seria o meu rival, independentemente da amizade e irmandade que cultivávamos a cada dia, nunca iríamos perder um para o outro, disso eu tinha certeza.

Já Sakura havia conquistado seu lugar de direito num mundo que era predominantemente ocupado por homens. Ela não permitira que seus oponentes a subestimassem por seu sexo e, aos meus olhos, ela se tornou a mulher forte que eu sempre soube que se tornaria.

O meu futuro — que por anos permaneceu-me uma incógnita —, gradualmente, revelava-se para mim e, conforme seguíamos em direção à vila, eu me sentia cada vez mais certo do que queria, do que faria, do homem que eu seria a partir de hoje, não mais um peregrino, não mais uma alma errante e deslocada.

Eu poderia sorrir ao lado dos meus amigos sem sentir qualquer sentimento de culpa, poderia assumir meus laços sem quaisquer receios porque eu também lutaria por eles agora.

Eu vi muito do mundo e todas as pessoas que conheci me ensinaram lições valiosas, era hora de colocá-las em prática.

⊱❊⊰

Sakura e eu fomos visitar Naruto e sua esposa alguns dias depois de havermos resolvido a crise em Takigakure e havermos voltado para a vila. Por insistência dela, que gostaria que eu também conhecesse o primogênito do Dobe, acabei concordando em ir junto.

O PeregrinoOnde histórias criam vida. Descubra agora