𝟒.

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O Noah era misterioso e parecia ser bipolar, isso ia me deixar mais confusa ainda no momento.

[...]

Me posicionei bem abaixo do chuveiro, deixando a água escorrer por meu corpo nu. Vesti um vestido ombro a ombro, colado, de mangas compridas e um tênis branco.

Ao descer as escadas, minha mãe estava frente a TV assistindo novamente o canal de compras e isso me lembrou minha infância e pré-adolescência.

- Vamos, mãe? - pergunto ao descer o último degrau

- Vamos - ela desliga a TV e se levanta, pegando sua bolsa

- Quando você falou com o vizinho? - pergunto

- Hoje de manhã, ele estava levando o lixo para a porta, conversamos e ele nos chamou para o jantar. Ah e o nome dele é Marco - ela fecha a porta de casa

Talvez não seja da casa do Noah, penso. Mas percebo que meus pensamentos estavam errados quando minha mãe vira a esquerda e segue até a casa de Noah.

Merda.

- Ele me disse que tem um filho da sua idade - minha mãe acrescenta mas não respondo nada

Minha mãe toca a campainha e poucos segundos depois a porta é aberta por um senhor dos cabelos pretos com alguns fios grisalhos.

- Olá! - ele diz entre um sorriso

- Oi, Marco - minha mãe da um abraço rápido nele

- Oi, tudo bem? - falo com um sorriso fraco, meio envergonhada

- Você deve ser a Sina - Marco diz

- Sim, sou eu - respondo ainda sorrindo

- Vamos entrando - ele dá espaço para que nós passassemos - Meu filho está chegando, ele estava na casa de um amigo

Marco e minha mãe se sentam no sofá e ficam conversando, aquilo já estava entediante. Minha bexiga começa a apertar.

- Com licença, onde fica o toilete? - pergunto

- O aqui debaixo está em reforma, então pode ir no lá de cima, terceira porta à direita - Marco diz com sorriso fraco

- Obrigada!

Subo as escadas e sigo até a terceira porta à direita. O banheiro era bem espaçoso, com pegadores de toalha com detalhes em branco e dourado. A pia era bem moderna e o vaso sanitário também.

Ao sair do banho não consegui conter minha curiosidade ao ver uma porta entreaberta, onde mesmo no escuro conseguia ver alguns discos e álbuns de música.

Entrei na ponta dos pés e fiquei fascinada ao ver a quantidade de posters, discos de platina, violões e guitarras em todo o espaçoso quarto. Me aproximei de uma prateleira onde tinham alguns discos menores e peguei um na mão.

- O que você tá fazendo no meu
quarto? - uma voz conhecida diz fazendo eu me assustar

A essa altura já conhecia aquela voz.
Noah.

- Perguntei o que está fazendo no meu quarto - ele repete a pergunta com tom de irritação

Eu me viro a tempo de vê-lo se aproximando a passadas largas. Ele tira o disco da minha mão e o coloca de novo na prateleira.

- Pelo visto você gosta bastante de música - ignoro a pergunta dele, estava surpresa

- Está surpresa, Deinert? - ele dá mais um passo se aproximando

Estávamos a bem menos de meio metro de distância, e quando tento me afastar bato as costas na prateleira.

- Sim e para de me chamar de Deinert - digo e ele me encurrala

𝐑𝐚𝐧𝐝𝐨𝐦 𝐥𝐨𝐯𝐞 {𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭 - 𝐒𝐢𝐧𝐨𝐚𝐡}  🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora