Capitulo 57

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Quando eu entrei no táxi, foi que eu fui raciocinar. Eu vou no studio denovo, meu deus, oque o povo vai pensar de mim? Oque eles vão fazer ao me vêr lá denovo? Qual vai ser a reação deles? Ai que medo da reação deles.

Passei o endereço pro moço, e foi uns 5 minutos pra chegar. Eu paguei o cara e sai do carro soltando um suspiro frustado, mas segui em frente. Eu pensei alguns minutos antes de abrir aquela porta de vidro, chamando a atenção de todo mundo por conta do barulho da maçaneta.

-Oi gente-falei sem graça por conta de todos os olhares voltados pra mim.

-Catarina?-o Paulo falou.

-Meu deus do céu eu pensei que nunca mais ia te vêr garota-o Luiz falou bem alto me fazendo sorrir ainda sem graça.

-Gente do céu me amarrota que eu tô passada, Catarina Tourinho aqui denovo-Thiago falou.

-Opa, a loirinha que eu encomendei chegou?-o Finneas entrou na sala.

-Essa falsificada serve-o Thiago apontou pra mim e eu bati nele.

-Ei, eu sou muito real pra sua informação viu seu urubu das capoeira-

-Eu já ouvi falar em capoeira, só sei que é uma dança dos negros e lá no Brasil até hoje eles dançam isso-

-Thiago meu querido, você deu uma aula de historia agora-o Finneas falou e bateu palmas

Eu tava rindo com os meninos, mas eu vi uma pessoa que me deixou um pouco feliz e um pouco receosa, seila, depois de tudo oque aconteçeu vêr ele era estranho.

-Eai Cat-Lucas me deu um abraço.

-Eai mermão-Falei tentando ser o mais natural possivel.

-Eu soube do que aconteçeu, sobre o sequestro e tal. Eu queria ter ido te vêr no hospital, mas meus pais viajaram bem no dia e eu tive que levar eles no aeroporto, quando cheguei já era bem tarde.-

-Ah tudo bem, oque importa é que eu estou bem agora.-Mostrei um sorriso.

-Verdade, o Finneas me falou que ele te levou pra casa dele, e que você fez birra-ele riu.

-Ele enloqueceu com essa ideia, não sei oque passa na cabeça desse garoto-

-Ei eu tô ouvindo viu sua loira azeda-Ele gritou do outro lado da sala.

As conversas pararam quando a Billie entrou na sala com a Mia, e aquele clima tenso se espalhou. Eu juro que eu queria que uma bomba explodisse pra tirar aquele clima. A Billie me olhou, mas me ignorou totalmente me deixando extremamente sem graça.

-É... Catarina, vem pegar a chave aqui-o Finneas falou quebrando o clima tenso que tava no ar.

-Tábom-eu fui atrás dele.

Ele me deu a chave, e a unica coisa que eu queria era chegar em casa, lêr um livro ou assistir um desenho e morrer. Ultimamente, eu não tenho nada pra fazer naquela casa, a não ser as mesmas coisas de sempre, ai isso me deixa irritada. Eu até tô com saudade da escola, pelo menos lá eu tinha obrigações e agora, nada.

Ao chegar em casa, eu fui tomar um banho, porque esses tempos tavam calor aqui em Los Angeles, nada comparado ao Brasil, mas calor. Deixei na temperatura gelada, eu queria me refrescar mesmo. Eu lembrei dos meus pais e que fazem anos que eles ligaram pra mim, vou ter que ligar pra eles, vou ter que controlar meu orgulho.

A garota do aeroportoOnde histórias criam vida. Descubra agora