𝟐𝟏.

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[...]

Já faz 4 dias que contei para o Noah da gravidez, fizemos o teste de sangue e eu realmente estou grávida. Estamos agora dentro de uma sala para fazer uma ultrassom, para saber o sexo do bebê.

A médica passou um gel na minha barriga e ficou passando um aparelho, logo consegui ver o serzinho.
Noah segurava minha mão, conseguia ver sua felicidade expressa em seu rosto.

- É um menininho - a médica diz e uma felicidade me invade

Noah abre um sorriso enorme e me abraça.

[...]

5 meses depois...

𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐎𝐍

Eu estou em casa sozinha. Noah deve chegar daqui a pouco da gravadora. Começo a me sentir fraca. Sinto minhas pálpebras pesadas e sei que posso desmaiar a qualquer segundo. Disco rapidamente o número de Noah e a única coisa que consigo dizer é "corre pra cá".

A última coisa que sinto é meu corpo colidindo bem forte contra o chão.

𝐍𝐎𝐀𝐇 𝐎𝐍

Sina acabou de me ligar dizendo para eu ir correndo para a casa. Nesse momento estou a apenas duas quadras de casa. Acho que a qualquer momento posso morrer de preocupação.

Passo pelo sinal vermelho, sabendo que estou cada vez mais perto de casa. Paro em frente a nossa casa e desço correndo do carro. Ao entrar em casa, vejo Sina desacordada. Um desespero bate. Corro até ela a aconchegando em meu colo.
Segui em alta velocidade até o hospital mais próximo.

- UM MÉDICO RÁPIDO - grito com Sina nos braços, adentrando no hospital

Rapidamente chegam dois médicos e alguns enfermeiros, que a colocam em uma maca.

- Doutor, temos que leva-la pra sala de cirurgia agora - um dos médicos diz para o outro

- Você é o que dela? - o outro médico me pergunta

- Sou marido - respondo ainda aflito

- Olha, ela pode ter o bebê agora - ele diz e vejo que estava tentando me manter calmo, não está conseguindo

- O que? - respondo olhando para Sina deitada na maca, ainda desacordada

- Temos que leva-la, agora - o enfermeiro diz já empurrando a maca

Eles correm empurrando a maca até sumirem no largo corredor, entrando por uma porta automática.

Jogo todo o meu peso em cima de uma das cadeiras da sala de espera. Ligo para Josh, Sabina e para o meu pai. Em poucos minutos todos estavam lá.

Sabina foi a primeira a chegar com Josh e Heyoon. Que não dizem nenhuma palavra, apenas me abraçam.

- a Sina e o mini Noah vão ficar bem, fica calmo - Sabina tenta me tranquilizar

- Bro, você sabe como a Sina é forte, ela e o bebê vão ficar bem - Josh diz passando a mão nas minha costas

- Tenta se acalmar, tá!? Logo logo você vai tá com seu filho no seu colo e a Sina do seu lado - Heyoon diz com sua voz de calmaria

- Filho, fica calmo. A Sina e o bebê vão ficar bem - meu pai diz se sentando

Minha mente estava mil, mesmo eu nem conseguindo pensar direito ou nem sequer completar um pensamento. Nesse momento meus pensamentos estão em todos os momentos que podemos viver com nosso filho e nessa cirurgia da Sina.

[...]

Várias horas se passaram, eu já estava começando a ficar maluco sem notícias da Sina e do meu filho. Mas logo um dos médicos aparece e todos nós nos levantamos rapidamente.

- Cadê a Sina? Cadê o meu filho? - pergunto já impaciente, Josh coloca a mão no meu ombro

- A Sina já saiu da cirurgia, o efeito da anestesia ainda não passou, ela está em um quarto - ele mal acaba de falar e eu ja o interrompo

- E o meu filho? - pergunto apertando unhas próprias mãos, nervoso

- O seu filho nasceu, mas infelizmente o quadro dele não é um dos melhores - ele diz com um semblante triste

Uma tristeza bateu. Nunca tinha me sentido triste assim, meu filho não morreu e não vai, mas só de saber que ele tá mal, isso me mata.

- O bebê está na incubadora, sendo muito bem tratado. Como ele só tem oito meses, é prematuro, não pode sair de lá tão cedo - O médico diz - mas vamos dar nosso melhor para que ele melhore - ele sorri no final

- Obrigado! - minha voz soou fraca e impotente - Eu posso vê-lo? Posso ver a Sina?

- Você pode ver o bebê de longe e pode entrar no quarto que a Sina está, mas só você - ele diz olhando para os outros

- Tudo bem - Sabina diz em um sorriso comprimido pelos lábios

- Vai lá, Noah - Heyoon diz dando um tapinha nas minhas costas

- Eles vão ficar bem - Josh diz com um sorriso fraco

Logo sigo as placas até onde ficava o vidro para ver as incubadoras. E lá estava ele, deitadinho só de fralda, com vários tubos fincados por adesivo em seu peito. Meus olhos se encheram de lágrimas de felicidade e tristeza, por ele estar tão perto e eu não poder toca-lo ou segura-lo.

Fiquei um tempo o observando. É louco o quanto eu amo esse serzinho desse tamainho. Meu amor por ele já é algo esmagador, como eu achava que nunca poderia sentir. Ele estava dormindo como um anjo.

Em seus bracinhos tinham algumas pulseirinhas do hospital, ele estava respirando com a ajuda de aparelhos. Soltei um ar que eu nem sabia que segurava dos pulmões ao ver sua barriguinha subindo e descendo, ele tá respirando.

Vou até o quarto de Sina. Ela estava deitada na cama, ainda sob o efeito da anestesia. Chego ao lado da sua cama e pego sua mão.

- Sabe de uma coisa, Sina? Eu sei que eu falo isso toda hora, mas não custa nada eu te falar isso toda hora, mesmo que você não esteja me ouvindo, então quero te dizer que você é a mulher mais incrível e forte que eu já conheci. Eu vi o nosso filho, ele parece com nós dois e é lindo. Eu o amo, Sina, assim como amo você - beijo sua mão - e agora eu tenho mais um motivo pra te amar, você é a mãe do meu filho, você me deu o melhor presente que eu poderia ganhar na vida - sorrio ao ver seu rosto, logo a vejo sorrir também

- Eu te amo, Noah - ela diz ainda com a voz fraca e rouca

Sina abre os olhos devagar e se espreguiça lentamente, olhando para tudo ao seu redor.

- Cadê o nosso filho? - ela pergunto olhando com um semblante preocupado para mim

- Ele tá na incubadora, mas está bem - digo passando a mão pelo seu rosto

Logo vejo uma lágrima escorrer para o lado de fora, caindo na cama.

- Por que você tá chorando? Nosso filho tá ótimo - digo segurando sua mão

- Eu não consegui segurar até o último mês. Se ele estivesse ótimo, estaria aqui com a gente - Sina desaba de vez e eu a abraço

- Sina, não fica assim. Nosso filho vai ficar bem, ele é forte igual a mãe dele - tento a tranquilizar ainda a abraçando

Me deitei ao seu lado na cama do hospital. A puxei para mim, tentando passa-la segurança. Acariciei seu cabelo, enquanto escutava seus soluços de choro.

Sei que não deve estar sendo nada fácil para Sina, como não está sendo nada fácil para mim, mas sei que vamos passar por isso juntos.

- Nós vamos passar por isso juntos, nós três - digo ainda a abraçando

Só sinto seu suspiro contra meu corpo.

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Me desculpem por não ter atualizado esses dias, eu estava viajando e no lugar que eu estava a internet é muito ruim.

𝐑𝐚𝐧𝐝𝐨𝐦 𝐥𝐨𝐯𝐞 {𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭 - 𝐒𝐢𝐧𝐨𝐚𝐡}  🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora