Capítulo XXXIII

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Ho no Kuni (País do Fogo), dias atuais

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Ho no Kuni (País do Fogo), dias atuais.

Levou um pouco menos do que uma semana, mas os preparativos para o meu casamento e o de Sakura foram apressados no fim e tudo foi organizado como ela queria. Não opinei muito nos detalhes, embora soubesse que ela seria atenciosa o bastante ao ponto de levar os meus poucos e concisos palpites em consideração.

Todos receberam as notícias de nosso noivado com pouca ou quase nenhuma surpresa, o que fez com que eu me perguntasse se o meu envolvimento com Sakura, se essa intimidade e cumplicidade que sempre compartilhamos, foi o que nos delatou.

Naruto e Kakashi reagiram com entusiasmo às novas e parabenizaram especialmente a mim pela iniciativa com risinhos e olhares dúbios trocados. Aparentemente, eu percebi, havia uma espécie de consenso entre ambos em não mencionar o ocorrido com Sakura e acredito que o fizeram por temerem a minha reação. Ótimo.

Nós havíamos escolhido o Ichiraku para nos reunirmos naquela noite amena e enluarada, e dar-lhes a notícia:

— Então, vocês planejam se casar e nos deixar, não é? — Naruto nos provocou com um tom zombeteiro e fingiu uma mágoa que nem sequer existia.

— Não seja dramático, Naruto — Sakura o censurou ao menear a cabeça em desaprovação. — Mandaremos notícias sempre que pudermos.

— Eu não prometo nada — contrariei-a apenas para ver Naruto franzir a cara e cruzar os braços emburrado.

— Kakashi-sensei — ele se queixou num tom estridente, finalmente ignorando sua tigela fumegante de ramen —, olha só... o Sasuke-teme tá planejando sequestrar a Sakura-chan!

Kakashi riu contido por trás da máscara e Sakura corou com a escolha do termo do imbecil. Ora, crispei os lábios, pensativo, não é que eu planejasse desaparecer no mundo com Sakura, mas era líquido e certo que eu estava me permitindo ser um pouco egoísta dessa vez ao traçar essa linha de pensamento. Desperdicei tempo demais e queria-a apenas para mim um pouquinho.

Nós nos despedimos quase uma hora depois porque Kakashi alegou que precisava voltar às suas obrigações de Hokage e Naruto disse que sua esposa o esperava em casa. Apesar de não ser tarde da noite ainda, notei que Sakura estava cansada e sonolenta ao voltarmos para o meu apartamento.

Quando chegamos, depois de mais alguns minutos de caminhada pelas ruas monótonas e iluminadas de Konoha, ela bocejou.

— Cansada? — questionei-a e Sakura aquiesceu com um gesto indolente.

Fechei a porta e ela imediatamente se acomodou no sofá, descansando a cabeça no encosto e fechando as pálpebras pesadas. Mesmo de olhos fechados, murmurou sua justificativa para mim:

— Ino deve ter me arrastado por umas dez lojas diferentes e me fez provar quase todos os quimonos de todas elas. Eu disse a ela que não queria algo suntuoso demais, mas a porquinha não me ouviu — resmungou ao fim num tom menos arrastado, franzindo o rosto em desgosto.

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