Capitulo 112

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Passei a noite em claro, não preguei o olho, meus pais, o Finneas, o Téo, a Sofia e a mãe dele também ficaram aqui. Foi aquele clima de interro, a noite toda aquele silêncio, as vezes alguém mexia no celular mas mesmo assim aquele clima horrivel.

Eu não mexi em celular e nem nada, fiquei de cabeça baixa, sem falar uma palavra só. De madrugada pediram os documentos dela, o pior mesmo é que só tinham os documentos na casa dela, que por ventura e muita coincidência eu tinha, porque quando ela saiu, eu fui atráz e peguei a chave comigo, que eu sou burra mas não o tanto pra deixar a chave lá e ficar trancado depois.

-Billie, vai pra casa comer alguma coisa-Finneas sentou do meu lado-Não tô com fome-

-Mas você tá sem comer desde ontem, você vai passar mal-ele passou a mão por meu cabelo-Mas eu não tô com fome-As lagrimas voltaram a cair denovo.-Desculpa...-Ele me abraçou.

O celular da minha mãe tocou chamando atenção de todo mundo.

-É a mãe dela...-Minha mãe falou baixo.

Acho que ela já tinha chegado aqui, minha mãe falou o nome do hospital e logo desligou.

-Eu posso jurar que ela tá chorando-Ela suspirou-E você em meu amor-Minha mãe encostou perto de mim-Vai passar e vai ficar tudo bem viu?-tentei sorrir pra tranquilizar ela mas falho, porque eu só consigo chorar. Ela me abraçou e ficou fazendo carinho no meu cabelo e meu pai sentou do outro lado e me abraçou também.-Ela vai ficar bem-

As unicas coisas que eu preciso acreditar é nisso, mas tá muito dificil, tá complicado pra mim.

....

Os pais da Cat chegaram desesperados, chorando.

-Cadê minha pequena? Eu quero minha Cat-A mãe dela falou desesperada-Eu preciso dela, minha benção unica-Minha mãe correu pra abraçar ela e tentar acalmar, mas nada acalmava.-Sua pequena vai ficar bem, calma, ela vai ficar bem-ela chorava horrores.

Não levantei, não me mexi, do jeito que eu tava eu continuei. A Mãe do Téo falou com ela, e acho que elas se conheçiam, elas conversaram, sobre algo que eu não fiz questão de ouvir. Senti a presença de alguém do meu lado, virei um pouco e vi a Sofia, ela tava claramente mal.

-A unica coisa que eu quero é ainda ver ela sorrir-Ela falou cabisbaixa. Eu me desabei a chorar porque mexeu bem onde tava doendo. Ela se aproximou e me abraçou, eu retribui o abraço e tentei ser o mais afetuosa possivel, por mais que esteja dificil.

-Ela vai voltar pra gente Billie-

A Mãe e o pai da Cat estavam sentados abraçados, meus pais também estavam assim, os meninos tavam de cabeça baixa, e eu permanecia abraçada com meus joelhos e chorando.

-Catarina Tourinho-Todo mundo levantou ao ouvir o nome dela. Nasceu aquela pequena esperança, pelo menos que ele dissese que ela tava melhor e tava se recuperando.

-Doutor como tá minha filha? Fala que ela tá bem porfavor-A mãe da Cat entrou em desespero denovo.

-Então, a situação da paciente é delicada, nós vamos fazer o possivel mas a bala está muito próximo de uma arteria, então é bem complicado. Exatamente por o motivo da gravidade da situação, ela vai ser transferida pra sala vermelha, e lá que vai ocorrer a cirurgia.-Foi aquele choque, o desespero de todo mundo.

A garota do aeroportoOnde histórias criam vida. Descubra agora