Came Back Haunted (Final)

64 5 40
                                    

Na boate Kraft, Fritz deixou de lado a confusão que sentia e resolveu aproveitar a noite ao lado de Loren.

Dançando melhor do que na última vez, o rapaz acompanhou os movimentos hipnotizantes do lindo corpo de Loren.

Segundo as batidas fortes de "Came Back Haunted" de Nine Inch Nails, Fritz e Loren se moviam com cada vez mais sincronia. Seus olhos se encontravam no mar de luzes fracas e coloridas que vinham de todos os lados.

Seus corpos se aproximavam cada vez mais. Loren podia sentir a respiração de Fritz em seu pescoço. A garota se virou, provocante. O rapaz manteve o quase contato, deixando-a livre para dançar, mas dentro de seu espaço pessoal. Era uma dança privada no meio da multidão da boate.

A excitação dos dois crescia a cada batida e eles dançavam cada vez mais grudados até que um inevitável beijo se concretizou. Finalmente os corpos que se atiçavam se tocaram e agora queriam cada vez mais. O abraço suave mas firme parecia transferir o desejo de um para o outro.

Fritz sentia os toques dos dedos de Loren, seus lábios molhados em seu pescoço. Quanto mais o rapaz sentia Loren, mais a queria por perto, não só naquele momento, mas para o resto da vida. Esse desejo naquele momento foi mais forte que o receio de que Loren com seu espírito livre se afastasse de vez. Entre os beijos, o rapaz sussurrou ao ouvido, rente aos cabelos dourados de Loren:
- Quer namorar comigo? -

- Namorar? - Loren ofegava. Seus olhos cemicerrados revelavam que sua razão estava muito longe dali. Não havia raciocínio suficiente para lembrar dos medos e traumas. Só o desejo mais sincero a dominava e a fez dizer:
- Sim, eu quero namorar com você! -

Instantes que pareciam horas se passaram, viraram minutos e quase uma hora. Os dois jovens ofegavam sem conseguir conter a excitação. Ainda sintonizados como se ainda dançassem, foram para o carro de Loren sem precisar dizer nada.

Loren dirigia para a casa de Fritz. O homem acariciava a grande coxa de Loren que lutava para manter o mínimo de concentração para dirigir.

O celular de Fritz começou a tocar. Ele pegou o aparelho do bolso e viu que era Hommel. Simplesmente ativou o modo vibratório e, ao invés de atender a chamada, pousou o celular vibrante entre as coxas de Loren.

A garota soltou um gemido involuntário, apertando o volante pela tensão. Faltava pouco para a casa de Fritz, mas Loren encostou o carro e beijou o rapaz com todo o desejo.

Antes que ele pudesse tirar o cinto de segurança, ela já estava em seu colo no banco do passageiro. Sem tirar seus lábios dos de Fritz, Loren habilmente deitou o encosto, deixando seu corpo sobre o do homem.

Fritz tinha as mãos livres e as usou imediatamente para despir a bela mulher sobre si. Ao terminar o trabalho, Loren simplesmente libertou a ereção do homem de todo tecido e se permitiu ser invadida por ela, não podendo se conter por mais tempo.

Depois de alguns segundos parada sentindo a pulsação dentro de si, a mulher começou a cavalgar com toda a sua vontade.

O Astra balançava e se alguém passasse por perto poderia ouvir os gemidos vindos de dentro.

Depois de vários minutos as pernas de Loren, cansadas pelo esforço e bambas pelo prazer, cederam para recuperar o fôlego.

Fritz foi para o banco de trás e Loren se pôs novamente por cima, se apoiando no assento do motorista que estava inclinado para a frente.

Nenhum dos dois prestava atenção na escuridão do lado de fora. A cada movimento, ficavam mais obtusos a tudo ao seu redor.

O prazer tomava conta dos dois. Sentiam cada vez menos seus membros, mas a intensidade da ação não mudava. O foco de seus sentidos se concentrava cada vez mais até se acumular toda a sensação do clímax em um ponto só: onde os dois corpos se ligavam.

Loren ofegava, se deixando cair sobre Fritz, que a abraçou por trás. Os dois estavam inesperadamente exaustos. Um torpor lentamente invadia suas mentes. Notaram que suas reações não estavam naturais. Havia algo além das substâncias liberadas em uma relação sexual. Algo mais tomava conta de seus corpos, mas já era tarde demais. Não conseguiam se mover.

Loren viu uma figura na escuridão pelo pára-brisas do carro. Uma mulher bonita, mas cheia de ódio no rosto, parecia colocar alguma coisa na entrada de ar para o painel do carro. Ela era vagamente familiar e em seu torpor sua mente só pôde lembrar seu nome logo antes de perder a consciência: Bianca!

* * *

Gente, este é o final da minha primeira obra grande.

Eu quis deixar algumas coisas em aberto pois acredito que nenhum fim é definitivo.

Os pontos que eu considerei principais para a ideia que quis passar nesta obra estão resolvidos: a visão de Loren sobre paixão e o mistério de Monica.

Por favor me digam o que acharam!

Amo vocês e agradeço novamente por me acompanharem até aqui.

Quis criar um mistério erótico com uma pegada psicológica que fugisse do comum e creio que consegui. Espero do fundo do coração ter imergido vocês tanto nos momentos tensos quando nos quentes.

Há outro projeto que está pedindo para ser feito há muito tempo que é trabalhar o conto Mindbox em um livro completo. Tenho muito o que dizer naquele contexto, mas precisava terminar Sexen antes. Não podia me dar o relaxo de engavetar essa história que comecei com tanto amor.

Agora ela está criada e pronta para fazer parte da vida de cada uma de vocês!

Um beijo no coração de cada um!

SexenOnde histórias criam vida. Descubra agora