𝟏𝟖.

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- Bom, a Sina saiu da cirurgia há alguns minutos, ela está fora de perigo - ao ouvir aquilo solto o ar que nem sabia que segurava

- Posso ir vê-la? - pergunto abraçando Heyoon

- Cadê a família dela? - ele pergunta

- Nós somos a família dela - Sabina diz

- Tudo bem, mas apenas um pode entrar - o médico diz saindo

- Obrigado, doutor! - agradeço - Gente, eu posso ir?

Todos assentem.
Saio andando rápido até o quarto dela.

Chego em frente a porta e suspiro fundo. Giro a maçaneta gelada, empurro a porta calmamente e vejo Sina deitada na maca.
Ela estava com vários tubos fincados em sua pele e algumas máquinas em volta dela. Uma vontade de chorar bate. Sinto que tudo isso foi culpa minha...

Ela estava meio distraída com a cortina da janela e acho que nem percebeu minha presença ainda. Caminho calmamente até ela, que desvia seu olhar da cortina e olha para mim.

O quarto continuou em silêncio. Nós não desviamos nossos olhares nem por um segundo sequer. Dou mais um passo a frente, ficando mais próximo dela.
Eu só precisava ouvir a voz dela.

- Me desculpa, Sina... - sussurro - Isso tudo foi culpa minha - já sinto um nó na minha garganta

Ela não falava nada e nem mudava de expressão. Mas seus olhos não saíam dos meus.

- Sina? - pego sua mão - Tudo bem se não quiser falar comigo agora, eu te entendo completamente, mas eu quero que você saiba que aquilo foi só um mal entendido

Começo a ficar com medo. Será se ela ainda consegue falar? Será se ela lembra de mim?

Começo a criar várias paranóias na minha cabeça.

- Sina, a Daniella me beijou de surpresa, eu nunca pensei que ela fosse fazer isso. Mas eu quero que você saiba que eu não sinto nada por ela, só nojo e pena - Ela continua sem dizer nenhuma palavra

Será se ela perdeu a memória? Talvez ela só esteja me ignorando. Talvez ainda esteja muito brava comigo.

- Tudo bem, eu já entedi - me levanto e sigo para a porta

Olho para trás de novo e ela continua me encarando.

- Eu só quero que você saiba e que nunca esqueça, que eu te amo - ela não diz nada, sorrio fraco - Tchau... - abro a porta

- Noah... - sorrio assim que escuto a voz fraca de Sina. Me viro devagar e a olho - Eu também te amo

Fecho a porta e vou até ela.

- Sina... - sorrio passando minha mão em seu rosto - Me desculpa!

- Isso não foi culpa sua - Ela fecha os olhos assim que sente dor

- Eu não devia ter deixado você ter ido embora naquele estado - continuo acariciando seu rosto

- Por favor, não se culpe - ela solta um gemido baixo de dor

Beijo sua mão.

- Você vai ficar bem, eu prometo - digo com um sorriso

Ela sorri fraco. Logo a porta é aberta por uma enfermeira.

- Boa noite, Sina, como está se sentindo? - a moça pergunta segurando uma prancheta

- Melhorando... - Sina diz baixo

- Sou Liana e vou estar te acompanhando até você receber alta. Você é acompanhante dela? - ela pergunta para mim

- Sim - respondo ainda ao lado da cama de Sina

𝐑𝐚𝐧𝐝𝐨𝐦 𝐥𝐨𝐯𝐞 {𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭 - 𝐒𝐢𝐧𝐨𝐚𝐡}  🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora