Passei a noite em claro, não preguei o olho, meus pais, o Finneas, o Téo, a Sofia e a mãe dele também ficaram aqui. Foi aquele clima de interro, a noite toda aquele silêncio, as vezes alguém mexia no celular mas mesmo assim aquele clima horrivel.
Eu não mexi em celular e nem nada, fiquei de cabeça baixa, sem falar uma palavra só. De madrugada pediram os documentos dela, o pior mesmo é que só tinham os documentos na casa dela, que por ventura e muita coincidência eu tinha, porque quando ela saiu, eu fui atráz e peguei a chave comigo, que eu sou burra mas não o tanto pra deixar a chave lá e ficar trancado depois.
-Billie, vai pra casa comer alguma coisa-Finneas sentou do meu lado-Não tô com fome-
-Mas você tá sem comer desde ontem, você vai passar mal-ele passou a mão por meu cabelo-Mas eu não tô com fome-As lagrimas voltaram a cair denovo.-Desculpa...-Ele me abraçou.
O celular da minha mãe tocou chamando atenção de todo mundo.
-É a mãe dela...-Minha mãe falou baixo.
Acho que ela já tinha chegado aqui, minha mãe falou o nome do hospital e logo desligou.
-Eu posso jurar que ela tá chorando-Ela suspirou-E você em meu amor-Minha mãe encostou perto de mim-Vai passar e vai ficar tudo bem viu?-tentei sorrir pra tranquilizar ela mas falho, porque eu só consigo chorar. Ela me abraçou e ficou fazendo carinho no meu cabelo e meu pai sentou do outro lado e me abraçou também.-Ela vai ficar bem-
As unicas coisas que eu preciso acreditar é nisso, mas tá muito dificil, tá complicado pra mim.
....
Os pais da Cat chegaram desesperados, chorando.
-Cadê minha pequena? Eu quero minha Cat-A mãe dela falou desesperada-Eu preciso dela, minha benção unica-Minha mãe correu pra abraçar ela e tentar acalmar, mas nada acalmava.-Sua pequena vai ficar bem, calma, ela vai ficar bem-ela chorava horrores.
Não levantei, não me mexi, do jeito que eu tava eu continuei. A Mãe do Téo falou com ela, e acho que elas se conheçiam, elas conversaram, sobre algo que eu não fiz questão de ouvir. Senti a presença de alguém do meu lado, virei um pouco e vi a Sofia, ela tava claramente mal.
-A unica coisa que eu quero é ainda ver ela sorrir-Ela falou cabisbaixa. Eu me desabei a chorar porque mexeu bem onde tava doendo. Ela se aproximou e me abraçou, eu retribui o abraço e tentei ser o mais afetuosa possivel, por mais que esteja dificil.
-Ela vai voltar pra gente Billie-
A Mãe e o pai da Cat estavam sentados abraçados, meus pais também estavam assim, os meninos tavam de cabeça baixa, e eu permanecia abraçada com meus joelhos e chorando.
-Catarina Tourinho-Todo mundo levantou ao ouvir o nome dela. Nasceu aquela pequena esperança, pelo menos que ele dissese que ela tava melhor e tava se recuperando.
-Doutor como tá minha filha? Fala que ela tá bem porfavor-A mãe da Cat entrou em desespero denovo.
-Então, a situação da paciente é delicada, nós vamos fazer o possivel mas a bala está muito próximo de uma arteria, então é bem complicado. Exatamente por o motivo da gravidade da situação, ela vai ser transferida pra sala vermelha, e lá que vai ocorrer a cirurgia.-Foi aquele choque, o desespero de todo mundo.
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A garota do aeroporto
FanfictionE se um aeroporto pudesse mudar vidas? Catarina Tourinho é uma menina de 17 anos que morava no Brasil e mudou de país para estudar. Lá ela encontrou Billie Eilish, uma artista famosa que mexeu totalmente com seu coração. Elas terão que infr...